08/04/2011

Museu do Chiado muda de sítio até ao final do ano

O Museu do Chiado, em Lisboa, deve transferir-se, até ao final do ano, para as instalações que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP vai deixar no Verão. A novidade foi adiantada ontem pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, em declarações à Lusa.

O Museu do Chiado deve transferir-se para as instalações que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP vai deixar no Verão O Museu do Chiado deve transferir-se para as instalações que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP vai deixar no Verão (Gonçalo Santos)

A governante falava no Museu de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC), em Lisboa, antes da inauguração de duas exposições que vão assinalar as celebrações do centenário da instituição ao longo deste ano.

"Tivemos a indicação de que o Comando Metropolitano da PSP deverá sair no Verão e, nessa altura, será iniciada a expansão do museu", acrescentou, sobre este momento aguardado há vários anos pela instituição para ganhar espaço de exposição.

Sobre as eventuais obras de adaptação até à abertura, a ministra disse confiar "na capacidade dos artistas e arquitectos para encontrarem soluções de forma a que o público possa fruir do espaço ainda este ano".

"Este museu nasceu com a República e está muito ligado aos seus ideais, como a abertura de museus e a existência da escola pública", sublinhou Canavilhas.

A directora do museu, Helena Barranha, congratulou-se, por seu lado, com a celebração do centenário de um museu que possui actualmente mais de 4500 obras. As duas exposições, uma sobre arte portuguesa do século XIX e outra com fotografias inéditas de Adelino Lyon de Castro, abrem ao público hoje e ficarão patentes até 12 de Junho.

Arte Portuguesa do Século XIX (1850-1910) é a primeira de três grandes exposições que vão assinalar o ano do centenário do Museu do Chiado. A directora indicou que serão exibidas obras emblemáticas do acervo em três períodos da colecção - 1850-1910, 1910-1960 e 1960-2011 - que cobrem toda a história da arte portuguesa, de 1850 até à actualidade.

A primeira das exposições corresponde ao núcleo fundador da colecção que antecede a criação do MNAC, e reúne uma centena de obras fundamentais dos maiores artistas deste período.

Quanto à exposição Adelino Lyon de Castro - O Fardo das Imagens (1945-1953), que é inaugurada na mesma altura, resulta da doação, em 2009, ao MNAC, pela família Lyon de Castro, do espólio fotográfico daquele autor. Apresenta um conjunto inédito de 70 imagens que dão a conhecer "a face não-oficial, e reprimida, da sociedade portuguesa durante o Estado Novo".
In Público

3 comentários:

Anónimo disse...

Desculpem a pergunta, mas trata-se das instalações na Rua Capelo?

Se o Museu é para manter na mesma zona em instalações mais amplas, não me parece mal, embora duvide imenso de que haja dinheiro...

Sofia disse...

O museu não vai "mudar de sítio" nem "transferir-se", vai ser ampliado, o que é substancialmente diferente.

FJorge disse...

ALELUIA! Desde 1911 que este museu nacional espera por instalações condignas! Levámos UM século para vê-lo passar de uma "amostra de museu" para um "museu de facto"! E pensar que este museu foi um dos projectos culturais mais acarinahdos pela primeira República. Enfim, veremos o que acontece em Dezembro de 2011...