24/04/2011
O que António Costa poderia ter feito no seu "Bairro"antes de partir para o Intendente (2), por António Sérgio Rosa de Carvalho.
António Costa apresentou orgulhoso o seu plano estratégico de intervenção na zona do Intendente afim de a recuperar e requalificar a todos os níveis ... o edificado, o espaço público, a componente social e humana, o comércio ...
No entanto, no seu “Bairro”, a Baixa, que ele brevemente vai desertar, as coisas não poderiam estar pior ... e vão com o acentuar da crise ... atingir um nível de desastre irreversível ...
Com efeito, em toda a Baixa, entre a Rua do Crucifixo e a Rua da Madalena, o ritmo a que os estabelecimentos de comércio tradicional estão a encerrar, é assustador ...
Especialmente à volta da Rua dos Fanqueiros, da Conceição , etc., isto é perfeitamente visível ... A “pressão” para a sua ocupação de imediato por estabelecimentos de pseudo “artigos turísticos” ... “Chindia” ... é conhecida e já foi referida e denunciada por mim até à exaustão ... Também, a responsabilidade de planeamento que cabe nesta área ao pelouro de Manuel Salgado, no campo do Urbanismo Comercial ...
Não chegou a altura de António Costa e Manuel Salgado, reconhecerem que perderam completamente o controle da situação, que não têm qualquer ideia do que pretendem e que os “famosos”eixos prioritários de que Manuel Salgado falava ... nunca vão ser concretizados ?
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11 comentários:
O maior problema é que este processo é irreversível!
A Baixa sem o comércio e a restauração é o quê....e vai atrair quem?
Acho que o problema não é irreversível. Basta haver mais dois ou três com coragem e o comércio lentamente renascerá na zona, tal como tem vindo a acontecer no Chiado. Basta haver comércio actualizado aos tempos de hoje e uma zona limpa e atraente para passeios.
Dou alguns exemplos recentes (e positivos) da Baixa:
Restaurante Moma, cafés Brown's Coffee Shop, Rojoo, Quente e Bom, lojas A Outra Face da Lua, Amatudo, Espaço Açores, Papabubble, bar Trobadores, Hotel Vincci Baixa.
Poderão saber detalhes sobre estes espaços recentes de empreendedorismo na zona através da lista ao fundo desta página:
http://www.lisbonlux.com/lisbon/baixa.html
E já agora, que tal pelo menos um passeio semanal pela Baixa? Não basta falar, há também que actuar. Conheço gente que lamenta a situação mas também não a ajuda ao nunca pôr lá os pés.
A frase “urbanismo comercial” é medonha! Só quem não percebe nada de economia das cidades consegue achar normal. Sem pessoas (habitantes) dificilmente teremos lojas diferentes daquelas criticada (as chindias) e não é com imposições que se constrói uma cidade dinâmica. Bem sei que os portugueses não são lá muito citadinos e preferem isolarem-se do que viver junto de outras pessoas, raças…ao pé de lojas, escritórios, etc, aliás essa ideia tornou-se completamente absurda para eles, tal não é a patologia. Por isso não se consegue convencer essas pessoas a voltarem para a cidade porque a causa do abandono foi precisamente a cidade. No entanto os jovens já não caem na armadilha das casinhas isoladas e com vistas desafogadas, é só uma questão de tempo para começar a ver a Baixa outra vez cheia de residentes (o que aliás já está a acontecer). Por isso, não vale a pena elaborar um plano de proibição, o dito urbanismo comercial, porque isso iria matar de vez o pouco comercio que ainda temos na Baixa.
Eu penso que o estado a que chegou a Baixa não deve ser atribuída nem á Câmara, nem ao chineses, nem aos indianos…, mas sim aos portugueses que não conseguem ver as oportunidades da cidade… e se eles não a querem ( a cidade) existem outros (chineses e indianos) que a querem e serão sempre bem vindos, pelos menos por mim!
Mais um excelente texto de Sérgio Rosa de Carvalho.
Que o FMI faça parar a esplanada-aborto junto ao Convento do Carmo, as obras milionárias na Casa dos Bicos, para uma dita Fundação Saramago, suportada pelos contribuintes, festanças propagandísticas, etc etc
Quanto mais degradada tiver mais baixos ficam os preços dos imoveis. Atrai os mais pobres, aliás já o faz na atualidade.
Existe um culpado chama-se Manuel SALGADO ouvi-lo nas jornadas do patrimonio só me apeteceu vomitar...palhaço.
Que tamanha desfaçatez.
Depois de terem gastos os milhares no projecto de outro palhaço amigo o Bruno SOARES.
Antonio Costa não quer saber de Lisboa passeia num carrinho electrico por pura demagogia, é só demegogia entretanto nas suas costas anda gente a cuidar da vidinha. E os lisboetas que se cuidem vai ficar bem pior.
Os lisboetas só têm o que quiseram. Votaram nestes não votaram? Então sujeitem-se. Democracia é a vontade do povo, se o povo escolheu estes, são as taras e manias destes que há para aturar.
xico era só o que faltava votar outra vez no santana: o politico que mais roubou os contribuintes da história da politica e que queria fazer de lisboa uma cidade americana cheia de alcatrão
o autor voltou a meter a pata na poça e a apontar o dedo ao seu bode expiatório do costume. caso contrário teria também incluído uma vitrina de uma das retrosoarias que verdade se diga não são muito diferentes das vitrinas das lojas de que o autor não gosta...
uma vergonha senhor historiador...
O problema da Baixa não é só o Comércio; é a desertificação dos pisos superiores dos quarteirões pombalinos.
E não vale a penas dar o exemplo do Comércio do Chiado; nao temos mercado para o total de lojas que estão disponíveis nos quarteirões pombalinos.
Chamam-se erros de planeamento. Foram 30 anos a incentivar e bonificar a construção selvagem e a transferência das centralidades existentes para os arredores.
Uma cidade sem gente, como Lisboa, só pode dar nisto. Esta realidade é assim na Baixa, mas também na Almirante Reis e actualmente até nos centros comerciais.
Não sei se o mal que foi feito alguma vez poderá ser remediado. Espero que sim!
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