In Sol Online (15/7/2011)
«O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, declarou-se ontem «abismado» com o gasto de 38 milhões de euros/ano que o Ministério da Justiça faz em arrendamentos, quando tem 1100 edifícios próprios.
«Como se pode gastar três milhões e duzentos mil euros por mês quando se tem 1100 edifícios?», interrogou-se o bastonário, considerando que, em alguns casos, «vê-se nitidamente» que os arrendamentos foram celebrados «para favorecer o proprietário».
Para Marinho e Pinto, «é preciso responsabilizar politicamente – mas não judicialmente - quem actuou desta forma» e fazer com que esta matéria seja «devidamente clarificada».
O bastonário falava no Porto, onde participou, com o eurodeputado Paulo Rangel e o antigo ministro da Justiça Laborinho Lúcio, no debate Justiça – Como Fazer a Rotura?, promovido pela Câmara Municipal.
Marinho e Pinto exortou o poder político a recusar a discussão das questões da Justiça «numa perspectiva corporativista» e pediu que se assuma «de vez que estamos a tratar da terceira dimensão da soberania» do Estado.
«Ou os políticos se convencem disso ou vamos continuar com a farsa, como até aqui, com greves e outras coisas», acentuou.
O bastonário defendeu um modelo de justiça «que seja sobretudo um serviço à comunidade que tenha em mente os cidadãos e não o umbigo daqueles que administram a justiça», disse.
Leis produzidas a um ritmo «alucinante», mas com «má qualidade», e decisões «para todos os gostos» fazem com que o cidadão desconfie da justiça, olhando-a «como um totoloto», acrescentou, pedindo também magistrados com maior experiência.
Lusa/SOL»
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1 comentário:
Como se ele não soubesse disto e muito mais...
Basta ter dois dedos de testa e somar 1+1.
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