19/03/2009

Como é possível demolir-se este palacete?!!



«Este palacete no nº 35 da Avenida Duque de Loulé é o último sobrevivente dos vários palacetes erguidos ao longo desta avenida nobre. Imóvel de arquitectura eclética com vãos neo-góticos e interiores com tectos de estuque artístico. Encontra-se devoluto mas em bom estado de conservação pois esteve ocupado por serviços do Estado. A 24 de Janeiro de 2007 deu entrada na CML um "pedido de demolição". Este é o derradeiro palacete da avenida mas mesmo assim é proposta a sua demolição».

Assim rezava parte do nosso crónica «S.O.S. Avenida Duque de Loulé», que considerávamos (e continuamos a considerar) ser o paradigma da má gestão do património arquitectónico da capital.

Curiosamente, dos referidos pedidos de demolição (20041/EDI/2008) e de construção nova (prédio de 8 pisos!), cujo promotor é a Espirito Santo Reconversao Urbana Fundi Invt Imob Fechado, S.A., sabe-se agora, terem sido aprovados em Julho de 2008, sem terem ido a reunião de CML, o que é estranho. Dado o palacete ser bonito e estar em boas condições. Dado termos avançado com um pedido de classificação da Avenida Duque de Loulé junto do IGESPAR (cuja evolução desconhecemos por nunca aquela coisa a que chamam de defesa do património ter respondido).

Existe essa prerrogativa legal, mas convinha que se soubesse qual o critério de levar ou não levar um determinado projecto a sessão de CML.


NB: Este palacete está efectivamente condenado. O que se pergunta é:

Como é possível este palacete não estar na carta de Inventário do Património anexa ao PDM? Está o edifício da Soc.Portuguesa de Autores, nº 31 e este palacete não está? O que andaram a fazer os técnicos da CML? É quepor não estar na carta do património permite a quem de direito não levar a reunião de CML!!! Trata-se, portanto, de microcirurgia.

Quantos mais prédios nobres estão nesta situação?

Texto editado

5 comentários:

Anónimo disse...

escandaloso

Anónimo disse...

Pelo que se pode ler no post de 11 de Dez. de 2007 onde uma vasta lista de edifícios estão na lista de espera para a demolição, e aqui estão incluídos aqueles em que se deixa só a fachada, a única pergunta que se pode fazer é: que medidas tomar contra estas decisões? Os governantes não se podem escudar em decisões do passado para simplesmente ver delapidar património! Concertem esforços com os serviços competentes da CM e do estado (IGESPAR) para acabar de vez com o mito de que para reabilitar é necessário demolir. Têm problemas com as indemnizações pelos direitos adquiridos? então não têm juristas competentes na CM que resolvam estas questões? Em que planeta vivem estes senhores? porventura pensam que os lisboetas estão a dormir? Creem, de verdade, que os eleitores não se apercebem que estes casos são pura especulação imobiliária e lobbie dos promotores imobiliários. Se V. Ex.as não têm forças e imaginação - e CORAGEM - para fazer frente aos promotores imobiliários que é o que vos compete e para proteger a cidade foram eleitos, então dêem lugar a quem tenha.

Anónimo disse...

inacreditável

Anónimo disse...

Mais uma vez se vê quem manda em Lisboa ( e no governo...)
Outra negociata do G. Espírito Santo ...
Existiu pior que isto ?

Anónimo disse...

dizer que isto e bonito, isso sim e inacreditavel, porque e que sera que para o comum das pessoas tudo e que e antigo e bonito?