25/09/2014

Instalações Sanitárias nas escadas da Igreja de Santos o Velho





Mais uma zona vitima da venda de Lisboa como "party" & "beer" city...

E quando é que o Beco do Colégio dos Nobres, em plena Rua da Escola Politécnica vira uma coisa decente, à Trastevere, por ex.?


Fotos: CML e Pedro Rodrigues

Lisboa Ilegal: Rua do Chão da Feira

Mais um mau exemplo, já por nós denunciado mas sem qualquer efeito, num bairro histórico emblemático de Lisboa: Castelo. Até quando se vai tolerar este tipo de abusos em descarada ilegalidade? Porque se convidam os munícipes a participar no Portal "Na Minha Rua" se depois os serviços municipais não actuam?! Aqueles dois armários colados ao cunhal deste edifício devem ser retirados coercivamente caso o proprietário da loja não o faça de livre vontade em obediência da lei.

Óptima notícia, esperemos que tenha resultado prático já para o ano!


In Público Online 24.9.2014
Por Inês Boaventura

«Lisboa quer acabar com os cabos nas fachadas até Maio de 2017

O vereador Manuel Salgado antecipa “uma dura batalha com os operadores”.


A Câmara de Lisboa quer que todos os cabos de electricidade e de telecomunicações que hoje em dia estão espalhados pelas fachadas dos edifícios sejam removidos ou enterrados, até ao fim de Maio de 2017. Esta é uma das medidas previstas no Regulamento de Obras na Via Pública, que o vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana não tem dúvidas de que irá merecer “uma fortíssima oposição” das empresas do sector.

Referindo-se à obrigatoriedade de os cabos passarem a estar no subsolo, Manuel Salgado afirmou que “o município tem de impor esta regra com força” e defendeu a aplicação de “sanções pesadas para quem não cumprir”.

Aquele regulamento contempla também um conjunto de medidas para acabar com as obras constantes nalguns locais da cidade ou, como lhe chamou o autarca, com “as situações abre buraco, tapa buraco, abre buraco”.

A ideia é que o município passe a anunciar, até o fim de Junho de cada ano, quais são as obras no espaço público que pretende executar no ano seguinte. Aos operadores será dada a oportunidade de, até ao fim de Outubro, comunicarem se pretendem associar-se a alguma delas, por forma a que passe a haver “uma coordenação das intervenções”.

Manuel Salgado também quer que passe a estar definido que depois de realizada uma empreitada num determinado local de Lisboa, só passados cinco anos é que poderá ter lugar uma nova obra no mesmo sítio.

Além disso, a Câmara de Lisboa vai lançar uma plataforma electrónica, à qual chamou LXsubsolo, na qual passará a estar registado o cadastro de todas as infra-estruturas existentes no subsolo da cidade.

O Regulamento de Obras na Via Pública foi genericamente saudado pela oposição, mas a sua votação, que estava prevista para a reunião camarária desta quarta-feira, foi adiada para dar mais tempo aos vereadores para analisarem a proposta.

Manuel Salgado quer que este documento seja colocado em consulta pública por um período de 60 dias e que possa entrar em vigor “no primeiro trimestre do ano que vem”. Antecipando “uma batalha dura com os operadores”, o autarca admitiu a necessidade de se obter ainda “pareceres jurídicos, internos ou externos, que respaldem o município”.»

24/09/2014

Lisboa, Capital Europeia da Demolição: Rua Vale do Pereiro 7 e 9

antes (foto LAJB)



Na Rua Vale do Pereiro 7 e 9 (perpendicular à Rua Braamcamp) existia um imóvel pombalino tardio conforme se vê nestas imagen s do antes. Foi demolido e agora já está lá uma nova construção - que talvez venha a integrar as estatística de "reabilitação urbana". Na verdade, em linguagem corrente do urbanismo lisboeta a isto de se chama «alinhar cerceas e «reabilitação urbanística». E como se chama a empresa promotora da demolição do imóvel do séc. XVIII e da nova construção de 5 pisos? O nome é «Legado de Memórias» (!!!). Escusado será dizer que o logradouro com jardim está 100% impermeabilizado para as caves de estacionamento. Lisboa, a fazer mal.

Olha aqui um especialista a dizer que a calçada portuguesa facilita a absorção de água e evita/minimiza cheias!


