06/01/2009

Estaleiro no Terreiro do Paço durante nove meses

O Terreiro do Paço vai voltar a ser um estaleiro. A partir de hoje arranca ali um plano integrado de intervenção. A obra principal correrá pela Simtejo, mas outras vão desenvolver-se simultaneamente, como é o caso da empreitada da Epal e, finalmente, a da requalificação urbana da praça, a cargo da Sociedade Frente Tejo.

A conclusão do sistema de saneamento que vai acabar com o lançamento dos esgotos de cem mil habitantes de Lisboa directamente para o Tejo é a razão que está na base de mais nove meses de trabalhos e condicionamentos.

"O Plano Integrado de Intervenção no Terreiro do Paço compreende a instalação de duas galerias de descarga de águas pluviais e um interceptor de recolha de efluentes, entre a placa central da Praça do Comércio e o rio Tejo, obra a executar pela Simtejo; a consolidação dos terrenos contíguos ao torreão poente, quer na frente sul quer na frente nascente, uma intervenção da responsabilidade da Sociedade Frente Tejo". E, por último, "a reabilitação de troço da conduta de água para abastecimento da zona Baixa, entre a placa central da Praça do Comércio (junto à galeria técnica do Metro) e o Corpo Santo, a cargo da Epal", refere uma nota do Ministério do Ambiente.

Circulação a votos

A Câmara de Lisboa discute, entretanto, amanhã o novo plano de mobilidade para a Baixa. A proposta do presidente e do vereador Manuel Salgado foi apresentada em Dezembro e prevê "um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha" para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos.

De acordo com o documento, todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês do Pombal e o que tenha origem no lado oriental (Expo) e se desloque para o lado ocidental (Cais do Sodré) terá de fazer-se pelo eixo paralelo ao rio, ou seja, via ruas da Alfândega e do Arsenal. Esta mudança visa reduzir o atravessamento da Baixa. O tráfego está na origem dos elevados níveis de ruído e poluição do ar, o que "origina situações de insalubridade e desconforto para quem ali reside e trabalha".
In DN

3 comentários:

A.lourenço disse...

e mais uma vez se pergunta: porque não foi feito tudo ao mesmo tempo?

Anónimo disse...

Porque assim os construtores ganham mais. Têm que partir e voltar a fazer mais vezes. É elementar, mas parece-me que o A.lourenço já sabe disso.

A.lourenço disse...

claro que sei caro/a anónimo, mas a pergunta deve continuar a ser feita.
abraço