In Público (7/1/2009)
Catarina Pinto
«António Costa abandonou a sessão sem esperar pela votação de uma recomendação dos deputados municipais sociais-democratas
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, ontem, a proposta do orçamento e do plano de actividades da autarquia para 2009, com a abstenção do Partido Social Democrata.
Com os votos contra do PCP, PEV, BE e CDS-PP e os votos favoráveis do PS, o documento que define as orientações orçamentais e discrimina as grandes opções do plano de actividades foi viabilizado graças à abstenção do PSD, que ainda assim não poupou nas críticas ao executivo municipal. Apesar da abstenção, os deputados sociais-democratas entregaram uma recomendação à assembleia onde exigem que este órgão acompanhe e vigie a acção do executivo na gestão do orçamento e das grandes opções para o novo ano. Porém, a recomendação não chegou a ser votada, já que a sessão acabou por ser suspensa devido à saída abrupta do presidente da autarquia, o socialista António Costa.
O líder da bancada do PSD, Saldanha Serra, justificou a suspensão com os protestos e apupos que se seguiram ao abandono da sala por parte do autarca socialista. "Não podemos aceitar isto, mas voltaremos à carga na próxima assembleia. Este orçamento será executado com uma forte vigilância", garantiu o deputado municipal.
Já António Costa, à saída das instalações do Fórum Lisboa, escusou-se a comentar a forma como abandonou a sessão, mas não deixou criticar os sociais-democratas: "O PSD não tem legitimidade para acusar coisa nenhuma em matéria orçamental e deveria estar calado por muitos e bons anos depois da forma como geriu o município de Lisboa", afirmou o autarca.
"O orçamento merecia ser aprovado", acrescentou ainda António Costa. Ao longo das últimas semanas, a proposta de orçamento e plano de actividades da câmara para 2009 foi alvo de críticas dos partidos com assento na assembleia. No passado mês de Dezembro, o PSD chegou mesmo a votar contra o documento em reunião do executivo municipal, tendo deixado no ar um possível chumbo em assembleia, que ontem acabou por não se verificar.
Administrador do Centro Cultural de Belém entre 2001 e 2004, Francisco Motta Veiga foi convidado para director municipal de Cultura da Câmara de Lisboa. Trata-se de uma figura próxima de António Guterres, o qual, aliás, assessorou em assuntos culturais quando este era primeiro-ministro. Se o seu nome for votado favoravelmente pelos vereadores, sucederá, aos 53 anos, a Rui Pereira, que passará a dirigir os Recursos Humanos da câmara. A.H. »
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3 comentários:
Democracia da treta.
Se bem me lembro, da última vez que votei para a câmara municipal de Lisboa foi na lista de Maria José Nogueira Pinto, devido à boa campanha eleitoral que produziu.
Dito isto, acho inadmissível que se use o argumento de que o PSD, por causa de Santana e de Carmona, esteja para todo o sempre condenado a ter opiniões erradas e que não interessa sequer considerar.
Isto é um argumento de democratas da merda, com vossa licença.
Obviamente, o mesmo diria se a situação fosse a inversa.
O Dr. Francisco M. Veiga recolhe apoio na área do PCP:
http://avenidadasaluquia34.blogspot.com/
Bem vindo Dr. Francisco. A DMC, merece um dirigente melhor que o que lá estava. Tenho pena agora do DRH, pois vai estragar aquilo tudo, como fez na cultura.
Força e coragem para enfrentar as forças de bloqueio que mandam na cultura.
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