05/05/2008

Lisboa, 05 Mai (Lusa) - A Refer "vai fazer uma estação ferroviária na Quinta do Jacinto" para servir os utentes de Alcântara da linha da margem sul, apurou a Lusa junto da empresa.

A Quinta do Jacinto situa-se no início da encosta da Avenida de Ceuta e confina com a ferrovia usada pela Fertagus na travessia do Tejo, existindo já no local "uma estação sem paragem só utilizada em casos de emergência".

Segundo fonte da Refer, "falta acabar as infraestruturas existentes, em `stand by` desde que em 1995 se iniciou o projecto da ligação ferroviária pela ponte 25 de Abril".

A mesma fonte especificou que "tudo está dependente do ordenamento do local" e que a futura estação "vai agora avançar com o novo Plano de Urbanização de Alcântara", e no futuro "servirá todos os operadores ferroviários", seja Fertagus, CP ou outros.

A reconversão da primeira paragem ferroviária para quem vem da margem sul, servirá a zona de Alcântara, poupando "aos utentes e à população" local a deslocação à estação de Campolide a mais de um quilómetro".

O novo Plano de Urbanização de Alcântara foi alargado às encostas da Avenida de Ceuta, por proposta do vereador da CDU, Ruben de Carvalho, numa área que vai desde a linha férrea de Cascais, passando pelos terrenos da antiga fábrica Sidul, abarcando depois a Quinta do Jacinto (à direita para quem sobe de Alcântara para a Ponte 25 de Abril), Páteo do Cabrinha até à ETAR, incluindo a encosta do Casal Ventoso.

O Plano só deverá estar pronto "na melhor das hipóteses dentro de dois ou três anos", disse uma fonte próxima do vereador da CDU.

O Plano está "a ser elaborado e vai ter em conta o nó rodo-ferroviário e as implicações da Ribeira de Alcântara que, desagua no rio Tejo por baixo da linha férrea de Cascais, num túnel com mais de 20 metros de diâmetro", acrescentou a mesma fonte.

AV.

In RTP.PT

8 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

Já me tinha perguntado para que servia aquele apeadeiro...

Anónimo disse...

PALAVRAS PARA QUÊ?

CONTRATO. Mota-Engil viu ampliado, pelo Governo, o prazo de concessão do Terminal de Contentores de Alcântara até 2042, diz o Oje. Contra um investimento de 226,5 milhões de euros do grupo Mota-Engil. A obra do regime na expressão do SOL vai ser, portanto, fruto da colaboração entre Governo e Mota-Engil. Bonito começo de mandato para Jorge Coelho.

In SOL, por Marcelo Rebelo de Sousa

Ricardo Sobral disse...

Parece-me uma boa oportunidade para começar a pensar em reabrir a ribeira de Alcântara, pelo menos entre a ETAR e a estação Alcântara-Terra.

Abrir o caneiro nesse troço e deixar correr a ribeira a céu aberto representaria uma melhoria paisagística enorme, com implicações na valorização daqueles terrenos, além de ajudar a resolver uma parte dos problemas associados às cheias, aumentando-se a área de permeabilização.

A "reabertura" de rios e ribeiras, que durante o século XX foram cobertos por estradas e outras vias de acesso, tem-se feito em várias cidades do mundo. Veja-se o exemplo da cidade de Aarhus, na Dinamarca, caso que conheço melhor.

Anónimo disse...

Isso implicaria o deslocamento de todo o leito do caneiro para terrenos que já se encontram ocupados com construção, pois o caneiro corre precisamente sob o corredor da Avenida de Ceuta.

Ricardo Sobral disse...

Ora nem mais! Implicaria reduzir o número de vias da Avenida de Ceuta e reformulá-la por completo. Tal qual se faz noutras cidades.

daniel costa-lourenço disse...

Este apeadeiro fica bem lá em cima na encosta, na linha do eixo norte-sul, pouco depois do comboio sair debaixo da ponte.

Não implica qualquer movimentação no caneiro, no vale em baixo, na linha de cintura.

Anónimo disse...

Sim, eu conheço o apeadeiro em questão. O caneiro veio à conversa no comentário do amigo Ricardo.

Gosto da ideia de se abrir o apeadeiro ao serviço comercial, mas vão ser necessárias algumas alterações significativas. Acessos e transportes terão de ser pensados, porque à altura a que está...
Mas tudos e faz.

Já quanto ao caneiro, julgo que reduzir o numero de vias da Avenida não é - sinceramente - uma opção viável. Pelo menos não para agora e a longo-prazo sabe Deus...

Anónimo disse...

Tantos engenheiros e arquitectos meu Deus!
Tudo isto não passa de uma Histeria pré-eleitoral de Costas e Coelhos...e claro de Linos e Sócrates...
A CML está falida e o Governo falido está,mais que nunca.E a banca idem.
No meio desta histeria,admira-me que Ruben C.,que costuma ser ponderado,alinhe nesta balbúrdia toda,ele que sabe que é urgente planear (re-planear...)esta cidade toda ao contrário,para ser sustentável...


7-5-08 Lobo Villa