Presidentes de juntas "alarmados" com efeitos do desvio de trânsito da Baixa-PUBLICO- 23.01.2009
A maior parte dos presidentes de juntas de freguesia abrangidas pelo plano da Câmara de Lisboa para desviar o trânsito da Baixa estão "alarmados" com as consequências desta medida, revelou a vereadora social-
-democrata Margarida Saavedra, que diz que a Câmara de Lisboa "esqueceu-se de explicar por onde vai passar o trânsito" que vai deixar aquela zona da cidade.
"Os autarcas não se tinham apercebido das consequências que esta medida iria ter para as suas freguesias em termos de desvios de trânsito e todos eles se mostraram profundamente preocupados e alarmados", disse Margarida Saavedra, depois de uma reunião com presidentes de junta das freguesias afectadas.
"O plano da retirada de trânsito foi muito publicitado, mas foram pouco publicitadas as consequências do desvio do trânsito pela cidade. Foi tudo de forma subtil", afirmou a vereadora, sublinhando que o plano prevê, por exemplo, "mais mil carros por dia na Avenida Fontes Pereira de Melo e 48 carros/hora na Álvares Cabral". "Alguns consideraram que estas alterações vão tornar inabitáveis as freguesias onde estão", explicou Margarida Saavedra, acrescentando que cada autarca vai elaborar um documento com a sua posição para posteriormente ser proposto um debate público desta situação.
Apesar de reconhecer que "aparentemente" o plano melhorará o trânsito no Terreiro do Paço, Margarida Saavedra afirmou que "não irá melhorar no caso da Baixa". "Até os comerciantes receiam perder clientes. Toda a cidade vai pagar por isto porque não se pode desviar o trânsito sem criar infra-estruturas suplentes", afirmou.
O plano da Câmara de Lisboa estabelece um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos. Prevê igualmente que os automóveis particulares só possam ir na direcção Santa Apolónia/Cais do Sodré/Alcântara, e vice-versa, pela Ribeira das Naus, e que o estacionamento na zona fique reservado a moradores e comerciantes. Lusa
A vereadora do PSD dá conta do alerme das freguesias, lamentando que a CML não tenha explicado o seu plano
A maior parte dos presidentes de juntas de freguesia abrangidas pelo plano da Câmara de Lisboa para desviar o trânsito da Baixa estão "alarmados" com as consequências desta medida, revelou a vereadora social-
-democrata Margarida Saavedra, que diz que a Câmara de Lisboa "esqueceu-se de explicar por onde vai passar o trânsito" que vai deixar aquela zona da cidade.
"Os autarcas não se tinham apercebido das consequências que esta medida iria ter para as suas freguesias em termos de desvios de trânsito e todos eles se mostraram profundamente preocupados e alarmados", disse Margarida Saavedra, depois de uma reunião com presidentes de junta das freguesias afectadas.
"O plano da retirada de trânsito foi muito publicitado, mas foram pouco publicitadas as consequências do desvio do trânsito pela cidade. Foi tudo de forma subtil", afirmou a vereadora, sublinhando que o plano prevê, por exemplo, "mais mil carros por dia na Avenida Fontes Pereira de Melo e 48 carros/hora na Álvares Cabral". "Alguns consideraram que estas alterações vão tornar inabitáveis as freguesias onde estão", explicou Margarida Saavedra, acrescentando que cada autarca vai elaborar um documento com a sua posição para posteriormente ser proposto um debate público desta situação.
Apesar de reconhecer que "aparentemente" o plano melhorará o trânsito no Terreiro do Paço, Margarida Saavedra afirmou que "não irá melhorar no caso da Baixa". "Até os comerciantes receiam perder clientes. Toda a cidade vai pagar por isto porque não se pode desviar o trânsito sem criar infra-estruturas suplentes", afirmou.
O plano da Câmara de Lisboa estabelece um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos. Prevê igualmente que os automóveis particulares só possam ir na direcção Santa Apolónia/Cais do Sodré/Alcântara, e vice-versa, pela Ribeira das Naus, e que o estacionamento na zona fique reservado a moradores e comerciantes. Lusa
A vereadora do PSD dá conta do alerme das freguesias, lamentando que a CML não tenha explicado o seu plano
9 comentários:
Leio o seu blogue com frequência. Convido-o a ler o meu que, salvo outra opinião, merece o esforço. Depois de 50 anos de jornalismo, desforo-me agora.
