26/10/2007

CIP: AEROPORTO NO SUL POUPA 3 MIL MILHÕES

In Diário de Notícias (26/10/2007)
LEONOR MATIAS

«A instalação do futuro aeroporto em Alcochete, a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e o redesenho da rede de alta velocidade, com um troço comum nas ligações ao Porto, Madrid e Algarve, permitirão poupar mais de três mil milhões de euros ao País, face aos custos da localização do aeroporto na Ota, da construção de uma ponte Chelas-Barreiro e da rede de alta velocidade aprovada pelo Governo. Esta é a principal conclusão do estudo desenvolvido pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a que o DN teve acesso, e que já foi entregue ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.

Só a construção do aeroporto em Alcochete representa uma poupança calculada em um milhão de euros. A Ota, nos cálculos do Governo, representa um investimento de 3,1 mil milhões de euros, enquanto em Alcochete não ultrapassará dois mil milhões de euros.

Nos próximos dias deverá ter lugar uma reunião entre José Sócrates e a CIP para se começar a discutir as conclusões do estudo, cujo dossier tem mais de 200 páginas. Em cima da mesa estará igualmente o modelo de negócio que, no caso da solução Ota, contemplava, como forma de financiamento, a privatização da ANA-Aeroportos de Portugal.

A proposta da indústria defende uma integração "perfeita" entre o novo aeroporto e a nova rede de TGV, bem como as ligações aos sistemas rodoviários e ferroviários, diz fonte ligada aos estudos.
(...)»

4 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

e mai nada!

Carlos Medina Ribeiro disse...

A solução da Ota não interessava "apesar" de ser mais cara.

Ela interessava "precisamente" por isso...

aeloy disse...

E na Portela pouparia muito mais!
António Eloy

Anónimo disse...

Sou a favor da PORTELA + UM ( O Montijo), pelas razões abaixo:

1.º) Já existe no Montijo uma base aérea, que, com as necessárias adaptações, poderia servir como segundo aeroporto da capital: o aeroporto "low cost" de Lisboa. A referida base aérea poderia ser transferida para a Ota ou Beja, onde existe outra, deixada há alguns anos pelos alemães que possui óptimas condições;

2.º) Lisboa ficaria assim com dois aeroportos civis como muitas outras cidades no mundo e Lisboa poderia beneficiar da aliciante turística de ter dois aeroportos: um dentro da própria cidade e outro não muito longe e servida por um transporte rápido e cómodo: o metropolitano que proponho venha a servir o futuro aeroporto de Lisboa;

3.º) A questão do novo aeroporto deve ter em atenção o que for decidido para o comboio de alta velocidade, o RAVE/TGV;

4.º) O terminal do TGV poderia ficar junto ao Aeroporto no Montijo. Assim a ligação Lisboa–Madrid poderia fazer-se aproveitando uma maior parte do traçado já existente entre o Barreiro, Caia e Badajoz, poupando-se algum dinheiro em expropriações;

5.º) Em vez de ser o TGV a atravessar o Tejo (a 350 Km/h ?) até à gare do Oriente, seria o metropolitano de Lisboa a chegar à Gare do TGV e ao Aeroporto, que ficariam ambos no Montijo. A travessia poderia fazer-se por uma ponte ou por um túnel adequado ao local. O facto de Lisboa ser uma zona sísmica não impede que seja adoptada essa solução. Há técnicas adequadas para esses casos: Em Los Angeles houve um sismo à poucos anos e os túneis nada sofreram ao contrário dos viadutos;

6.º) A travessia rodoviária prevista para a futura ponte ficaria muito melhor em Algés e permitiria fechar o ANEL: Algés-Trafaria/.../A2/IC32/Ponte Vasco da Gama/CRIL.

7.º) A ligação do metro de Lisboa à outra margem permitiria aos passageiros do TGV, do Aeroporto, aos habitantes do Montijo e dos arredores ter à sua disposição um transporte rápido e cómodo que os distribuiria pela capital, retirando-se com isso milhares de automóveis de Lisboa;

8.º) Em alternativa poderia ser o metro do Sul do Tejo a fazer travessia do Tejo;

9.º) A margem sul é uma zona plana e é, por excelência, o local de expansão da cidade de Lisboa, limitada que está a Norte por uma cadeia de serranias;

10.º) O Montijo permitiria captar passageiros da raia espanhola, que, sendo servido pelo TGV fica a cerca de 200 Km, enquanto que Madrid está a mais de 300 Km, estando o respectivo Aeroporto a 15 Km do outro lado, em Barajas;

11.º) A OTA por ser mais longe de Lisboa é obviamente pior para o turismo de Lisboa;

Para desactivar o aeroporto da Portela, Alcochete deverá ser a melhor solução porque consegue reunir muitas das vantagens acima referidas.

Zé da Burra o Alentejano