In Público (23.9.2014)
Por Ana Fernandes

«Lisboa terá sempre inundações

Sempre houve e sempre haverá cheias numa cidade construída por cima de rios e ribeiras. Neste caso, a palavra-chave é adaptação.

... Criar descontinuidades nos pisos, evitando que tudo fique impermeabilizado – deixar os logradouros com terra, por exemplo, usar calçada ou paralelepípedos que permitem uma maior infiltração, criar espaços verdes em zonas inundáveis – são algumas hipóteses. [...]»

23/09/2014

Lisboa "turistificada"


Lisboa, Capital do Azulejo: Rua da Graça

 Na Rua da Graça...
...e ambos os imóveis são propriedade municipal! E os azulejos estão neste estado há vários anos - uns vão caindo, outros são furtados... e quem sabe se azulejos destas fachadas já foram vendidos na Feira da Ladra a um turista suiço ou francês.

As inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)


From: Pedro Henrique Tavares Pereira Aparício 
Sent: terça-feira, 23 de Setembro de 2014 11:51
To: presidente@am-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt
Cc: aml.ps@cm-lisboa.pt; aml.ppd_psd@cm-lisboa.pt; aml.cds_pp@cm-lisboa.pt; aml.pcp@cm-lisboa.pt; aml.be@cm-lisboa.pt; aml.indepentes@am-lisboa.pt; aml.mpt@cm-lisboa.pt; aml.osverdes@cm-lisboa.pt; aml.pan@am-lisboa.pt; aml.pnpn@am-lisboa.pt
Subject: Considerandos de um cidadão sobre as inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)
Exma. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa;
Exmos. (as) Membros da Assembleia Municipal de Lisboa, representantes dos partidos políticos e grupos de cidadãos;
Sou um simples cidadão de Lisboa, ainda algo perplexo pela exposição da fragilidade que a nossa cidade de Lisboa e todo o sistema de prevenção e proteção de bens, pessoas e património atesta pelas imagens que vimos e pelas experiências perigosas e perturbantes que ontem experienciámos na primeira pessoa numa quantidade avultada de locais da cidade de Lisboa.
Hoje não posso deixar de registar o infeliz sucedido no dia de ontem, ocasião coincidente com o Dia Europeu sem Carros, onde de facto o trânsito automóvel de Lisboa quase foi substituído por meios de menor impacto como os barcos a remos.
Estimo que os prejuízos sejam elevados, entre reparações de via pública e intervenções de urgência será também uma fatura cara os danos de imagem, as perdas de receitas de comerciantes e a constatação prática que a operacionalidade do nosso sistema de proteção civil carece de melhorias urgentes.
Da sessão que hoje haverá lugar na nossa Assembleia Municipal de Lisboa noto, com especial atenção, a inclusão nesta ordem de trabalhos da proposta 488/CM/2014 - Compromisso plurianual relativo à aquisição de serviços de “Limpeza, desobstrução e inspecção de colectores do Município de Lisboa” e consequente repartição de encargos.
Bem sei que Lisboa tem sofrido diversas alterações no seu modelo organizacional e da própria rede de competências, fruto da implementação da reforma administrativa que veio trazer a partilha de competências com as novas Freguesias criadas neste quadro, uma nova realidade que aos poucos mostra as suas potencialidades e fragilidades.
Sobre esta reforma administrativa, não querendo desviar-me do tema das inundações, atrevo-me a pensar que estaremos demasiado otimistas e pouco vigilantes sobre o processo. Digo isto ao ler o 1º Relatório de Monitorização do Processo da Reforma Administrativa, aprovado por maioria no passado 15 de Julho de 2014, pese embora este fique aquém do que pessoalmente esperava ver refletido sobre as novas 24 realidades da nossa Capital Portuguesa.
Sobre as inundações do dia de ontem noto que um dos papéis fundamentais da nossa Assembleia Municipal é precisamente a fiscalização política da ação do nosso executivo camarário que, ao que julgo saber, continuará a assegurar em toda a Lisboa a necessária limpeza e manutenção dos sistemas de escoamento de águas residuais.
Poderá ser desconhecimento técnico ou falta de rigor meu, admito, mas a discussão desta proposta de compromisso plurianual peca por falta de temporalidade e julgo que a mesma deveria figurar como ponto de partida para um mandato. Afinal de contas o pontapé de partida para este procedimento é feito ainda em 2013, ou estará em falta na nossa memória coletiva as cheias de Lisboa em Outubro 2013?
Alerto-vos que a sobrecarga de chuvas de ontem é em tudo idêntica à do ano anterior, pois estas mesmas impediram a boa concretização de calendários de obras públicas como são exemplo: a cobertura dos buracos no asfalto lisboeta de muitas vias públicas, a repavimentação da Rua do Ouro, A realização das Zonas 30 em toda a Freguesia de Alvalade e estou certo que inúmeras outras serão do vosso conhecimento.
Agora interrogo-me e procuro um devido esclarecimento: Será o objeto desta proposta o suficiente para garantir que dias caóticos com o de ontem não voltam a acontecer?
Aproveito ainda para partilhar convosco que espero que esta proposta seja de facto aprovada, permitindo que durante as Jornadas Europeias do Património, já esta semana, as Galerias Romanas da Rua da Prata possam de facto ser visitadas.
Peço a todos e todas uma ação urgente, concertada e direcionada ao bem comum, procurando que a simples limpeza de sarjetas deixe de ser uma política de marés de simpatia ou sazonalidade – é hoje, mais do que nunca, urgente garantir que a segurança, a saúde e a salubridade das nossas ruas assentem verdadeiramente em políticas públicas de prevenção de riscos.
Com melhores cumprimentos
Pedro Henrique Aparício
NOTA: Este texto, de minha autoria, foi também publicado em http://overacidade.blogspot.pt

