A quem de direito,
No dia 12 de Feverero ao chegar ao aeroporto de Lisboa dirigi-me para o ponto de taxi; o taxi aproximou-se e eu ia ajudar a colocar uma mochila e um porta-fatos no porta-bagagem mas o condutor do táxi logo ali, com ar rude disse:
- Quem manda aqui sou eu, e coloco a bagagem
Entrei para o taxi e disse-lhe que queria ir para a estação dos autocarros, o meu voo tinha-se atrasado e por isso eu já tinha perdido o autocarro das 18.30, o próximo e último seria às 20.30.
O taxista começou com uma longa conversa sobre o transito e Lisboa e sobre as diversas opções que haveria; eu respondi que precisava chegar com a brevidade possível para poder comprar o bilhete e apanhar o meu transporte. Sugeriu que me ia deixar no portão por onde saem os autocarros, que eu teria de andar um pouco a pé mas poupava-me em tempo. Respondi-lhe que fizesse como achava melhor.
Continuou a falar sobre os condutores, o parquemaneto e as diversas ruas. Depois segue pela rua do Soeiro e fez questão de mostrar a sua escola, a sede do partido comunista, o bairro onde viveu por 25 anos, etc., etc. Neste momento já eu não estava a apreciar aquela conversa ininterrupta.
Chegados ao dito portão de saída dos autocarros é óbvio que o segurança não o deixou parar e disse-me que mesmo a pé por ali não se podia entrar. Claro que fiz notar que não seria a primeira vez que levava pessoas à paragem dos autocarros e que certamente já deveria saber que por ali não se pode entrar. Ao meu reparo exaltou-se pois entendia que eu estava a fazer reparo ao serviço dele e não admitia e que até podia me mandar sair mesmo ali e ameaça de ir por um caminho mais comprido e que não se importava se eu perdesse o autocarro.
Com toda esta conversa estávamos quase chegados à estação e pedi que me deixasse mesmo ali, pois era tal a conversa que não conseguia tolerar todo aquele desaforo. Disse-me que eu até podia sair mas não me dava a bagagem. Eu saí mesmo e claro que ele trancou de imediato o carro, não permitindo retirar a minha michila. Aos gritos disse que havia de dar quando entendesse.
Fui para a entrada da estação – entre a entrada dos autocarros e do metro a ver se o homem vinha na direcção, mas levou algum tempo até que o avistei no outro lado da estação. Dirigi-me ao homem e ele começou a ameaçar-me como se eu não fosse pagar e que só libertava a bagagem depois de eu pagra e que me ia passar o recibo. Eu retorqui que não queria recibo mas queria pagar e ir-me embora, pois o tempo estava a passar. Ele trancou-se no carro e ficou a escrever. Saiu, disse-me que tinha a pagar 11.10, que paguei, ele clamamente abriu o portababagem, deu-me o recibo e disse-me literalmente:
- Meta isto no cu. E venham outros açorianos comigo que vão ver o que lhes acontece.
Não pude deixar de lhe dizer que esta tinha sido a pior experiência que tinha tido com taxista, ele era o pior taxista que jamais tinha conhecido.
Ainda bem que ainda tinha lugares e pude apanhar o autocarro
Receio que este homem seja doente mental e que certamente terá procedimentos menos adequados sempre que receber açorianos ou madeirenses.
Ainda escrevi a matrícula num papel que tina na mala, mas como estava escuro, a chover e eu um pouco nervosa não consigo ler muito bem o que escrevi – 15-IO- 28????
Mas pelo dito recibo, que ele fez o favor de me fornecer, consigarão chegar a este indivíduo. Já nem está em causa o que se passou comigo, pois já é passado, o problema é o que se poderá passar com outros açorianos; dá-me idéia que este indivíduo sofre de depressão, bipolaridade ou uma patologia psicológica que certamente não é adequada para o exercício desta porfissão que requer um contatacto com o público ea que ele não está pré-disposto
Ana Taveira
25 de Fevereiro 2010
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17 comentários:
nem é um caso de patologia psiquiátrica, nem é um caso de perseguição aos açorianos - a questão do comportamento dos taxistas nas praças do aeroporto de Lisboa é um tema recorrente, mas nem por isso grave - e a que ninguém conseguiu ainda pôr cobro.
