15/09/2007

Carris prevê alterar 22 por cento da rede com a chegada do Metro a Santa Apolónia

In Público - Inês Boaventura

"16 é o número de carreiras, 15 de autocarros e uma de eléctricos, que a Carris quer alterar em Dezembro, seja através da sua supressão ou da alteração dos trajectos que actualmente realizam. A Carris está a planear promover alterações em 16 carreiras, o que equivale a 22 por cento da oferta da empresa, a partir de Dezembro, quando se prevê que entre em funcionamento a extensão do Metropolitano de Lisboa entre a Baixa-Chiado e Santa Apolónia. A informação foi dada ao PÚBLICO pelo presidente do conselho de administração da Carris, que salientou que estas alterações ainda estão em fase de apreciação pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e pela Câmara Municipal de Lisboa. Como tal, Silva Rodrigues não revelou quais as carreiras em causa, mas adiantou que 15 são de autocarros e uma de eléctricos.

Esta modificação de 22 por cento da oferta da Carris, que vai incluir a supressão de algumas carreiras e a alteração do percurso de outras, constitui a segunda fase da chamada Rede 7, um processo de renovação da rede que arrancou há um ano. Na altura, com o objectivo de responder às mudanças que Lisboa e o sistema de transportes registaram nas últimas décadas, a empresa promoveu alterações em cerca de 40 por cento da sua oferta. Silva Rodrigues salientou que, mais uma vez, as modificações a introduzir em Dezembro pretendem alcançar "uma melhor articulação com a rede do Metropolitano de Lisboa", mas também promover o "aumento da frequência e da oferta aos fins-de-semana e um prolongamento dos horários nocturnos". Resta saber se as alterações agora propostas pela Carris não serão chumbadas pela Câmara Municipal de Lisboa, cujo parecer não é vinculativo, como aconteceu com a primeira fase da Rede 7.O presidente da administração da empresa revelou ao PÚBLICO que desde o início de 2007 a empresa registou um acréscimo de 0,5 por cento no número de passageiros transportados nas suas carreiras, em relação a igual período do ano anterior. Este ganho é particularmente significativo porque representa uma inversão das perdas de passageiros "muito elevadas" que se registaram até 2006, ano em que pela primeira vez esse fenómeno teve uma "desaceleração", como sublinha Silva Rodrigues.

Na terça-feira, a Carris assinala o seu 135.º aniversário, numa sessão comemorativa onde vão ser apresentados os autocarros que foram adaptados para o transporte de bicicletas, e que a partir de dia 22 de Setembro vão circular aos fins-de-semana e feriados na carreira 708, que liga o Martim Moniz ao Parque das Nações, e na 723, que liga o Desterro a Algés e passa pelo Parque Florestal de Monsanto. Também no dia 18, a empresa vai assinar, com a União Internacional dos Transportes Públicos, a Carta para o Desenvolvimento Sustentável, já subscrita pelo Metropolitano de Lisboa."


Até Dezembro falta pouco. Já agora seria interessante saber quais as carreiras.

3 comentários:

FJorge disse...

mita atenção à carreira de eléctrico! Lisboa NÃO pode perder nem mais uma carreira de eléctrico! ANtes pelo contrário, precisa mos da carreira 24 - Cais do Sodré / Amoreiras - de volta tal como nos foi prometido!

daniel costa-lourenço disse...

Aenção à carreira de electrico!!!!

Vão suprimir o 25 que vai da Ajuda ao Campo das cebolas?

Há que agir já. A carris devia era pensar no 24 do Cais do Sodré às Amoreiras e até ao Alto de AS. João e de várias novas, nomeadamente:
a) de Santa Apolónia ao Parque das Nações
b) outra que faça as colinas, substituindo a projectada linha de metro para o mesmo efeito
c) circular à cidade de lisboa, cruzando as cidades satélite da Amadora e Odivelas

NVP disse...

Parece-me incrível que quase 10 anos após a realização da expo'98 e havendo uma frente ribeirinha entre Santa Apolónia e o Poço do Bispo com enorme interesse histórico/turístico e diversos espaços abertos onde poderão ser construídos jardins públicos e espaços de lazer para crianças e idosos (em vez dos camiões e atrelados estacionados desordenadamente em frente a monumentos cujo enquadramento paisagístico pode ser exemplarmente aproveitado), não se aproveite para fazer este tipo de intervenção juntamente com a colocação de uma linha de eléctrico ou metro de superfície a ligar a estação de Santa Apolónia a xabregas - beato - poço do bispo - hospital cuf descobertas - pav. portugal/fil (p.naçoes) - expo norte - parque tejo (futuro hipodromo de lisboa?)... É uma deficiência que existe actualmente em termos de transportes na zona oriental de Lisboa, que com um investimento muito inferior aos 300 milhoes de euros gastos no terreiro do paço serviriam dezenas de milhares de habitantes destas zonas, rentabilizando os transportes públicos pela atractividade que teria a ligação à linha azul do metro em Santa Apolónia/Terreiro do Paço. Existe espaço para esta construção! Porque que esperam os responsáveis pelo município de Lisboa?