Câmara de Lisboa discute criação de regulamento de obras no espaço público


In I online/LUSA (23.9.2014)

«Atualmente, o Regulamento de Obras na Via Pública, que se encontra em vigor, foi aprovado pela Câmara de Lisboa em 19 de junho de 1963. A Câmara de Lisboa vai discutir na próxima reunião, na quarta-feira, a criação de um regulamento de infraestruturas em espaço público, que pretende coordenar as obras de construção, ampliação e remodelação em redes de energia elétrica e de iluminação pública.

Segundo a proposta a ser debatida na reunião, o objetivo é “regular” também as intervenções noutras infraestruturas urbanas, como redes de comunicações eletrónicas, de abastecimento de gás, de sinalização luminosa automática de trânsito e infraestruturas de suporte destinadas a transportes públicos.

A autarquia pretende, assim, “promover a eliminação das infraestruturas obsoletas e sem utilização”, também chamados “cabos mortos”, lê-se no documento assinado pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

O município quer incentivar a “migração das infraestruturas que se encontram apostas sobre as fachadas dos edifícios para o subsolo, nomeadamente a da rede elétrica e das redes de comunicações eletrónicas, que comprometem não só segurança e integridade, mas também o valor histórico/patrimonial dos edifícios”.

Desta forma, será possível “limitar e disciplinar a ocupação da via pública, minimizando os prejuízos para a acessibilidade dos cidadãos em geral e prevenindo os riscos dela decorrentes, especialmente para crianças, idosos, pessoas com deficiência ou mobilidade condicionada concretizando os importantes deveres que os municípios têm em matéria de acessibilidade”, defendem. [...]»

...

F-I-N-A-L-M-E-N-T-E!

Para recordar e não repetir, nunca mais:


In Arquivo Municipal de Lisboa (Facebook):

«Esta imagem é uma fotografia de Judah Benoliel, de 1949 e que mostra o início dos trabalhos de demolição do troço do Aqueduto para a abertura da Avenida Infante Santo.»

Olha, olha, Cais do Sodré, Bairro Alto, Santos ...


In El País (21.9.2014)

«Más de 20 barrios se unen contra el modelo turístico de Barcelona [...]»

Câmara prepara intervenção urgente para estabilizar Terraços do Carmo


In O CORVO (23/9/2014)
POR SAMUEL ALEMÃO

«A chuva intensa destes dias não deve estar a ajudar nada. A aparente suspensão dos trabalhos de requalificação dos Terraços do Carmo, que assegurarão a ligação entre a Rua Garrett e o Largo do Carmo, através do denominado Pátio B, poderá estar a pôr em perigo a estabilidade dos terrenos e dos edifícios em redor do Convento do Carmo. Por isso, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) prepara-se para aprovar a adjudicação de uma empreitada urgente visando a garantia de estabilidade e segurança dos taludes e respectivas zonas, edifícios e monumentos adjacentes. Tudo porque o empreiteiro está em dificuldades financeiras.

