02/02/2015

Dar uma 2ª oportunidade à Torrefacção Lusitana (Bairro Alto) em Ano Europeu do Património Industrial e Técnico


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.C. DGPC, AML, JF

Em "Ano Europeu do Património Industrial e Técnico", iniciativa do Conselho da Europa (http://www.industrialheritage2015.eu/), somos a solicitar a atenção de V. Exas. para o edifício da antiga Torrefacção Lusitana, sito na Rua Nova do Loureiro, de que anexamos imagens e sobre o qual foi aprovado pela CML (por delegação de competências) um projecto de ampliação em 2008, conforme plantas também em anexo.

Independentemente das considerações patrimoniais, urbanísticas, estéticas e afectivas então tecidas por nós acerca deste projecto, sem que tenhamos tido sucesso junto da CML e do IGESPAR (ex. as medidas preventivas decorrentes da classificação do Bairro Alto como IIP e a protecção ao Chafariz da Rua do Século, o legado industrial, etc.), e chegados a 2015, decorridos 7 (sete) anos sobre essa aprovação, solicitamos a V. Exas. esclarecimento sobre se a referida aprovação não terá já caducado, tal como os direitos adquiridos então pelo promotor, que, recorde-se, colocou à venda os apartamentos do futuro edifício, antes até da construção avançar.

Nesse sentido, solicitamos igualmente V. Exas., que nos esclareçam sobre se a CML já intimou o proprietário a fazer as necessárias obras de manutenção do edifício em causa , e se será possível à CML encetar negociações com o mesmo de modo a que seja encontrada outra solução para a antiga Torrefacção Lusitana, que não passe pela ampliação do edifício existente nem por construção nova a tardoz (quiçá pela compensação ao promotor de créditos de construção para outro local da cidade), permitindo à cidade dignificar a herança industrial em causa, corrigindo erros de um passado não muito longínquo [ex. demolição da Fábrica de Chocolates Favorita (Sapadores), alteração irreversível e ilegal da antiga engomadoria Ramiro Leão (Pena) e demolição de uma série de armazéns e antigas unidades industriais no eixo Boavista-Alcântara], recolocando o município em sintonia com os objectivos da iniciativa do Conselho da Europa e no trilho das boas-práticas internacionais no que se refere à arqueologia industrial.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Henrique Aparício, Maria do Rosário Reiche, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Rui Martins, Virgílio Marques, Alexandre Marques da Cruz, Beatriz Empis, Irene Santos, João Oliveira Leonardo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Vítor Vieira, Nuno Caiado e Alexandre Pereira da Silva

2 comentários:

Anónimo disse...

falta indicar qual é a outra solução (e claro tem de ser uma solução que se sustente financeiramente a si própria, assim como a torrefacção se sustentou enquanto funcionou)...

Anónimo disse...

A chaminé! Se o projecto for para a frente, POR FAVOR NÃO DEMULAM A CHAMINÉ E INCLUAM A MESMA NO LOGRADOURO DO EMPREENDIMENTO!

https://www.google.pt/maps/@38.713298,-9.147579,3a,75y,112.47h,96.61t/data=!3m4!1e1!3m2!1sWB4zD_rfgDNlcOBJbSM-UQ!2e0