É o primeiro cartão de visita da cidade, do país, a quem nos visita, vindo de avião, e continua a ser péssimo.
eu próprio, depois de ter sido talvez um dos recordistas de queixas apresentadas formalmente às várias autoridades (até fui entrevistado para um programa de televisão sobre direitos de consumo, por causa disso), desisti. Não apanho pura e simplesmente táxi no aeroporto (seja na praça das chegadas, seja na das partidas, onde ainda há uns anos era possível ser bem atendido, mas onde hoje a máfia que está nas chegadas domina também o espaço das partidas).
Não vejo solução à vista, dado que a própria classe dos taxistas protege este tipo de comportamento.
gralha na mensagem: onde está "mas nem por isso grave" deverá ler-se obviamente "mas nem por isso menos grave"
Cara Ana: sugiro fazer uma queixa na Antral (http://www.antral.pt/forum). Se tem o recibo mais facilmente pode fazer esta queixa.
Caso se tenha sentido fisicamente ameçada e verbalmente agredida também pode fazer queixa na PSP. Aproveite a ferramenta electrónica:https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/sqe.aspx?l=PT
Esta experiência já eu vivi, e meus familiares também.
Uma hipótese é deslocar-se às partidas e tentar apanhar um dos táxis que lá deixam as pessoas: são bem melhores. Os taxistas da praça do aeroporto são, salvo raras excepções, uma corja que devia de ser banida. São também o retrato mais infeliz com que brindamos os vistantes à nossa cidade. Infelizmente a ASAE não actua nestes senhores...
Pedimos à CidadaniaLx que reencaminhe o email para a Antral
Sao uma mafia sim sr, mas para nossa alegria teem os dias contados. Quando o Metro chegar ao Aeroporto em 2011, o servico de taxis vai ter uma valente quebra.
Já agora, alguém consegue esclarecer:
- Como é que se podem fazer reclamações sobre taxistas em Lisboa?
- Não existe um livro de reclamações (como em qualquer outro serviço)?
- Não é possível fazer uma reclamação sem ter recibo? Por exemplo, se um taxi fizer uma contra-ordenação que me ponha em risco, como peão, não posso fazer queixa desse taxista?
coitada, deve ter sido a primeira a ser mal-tratada pelos taxistas...
E só pagou 11€, acho que está correcto do aeroporto a sete-rios com mala. Eu ainda noutro dia paguei 7 do aeroporto para antes de entre-campos
Era assim em 1970....e continua assim em 2010. Neandertal ao volante....um dos graves problemas desta terra.
Anonimo das 12h21, ela nao se queixa do que pagou, mas sim do tratamento ordinario e nao-profissional de que foi vitima. Nem tudo tem a ver com dinheiro...
queixa na asae e antral
Do Aeroporto para Sete Rios até tinha a carreira 96 da Carristur por 3€.
A Antral provavelmente vai dizer que a descrição feita do motorista de taxi não corresponde ao condutor oficial do veiculo e vai-vos mostrar uma fotografia doutra pessoa.
Vai ainda dizer que interrugou o dono do taxi, e este desmentiu que tenha um motorista com as descrições referidas.
Não vai servir para nada a queixa. É pagar e calar.
A Antral diz no seu site que não tem a responsabilidade de lidar com queixas.
Parece-me que ninguém quer saber de reclamações aos taxis.
É demasiado difícil.
Notável como nos dias de hoje, em que qualquer outro serviço tem um livro de reclamações à mão, os taxis continuam a estar entre os maiores infractores da estrada, a receber honras de suposta utilidade pública, e ninguém pode reclamar sobre eles. (Ou, podendo, seja tão desencorajado que nunca o faça.)
Se os taxis prestam um mau serviço, simples; não andem de taxi. Eu nunca ando.
Aqui concordo com o Xico: carris, cp, metro, pé. Taxi? por mim, não obrigado. Podiam acabar com os ditos Carros de Praça.
Na Carris não pode andar com malas grandes ( e no metro teoricamente tb não, só q ninguem controla), mas do Aeroporto para Sete Rios tem as carreiras da Carristur que aceitam as malas que for preciso porque têm lugar especifico para elas.
Os taxistas tambem se queixam que são vitimas dos clientes:
http://www.cmjornal.xl.pt/Comentar.aspx?channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010&contentid=2038973E-F144-4459-9156-0BA998718A4D
Ladrão que rouba ladrão... eu é que não ando de taxi para evitar problemas.
Transportes colectivos são muito mais giros, ve-se peixeiradas, apanha-se com a tosse dos outros, ve-se porrada, e sai mais barato.
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