04/02/2010

PS viabiliza a Red Bull Air Race isolado, com gastos incertos para a Câmara de Lisboa

In Público (4/2/2010)
Por Ana Henriques

«António Costa não esclareceu oposição sobre todos os contornos da operação. Custo mínimo fica em 350 mil euros

Contratos diferentes

A maioria socialista que governa a Câmara de Lisboa fez ontem aprovar, contra a vontade dos partidos da oposição, o financiamento da corrida de aviões Red Bull, que se realizará em Setembro. Resta agora saber qual será a factura final a pagar pelo município, uma vez que nem todos os gastos foram ainda contabilizados.

Ao certo, sabe-se que a autarquia terá de financiar a prova até ao máximo de 350 mil euros. Mas mesmo esse valor pode vir a subir se, por exemplo, o Turismo de Portugal não comparticipar o evento com o meio milhão de euros que atribuiu às edições anteriores, realizadas no Porto. "Creio ser impensável o Turismo de Portugal não atribuir o subsídio", declarou ontem o presidente da câmara, António Costa, tentando dissipar dúvidas. Só que o autarca deixou uma vez mais por esclarecer vários aspectos ligados à operação financeira que suporta a realização da corrida, numa reunião camarária subordinada a este assunto. Em quanto importarão os gastos com segurança e com a logística do evento, que Lisboa e Oeiras terão também de suportar? Ninguém parece saber. Terá a empresa que se comprometeu a encontrar patrocínios para a Red Bull Air Race, no valor de 2,5 milhões de euros, fornecido garantias bancárias que cubram a eventualidade de não conseguir apoios suficientes? Por que razão a Associação Turismo de Lisboa afirmava, há uma semana, que a comparticipação camarária seria de 250 mil euros para afinal ser de 350 mil? António Costa não soube responder nem à oposição, nem aos jornalistas.

O empresário de eventos desportivos João Lagos não aceitou o convite do Turismo de Lisboa para angariar patrocínios. Mesmo assim, não tem dúvidas: "O país precisa de eventos destes, que a população vai com certeza adorar." Então porque não se associou? "Não tinha disponibilidade." E também havia um certo risco financeiro, admitiu ao PÚBLICO.»

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, como votaram o Zé e a Helena, que é para a gente poder tirar as devidas ilações?

Anónimo disse...

Má peça de jornalismo, porque o título está incoerente com o texto:

No título: "Custo mínimo fica em 350 mil euros"

No texto:
"autarquia terá de financiar a prova até ao máximo de 350 mil euros"

"esse valor pode vir a subir"

Ou seja, interpretando o texto, o custo pode ser *menos* ou *mais* de 350 mil euros.

O grande problema é haver uma tão grande imprecisão no custo desta ideia para a CML, e ainda antes de haver clarificação desses números já se ter avançado com uma decisão.