A proposta subscrita pelo vereador com o pelouro das obras, Jorge Máximo, e a ser apresentada esta quarta-feira (24 de Setembro), durante a reunião púbica do executivo municipal, prevê a “execução de trabalhos estritamente necessários e urgentes de estabilização, contenção, reforço, infra-estruturas e impermeabilização, das zonas A e B dos Terraços do Carmo e sua área envolvente”. A intervenção, que terá um custo estimado de 1,680 milhões de euros e um prazo de execução de 180 dias, nasce da constatação do impasse a que os trabalhos chegaram e das consequências que tal situação poderá acarretar para o património.

As obras de requalificação dos Terraços do Carmo, cujo projecto é da autoria de Siza Vieira – e acaba por funcionar como o encerramento do grande plano de reabilitação concebido pelo arquitecto para a área atingida pelo incêndio do Chiado de Agosto de 1988 -, iniciaram-se no Verão do ano passado. Mas, pouco tempo depois, foram suspensas. Isto porque a última fase dos trabalhos arqueológicos naquele local– iniciados em 2008, pelo Centro de Arqueologia de Lisboa, sob alçada da CML – revelou, além de diversos corpos de uma necrópole, uma série de achados considerados de grande relevância e, sobretudo, permitiu pela primeira vez observar das fundações da cabeceira do convento. Tal obrigou à reformulação do projecto original de Siza.[...]»

22/09/2014

Museu Santo António: Não havia necessidade...

...de usar mão tão pesada. Isto talvez não seja muito mais do que um imaturo manifesto de modernidade, extemporâneo. Pelo menos a obra parece ser reversível. E se a intenção, de tão audaz gesto, era esconder as miseráveis caixas de ar-condicionado, o acto parece-nos falhado porque ainda lá estão os caixotes bem visiveis por cima do arco em querena do Arq. Mateus Vicente! Também parecem querer justificar o mega dispositivo publicitário que cobre a fachada e portal com a necessidade de atrair mais visitantes - mas nós somos da opinião que os visitantes vão aos lugares porque os conteudos são de qualidade e não porque nos "gritam" para entrar qual supermercado ou mega store.  

Imagens da Semana da Mobilidade na Praça Manuel Cerveira Pereira




Passeios de Lisboa: na passadeira e passeios da Praça Manuel Cerveira Pereira / Rua Dr. Faria Vasconcelos é assim há décadas. Apesar dos pedidos de pilaretes a CML e a J. F. do Beato nada fizeram até à data em defesa dos peões e da sua segurança. Porquê Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Beato? Fotos: enviadas por uma municipe identificada.

Requiem pela arquitectura industrial em Lisboa






Lisboa é, decididamente uma cidade que cnvive mal com a sua herança arquitectónica. Um pouco por todo o lado a arquitectura industrial tem sido vítima de uma completa incúria que tem conduzido à sua destruição, ora para construção de condomínios de luxo, a Fábrica de Vidros na Rua das Gaivotas e  a Fábrica Constância na antiga cerca do Convento dos Marianos às Janelas Verdes são dois exemplos, ora para novos planos de urbanização que arrasam na totalidade as unidades fabris de arquitectura industrial, Arco do Cego, e Alcãntara. Louvor ao trabalho da Lx factory e da Fábrica de Braço de Prata que souberam encontrar outros usos, resgatando esse riquíssimo património da sua destruição.
Estas fotografias retratam dois magníficos exemplares ambos na Rua do Cais do Tojo, a Santos. O primeiro, da Litografia de Lisboa tem visto os seus azulejos e ladrilhos amarelos desaparecer de forma paulatina (PISAL????), o segundo tem umas notáveis janelas de imensos vãos, com trabalho de cantaria poderia ser recuperado para galerias, residências artísitcas, centro de interpretação da Lisboa industrial do século XIX.. Está na hora da CML elaborar uma carta de intenções sobre esta arquitectura. Agora que abriu o periodo de consulta/debate público sobre o Plano de Urbanização de Alcântara, é oportuno que a autarquia nos diga o que pretende fazer com este património ainda existente na cidade.

Plano de Urbanização de Alcântara em discussão dia 23:


In Site da CML

«>No dia 23 de setembro, às 18h30, realiza-se uma sessão de apresentação do Plano de Urbanização de Alcântara, que decorrerá nas instalações da Junta de Freguesia de Alcântara (Rua dos Lusíadas n.º 13).

