Lisboa, 31 de Outubro de 2007
Ex.mo Sr.Presidente da CML, Dr. António Costa,
Ex.mo Sr. Presidente da Carris, Dr. José Manuel Silva Rodrigues
Numa época em que grande parte das cidades mundiais repensa a utilização de meios de transporte tornando-os amigos do ambiente, e restringe a sobre-utilização de automóveis nos seus centros antigos, achamos que é altura de se discutir, seriamente, a (re)introdução de linhas de eléctrico em Lisboa, não apenas por questões ambientais mas também, conjunturais, dadas as restrições económicas e por as linhas de eléctrico serem bastante menos dispendiosas do que qualquer outra alternativa.
Se se tivesse mantido a rede de eléctricos que existia em Lisboa, modernizando-a em vez de a destruir, muitos dos problemas de poluição, mobilidade, trânsito e saturação das nossas artérias estariam resolvidos. É paradoxal querer agora apostar-se no metro de superfície, etc., quando Lisboa já dispôs de uma rede de eléctricos bastante eficiente e abrangente ... há quase 100 anos.
Nesse sentido, temos o prazer de enviar em anexo, um documento contendo algumas ideias sobre este assunto, incluindo 2 propostas muito concretas de re-investimento nos eléctricos, que, recordamos, foram sendo retirados do mercado ao longo dos anos em contra-ciclo ao que se faz lá fora. São estas propostas as seguintes:
1. Reabertura da Linha 24, troço Carmo-Campolide (1ª fase) e Cais do Sodré-Campolide (2ª fase);
2. Nova linha de eléctrico, Av.Uruguai - Gare do Oriente;
No que toca ao ponto 1. temos o prazer de anunciar que lançámos uma petição online, que esperamos sirva de incentivo à manifestação de interesse dos lisboetas:
'Lisboa precisa da carreira de eléctrico nº 24. Por favor, reabram-na !'
Contamos com o apoio expresso de várias instituições do eixo Cais dos Sodré-Rato, como por ex. Associação dos Comerciantes do Bairro Alto, Liga dos Amigos do Jardim Botânico, e o apoio, a título individual, de Vítor Costa, da Associação de Turismo de Lisboa . Também o Centro Nacional de Cultura manifestou a sua solidariedade.
Na expectativa de uma Lisboa mais moderna, amiga do ambiente e dos cidadãos, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Hugo de Oliveira, Nuno Santos Silva, André Santos, Nuno Caiado, Fernando Jorge e Nuno Valença
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