Uma visita guiada pelo Mosteiro dos Jerónimos, permite-nos conhecer pormenores sobre o modo de pensar dos responsáveis pela sua construção, nomeadamente El-Rei D. Manuel I
Um relevo com grande significado fica situado nos Claustros, virado a Sul, e que representa as armas de Portugal à época. O Escudo inclinado significa que o pais estava em crise, de "cabeça baixa", e os guizos, significavam que todos se riam de Portugal.
Mas o que a imagem não mostra, na mesma ala Sul, são as esfinges de Pedro Alvares Cabral e Vasco da Gama, propositadamente viradas a Oriente, como simbolo de uma nova era, de um novo objectivo, com o qual se pretendia "levantar" o nome de Portugal, e que o mesmo voltasse a ser respeitado. Ao contrário do que sucede actualmente, havia nesta época um sentido de estado, um propósito na governação, e objectivos definidos, mesmo em época de crise de identidade.
9 comentários:
conversas da treta de guias turísticos.
o brasão nessa posição é uma forma muito comum em representações heráldicas daquele período... querem mais, vão ao PNVila em Sintra, estão lá os brasões das 72 famílias mais importantes da corte naquela época, precisamente na mesma posição.
não acreditem em tudo o que vendem os guias, principalmente se estiver minimamente relacionado com situações actuais...
não conhecem a do porco?
algures nos Jerónimos, está um porco, que é prova de que sempre fomos grandes produtores de presunto.
O problema não é os guias dizerem isso, o problema está no facto de haver quem acredite. é por isso que lá fora, nos livros de viagens sobre Portugal vem disparates, como por exemplo, a crise de 1383/85 ter sido desencadeado por burgueses mesquinhos. E se olharem para alguns documentários que dão nos canais de cabo vão encontrar outros tantos.
Caro Anónimo,
Por minha culpa induzio-o em erro de pensar que a visita foi efectuada por um guia turistico. Mas não foi. As minhas desculpas, e a reafirmação do que escrevi no texto.
e onde é que viu essa referência completamente absurda em relação à posição do brasão?
"O Escudo inclinado significa que o pais estava em crise, de "cabeça baixa""
É, ou era isso, ou então eram as armas de D. Manuel I que sempre tiveram o brasão inclinado...
Há pessoas que muito gostam de inventar.
Pois lamento mas vai continuar na ignorância acerca da fonte.
As armas de D. Manuel I sempre tiveram o brasão inclinado ?????
Vejo que é um especialista.
Se não pode referir a fonte ou ela não existe, mais vale não publicar este tipo de coisas. Não se acusam factos sem ter provas ou pelo menos testemunhos que o confirmem.
Eu só fiz o reparo porque já fiz um curso de heráldica com alguns dos melhores especialistas nacionais na matéria (aliás, não existem mais).
Quase todos os anos o Instituto Português de Heráldica promove, no Museu Arqueológico do Carmo, cursos de iniciação ao tema. Aconselho-o a ir assistir. Provavelmente irá aprender coisas interessantes e não voltará a publicar disparates como este. Pelo menos sem referir a sua fonte, algo que neste tipo de coisas é essencial.
Palavras de um ..."Anónimo" sobre ..."alguns dos melhores especialistas". Pois dou-lhe razão. Não deveria ter publicado da forma que o fiz, pois não pretendo divulgar a fonte. De uma forma educada ( o que não é o seu forte) faço o mea culpa. Numa situação semelhante apenas divulgarei a quem julgo que pode entender, apreciar e pesquisar sobre o assunto, o que não é o seu caso. Acredite, e mais uma vez o digo de forma educada, está na mais completa ignorância. E aprecia o facto. Em jeito de conclusão, existem "mundos" que nem sequer imagina que existem.
Sou o anónimo das 7.13, 12.35 e das 1.59. Desconheço de quem sejam os outros comentários.
O brasão de D. Manuel surge por vezes inclinado, mas a maioria das vezes está direito.
Existem vários casos de brasões inclinados além do de D. Manuel, como já referi. Foi uma moda comum no século XVI com influência italiana - tem inclusivamente uma designação específica que agora não recordo.
Os guizos estão colocados no paquife, que faz realmente parte do brasão, mas não é parte essencial das armas de ninguém, assumindo nesta época, acima de tudo, um mero efeito decorativo.
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