A apresentação conta com a presença do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, e do Chefe de Divisão de Planeamento Territorial, Eduardo Campelo.

Mais informação sobre o plano, AQUI

21/09/2014

Lisboa, Capital do Azulejo: R. Marquês de Fronteira 183


Ao contrário da maioria dos posts sobre este tema, neste caso concreto as notícias são boas. Em cima vemos a fachada de azulejo deste prédio vítima de furto nos últimos anos. E em baixo vemos a mesma fachada reabilitada recentemente, com as lacunas preenchidas com cópias dos azulejos. Infelizmente, por cada boa noticia destas há centenas de furtos a ocorrer na nossa cidade...

À descoberta do Arquivo Municipal de Lisboa: 26 Setembro


O Cinema Odéon faz hoje 87 anos...
















O Cinema Odéon inaugurou há exactamente 87 anos, no dia 21 de Setembro de 1927 com o filme "The Merry Widow" (1925). Com um proprietário insensível ao valor patrimonial do imóvel, uma tutela da cultura desinteressada na Arquitectura do início do séc. XX e um executivo municipal cada vez mais adepto do "fachadismo", de uma Lisboa de «cara lavada» mas pobre de conteúdos, a cidade que ergueu o Odéon tem tudo a postos para o demolir. Todos unidos pela destruição do património cultural da cidade. Cada vez observamos menos conservação e restauro genuíno. Proliferam as obras que denunciam uma sociedade que faz leituras meramente superficiais do seu próprio "património". Uma capital de fachadas. Quem se levanta pela defesa da herança cultural  da nossa cidade? Ter um cinema de 1927 em pleno centro de uma capital europeia e não saber o que fazer dele, é uma prova de «impotência cultural».

20/09/2014

Património de Lisboa: «para reconstrução total ou demolição» [sic!]

«Prédio para reconstrução/ampliação com projecto aprovado para 9 estacionamentos [sic] + 9 apartamentos - 2 T3 duplex - 1 T3 simples - 4 T2 - 2 T1- Pode permutar no todo ou em parte
 

«Prédio apalaçado com 1750m2 com área descoberta de 540m2, em fase de (re)construção [sic] avançada [demolido]. Obra a 50% - estrutura e cobertura concluídas, com projeto assinado pelo gabinete de arquitetura Aires Mateus e aprovado pela CML. Com 4 frações: T5 Duplex 320m2 (3 estacionamentos) + T4 Duplex 280m2 (3 estacionamentos) + T3+3 - 340m2 (4 estacionamentos) + T3+3 330m2 com jardim 470m2 (3 estacionamentos). Possibilidade de alteração ao projeto.»


 
«Prédio para venda em Lisboa, ao Chile para demolir; 4 fogos 1 T1 + 2 T2 + 1 T4 duplex. Com licença a pagamento de ocupação, demolição e construção no valor de 33.000 €. Área acima do solo: 750 m2. [...]»
«Prédio construído em 1937 para reconstrução total ou demolição [sic], totalmente devoluto. Composto por cave com 1 fogo de 8 divisões, R/C com 2 fogos de 3 divisões e pátio com outro fogo de 5 divisões.» 
FOTO: Rua Rosa Araújo, 49 com projecto do Arq. Nicola Bigaglia (demolição integral dos interiores, projecto de "luxo" do Atelier Aires Mateus).
 

 

Entre mansardas e casas a cair. Rua dos Mastros e Rua de São Bento

Seguem-se algumas fotografias da rua dos Mastros e da Rua de S. Bento. No último número da revista Lisboa, da CML, o tema de capa era a reabilitação. Como tema, é um bem escolhido, na moda e que granjeia simpatias. Sabemos, contudo, que a reabilitação à la Lisboa é muitas vezes igual a: destruição integral de interiores, aumentos de cérceas, colocação de mansardas em zinco, demolição total do pré-existente, bocas de garagens que aniquilam fachadas inteiras. As vantagens agora anunciadas, todas elas importantes, devem ser obtidas através da apresentação e cumprimento por parte do promotor de um rigoroso plano de intervenção  com  acompanhamento fiscalizador por parte dos serviços da CML. Os elementos originais deveriam ser reintegrados, privilegiando a CML os projectos que mais e melhor o conseguissem. A experiência foi, por exemplo, feita em Bruxelas com resultados positivos.



