18/05/2007

Mais um Museu para Cascais?

In Publico hoje "Presidência da Républica aposta em museu no palácio da Cidadela"
Esta será uma má aposta, mas infelizmente entre ter um edifício a cair de podre da Presidência da Republica e a Cidadela recuperada por privados...Cascais não terá alternativas!?
A dinâmica Câmara Municipal de Cascais, após a infelicidade de um concurso para a Cidadela de Cascais só com um concorrente, pois foi obrigada a lançar concurso em condições bem adversas, vai lançar novo concurso.

A Cidadela de Cascais, sempre foi um forte até aos dias de hoje e difícilmente penetrável, ora todos sabemos que muitas cidades cresceram dentro dos fortes e chegaram aos dias de hoje fazendo parte do quotidiano e dos seus percursos urbanos.
Em Cascais infelizmente foi o contrario que sucedeu, este forte sucessivamente alterado, com pouco interesse em termos arquitectónicos e estou a falar do miolo interior que foi adulterado consecutivamente poderia servir de catalizador urbano entre a Vila Historica de Cascais e a Marina.
Como provocar a presença quotidiana da população local na Cidadela de Cascais? Com a instalação de serviços municipais de relevante interesse para os cascaenses, comercio e esplanadas, e obviamente um hotel.
Não será com outro museu, pois existe numa área de 250m uma grande oferta cultural já neste local.
O Palácio da Presidência tem condições para ser a melhor localização, quase única de um hotel de qualidade no concelho de Cascais, a Presidência da Republica poderia ter um espaço reservado para os seus convidados, para recepções e alojamento.
Restabelecer a imagem de Cascais como um polo turístico passa pelo aproveitamento dos seus recursos este será um deles, e já restam poucos.
Ter uma marina que se encontra encurralada, e isolada da cidade, quando os acessos pedonais se encontram fortemente condicionados (pela cidadela), as construções mal orientadas não faz muito sentido. Recuperar percursos no interior da Cidadela será fundamental, abrir portas sobre a marina, transformar determinados percursos obrigatorios e necessarios à população de forma a contrariar a sasonalidade.

O país do oito e do oitenta! Cada vez que em Portugal nos deparamos com um edifício histórico de interesse relevante, surge de imediato a ideia de preservação antiquarista e não de recuperar uma função mais adequada ao edifício. Rentabilizar o património é preservar a história e a memória. Como muito bem disse o Senhor Presidente da Républica "não vale a pena inventar a roda, temos que saber copiar os melhores exemplos e melhorar".

1 comentário:

Anónimo disse...

Será que a Ministra da Cultura aprova? Ou serve este museu para colocar funcionários publicos excedentários?
Realmente na zona não faltam museus, Museu Castro Guimaraes, Museu Paula Rego, Casa Sommer, Museu dos Farois, Centro Cultural, e ainda Casa Museu da Familia Espirito Santo...pelo menos não vão faltar funcionários públicos e com tanta cultura não se compreende como existem tantos ignorantes!