O que já sabemos:
Cerca de 70.000 viaturas (que aumentarão ao longo do tempo) a circular diariamente no centro da cidade. E, já agora, que serão TODAS novas na zona de Chelas, Olaias e Av. EUA, pois até hoje esta travessia não existe naquele local. Aproveito para dizer que estas 70.000 viaturas NÃO serão todas desviadas das actuais pontes pois os estudos existentes indicam que parte será trânsito NOVO. Aliás este fenómeno de novo trânsito gerado com o aumento da oferta é habitual – isto está estudado!
Aumento do congestionamento do trânsito automóvel na cidade na cidade agravado pelo facto de se “despejar” o fluxo de tráfego novo em vias urbanas sem as características adequadas para o efeito (que deveriam ser vias de distribuição).
Aumento da poluição na cidade proveniente das emissões dos automóveis e agravadas pelo facto do padrão de circulação se degradar com o congestionamento do trânsito.
Aumento do risco de acidentes (gerado pelo aumento do tráfego) agravado pelo facto de se situar em zonas residenciais.
O que (ainda) não sabemos:
Que alterações vão ser efectuadas na rede viária da cidade? Onde? Como? Quem paga? Quando?
Que viadutos serão construídos? Que passeios serão subtraídos? Que espaços verdes ou espaços públicos serão sacrificados? Serão demolidas casas?
Será que se vão construir viadutos “em cima” de edifícios como o exemplo do eixo Norte – Sul na zona das Laranjeiras? Ou verdadeiras barreiras rodoviárias como o caso do nó do prolongamento da Av. EUA na zona do Feira Nova?
São algumas dúvidas. Com uma certeza: a decisão sobre a nova travessia do Tejo é um grande erro. Um erro que Lisboa e os lisboetas vão pagar muito caro!
António Prôa
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7 comentários:
É a primeira vez que vejo a expressão "quem paga" neste blog. Não para hortas urbanas, nem para teatro de revista que ninguém quer ver, nem para elefantes brancos e tachos camarários, mas pasme-se, para uma obra útil.
Não percebo porque tanta resistência neste blog ao facto de os cidadãos passarem a ter mais liberdade, e por verem as distâncias reduzidas. Os habitantes da margem sul do tejo são aqui retratados como invasores hostis "despejados" na cidade onde trabalham. Será que se pretende construir uma barreira higiénica?
Mesmo que seja verdade que o aumento de passagens aumente devido à ponte, pergunto-me porque se retrata tal consequência como nefasta. Porque motivo se promove a sedentarização e as barreiras? Para que a cidade estagne, fechada sobre si mesma?
Lisboa deprimente..
estou a lembrar-me do viaduto que queriam construír a assar a dois metros das janelas da avenida dos estados unidos da américa.
Uma cidade só para carros
Totalmente de acordo com as preocupações do post.
Com esta ponte (rodoviária) gasta-se primeiro dinheiro a meter carros em Lisboa, para depois gastar ainda mais a tentar melhorar os transportes públicos - numa cidade que fica mais congestionada.
Prejudica-se a cidade, gastam-se impostos e fundos comunitários, e depois cobram-se portagens para pagar a obra com o dinheiro das pessoas que vêm de carro para o centro de Lisboa.
Não é melhor e mais barato usar os recursos para reabilitar as zonas degradadas de Lisboa ? E apoiar a margem Sul para que tenha uma economia própria mais forte ?
É a lógica invertida da batata.
Quanto a este FMS que polui este Blog, espero que o metam a viver num local sem qualquer ponte para Lisboa, e sem acesso à net.
"Cerca de 70.000 viaturas (que aumentarão ao longo do tempo) a circular diariamente no centro da cidade."
E para onde é que essas viaturas vão todas? Andam só às voltinhas no centro, para atrapalhar?
Resido no Restelo, bem coladinho aos limites do Concelho.
Ontem eram duas da manhã, e não conseguia pregar olho com o barulho da ponte, trazido pelo vento.
Quem pensa que isto só vai ser um problema para Chelas está bem enganado. Malta dos Olivais e Alvalade e Beato e Madredeus aproveitem agora para dormir, porque depois vão passar a viver acordados.
Mais impressão me fez ver no telejornal o saloio do dono de um café em Chelas, todo contente porque a ponte lhe vai trazer mais clientela... mas o homem pensa que os clientes vão encostar à berma para tomar um cafézinho?
E também ouvi o presidente da junta a dizer que já há cinco empresários a estudar a zona, e a pensar em sedear indústrias na freguesia por causa das acessibilidades... Mas o homem pensa que vão construir uma variante nos acessos à ponte para as fábriacs de Chelas?
De onde brota tanta idiotice?
O que vai ser de nós?
Ruído da ponte? Venha mais um mito urbano. A imaginação não tem limites.
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