Mais umas mansardas condenadas. De prédios populares de rendimento, a prédios pombalinos, as substituição das antigas mansardas por uma arrepiante solução em zinco ou numa qualquer liga de materiais que se inserem na liga dos materiais de luxo, deveria ser repensada e se possível evitada. 

Outro candidato à garagem, à destruição das águas-furtadas a uma reabilitação pouco amiga da memória da cidade. Prédio devoluto na rua de São Bento que a própria CML afirma como "uma das mais emblemáticas". Com emblemas destes. . . 
Numa cidade em que as demolições do património Entre-Séculos são uma constante, por que razão este hediondo prédio nunca foi abaixo? Antigo edíficio dos armazéns do Conde-Barão

Magnífico prédio de rendimento no Largo Vitorino Damásio, invulgar na sua dimensão e no número de chaminés estreitas de secção circular que ainda tem. Faz como que uma entrada simétrica da Calçada Marquês de Abrantes com outro não menos importante. As mansardas deste estão em grande medida devolutas e em mau-estado. É pelo topo que se abatem estes prédios.

Para aqui esteve projectada a construção de um mono de nove ou dez andares, que taparia por completo a vista dos prédios da marquês de Abrantes com piscinas, e muitos lugares de garagens. Muito condomínio-de-luxo-fechado.Há décadas que existe uma vedação metálica que ostenta o nome do promotor que, entretanto, faliu. Resta, agora, o buraco que foi feito. O projecto estará na gaveta de algum departamento da CML. tal como outros, e espera-se que daí não saia para mais um corte na cidade

"GNR vai intensificar fiscalização ao excesso de velocidade"....



A GNR vai intensificar, no domingo, a fiscalização ao excesso de velocidade nas vias onde esta infração é mais frequente e originam um risco acrescido de acidentes de aviação.


Segundo a Guarda o patrulhamento e a fiscalização do controlo de velocidade vão ser feitos no interior das localidades, estradas nacionais, regionais e municipais, onde as infrações por excesso de velocidade são mais frequentes e dão origem a um risco acrescido de acidentes de viação.
Para a operação, que a GNR denomina de "Mercúrio", vão estar mobilizados os 230 militares que pertencem à Unidade Nacional de Trânsito.
A Guarda Nacional Republicana adianta que os militares vão estar equipados com radares fixos e móveis com o objetivo "de combater o flagelo da sinistralidade rodoviária associada ao excesso de velocidade".
Segundo a GNR, este ano foram controlados 6.563.855 condutores, dos quais 122.440 circulavam em excesso de velocidade.
"Perante estes números, o combate à sinistralidade rodoviária continua a ser uma prioridade estratégica da GNR, estando planeadas diversas operações nacionais, com empenhamento intensivo e simultâneo de meios de modo a maximizar a capacidade de intervenção", acrescenta ainda o comunicado da corporação.

In DN 2014-09-20 por Lusa
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Tudo bem...mas "no domingo" ?? 
Já agora porque não informam dos locais e horas também ?  

Adeus às palmeiras do Campo das Cebolas


Chegado por e-mail:

«olá, as palmeiras do campo das cebolas estavam a ser tratadas contra o escaravelho.
depois reparei que os tubinhos com o "antibiotico" que estavam agarrados aos troncos desapareceram.
estão praticamente todas mortas.
depois vi o plano de requalificação da coisa e não aparece nenhuma palmeira.
não há coincidências.
daniel»

19/09/2014

Postal da Igreja de Santiago


É mesmo muito importante, sim:


Em Lisboa, mais de 80% das crianças vítimas de atropelamento foram colhidas a menos de 500 metros da escola. 1 em cada 3 vítimas estava a atravessar na zebra, ou com o sinal verde para peões, ou nem sequer estava na faixa de rodagem. Como resolver este problema? “Fechar” as crianças em casa e nos carros dos pais não é solução. Conheça o estudo do desenvolvido para a CML pela Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança Infantil. Publicado hoje. Aqui: http://www.cm-lisboa.pt/fileadmin/VIVER/Mobilidade/Modos_Suaves/Acessibilidade_Pedonal/Documentos/Estudos_e_Projetos/Estudo_Segurança_Rodoviaria_Escolas_1o_Ciclo.pdf