Transcrevo também partes do meu livro para publicar "Desencanto... por enquanto!". E a poesia também está para ser posta em livro.
Cumprimenta
José Vacondeus
Esta proposta tem uma coisa boa, inaugurar o momento em que os presidentes de Junta finalmente dão voz aos interesses dos seus moradores!!!Haja democracia...
E razão há para alarme porque a proposta do Costa é totalmente descabida. Haja oposição quando há tanta razão!
No artigo diz que a plano de mobilidade para a baixa vai implicar "mais mil carros por dia na Avenida Fontes Pereira de Melo e 48 carros/hora na Álvares Cabral". Primeiro: Isto já é a contar com o efeito dissuasor que a medida terá sobre o uso do automóvel? Segundo: Mais mil carros por dia na Fontes Pereira de Melo (mais do que isso passam lá por hora) e mais 48 carros/hora na Álvares Cabral (devem passar mais de 48 carros por *minuto* na hora de ponta) parece-me uma fraca contrariedade a sofrer por uma baixa mais viva e amiga do Lisboeta.
Refira-se que nos bairros históricos menos de 20% da população tem automóvel.
Pois eu estou é alarmado com a falta de consideração dos presidentes de junta pelos peões e moradores da BAIXA! É muito curioso que os senhorwes presidentes estejam mais preocupados com os meninos e meninas que querem andar a passear de pópó pela Baixa do que com os meninos e meninas que vivem e etrabalham num ambiente carregado de Co2! co presidentes de junta como estes, não há dúvida que o centro de Lisboa vai morrer deserta e sufocada de CO2!
Porque é que será que só 20% da população da baixa tem carro??? Acham que os restantes 80% andam de bicicleta? Ou será porque mais de 75% da população que aqui mora tem mais de 65 anos!!!Só a freguesia de S. Nicolau tem o maior índice de envelhecimento da baixa. Como é que se pode rejuvenescer e repovoar uma zona com politicas tão extremadas? Não conheço nenhum casal jovem que leve os filhos à creche de bicicleta!!!! FL
FL e porque não levar os filhos à creche a pé ou mesmo de transportes públicos? Só anda de bicicleta sem quer... Posição extremada é achar que as ruas de lisboa se povoam se houver lugar para 2 automóveis (no mínimo) por cada casa... quem mora no centro, não é por ter mais de 65 anos que nao anda de carro, é porque não precisa... os resistentes têm que aturar os carros do outros... querem viver com automóvel vão viver para sítios pensados nos mesmos, tipo rinchoa, ramada, s.marcos, etc... Cidades com centros históricos, já eliminaram os carros há muito... passeie pela Europa... em qualquer país há óptimos exemplos disto...
Só posso depreender que não tem filhos pequenos para fazer esse tipo de comentário tão fundamentalista. Experimente levar um bebé de 10 meses no carrinho e outro de dois anos ao colo com as respectivas mochilas...à chuva...deixá-los na escola e apanhar novamente os transportes para o trabalho. Sim, porque isto não é a aldeia do Noddy, não fica tudo no mesmo bairro!! Até consegue fazê-lo uma vez, por estupidez e teimosia, porque há segunda é despedido por chegar sucessivamente atrasado. E não me diga que também acredita que o povo vai deixar os carros no marquês e correr em debandada em direcção à baixa (com o Corte Inglês ali tão perto....)
Levo a minha filha a pé ou de autocarro á escola (até ter idade de ir sozinha) 90% dos dias- chego cedo ao trabalho e sem problemas.
Obriga a planear e ser disciplinado mas compensa largamente em todos os aspectos- saúde, civismo, economia, ambiente.
Isto acontece porque escolhemos viver numa habitação humilde mas que nos permite fazer o dia-a-dia sem a escravidão das distâncias e do uso do automóvel que, mesmo com apenas 3000 km por ano, nos obriga a levar com contas anuais do mesmo valor que as contas da casa.
Desafio a quem é contra esta medida:
1. Visitar Centros Históricos sem tráfego, como o de Guimarães
2.Falar com moradores da Baixa para tirarem a prova dos 9 em vez de recorrer ao bitaite
Já chega de gramarmos o comodismo de alguns...
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