09/03/2010

Lisboa é metade limpa e metade porca

Este edifício partiu de um convite que a CML fez em 1945 ao Arq. Cristino da Silva para um «Plano Parcial de Urbanização da zona compreendida entre a Praça dos Restauradores e a Praça D. João da Câmara». O projecto para este novo edifício que a Sociedade Industrial Aliança acabaria por erguer ficou pronto em 1948. Segundo os desenhos do projecto original sempre houve um piso recuado. Mas, conforme se vê nesta foto, o problema é que se acrescenta quase sempre um novo "piso" para as instalações técnicas (ar-condicinado, antenas para telemóveis, etc.). Enquanto a CML não exigir que as coberturas, em particular na Baixa, sejam rigorosamente tratadas também como "fachada" - a 5ª fachada - assistiremos à proliferação de telhados caóticos em toda a zona. Metade do imóvel foi vendido e remodelado para instalação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas que vai ser inaugurada muito em breve. Quanto à outra metade do edifício, está no estado em que se vê: a proprietária é a Caixa Geral de Depósitos e o seu arrendatário, os Serviços Sociais do Ministério da Justiça. Mais palavras para quê?

6 comentários:

Anónimo disse...

Realmente não sei se ria ou se chore..

Anónimo disse...

No rossio, há uma sitação semelhante. Em frente ao Mac Donalds o chão está limpo, e em frente às lojas ao lado e restante rua, está cheio de pastilhas elásticas daquelas pretas pegadas "ad eternum".

Anónimo disse...

Era bem bom que LISBOA (e não apenas aquele edifício) estivesse metade limpa e metade porca.

Actualmente, deve estar porca a mais de três quartos...

Xico disse...

Eu como só tenho andado pelas partes novas, nã noto que esteja porca.

A Quinta dos Barros, Quinta do Lambert, Parque Europa, Telheiras, Alta de Lisboa, Quinta da Luz, Bº Padre Cruz, Chelas e o Parque das Nações estão em muito bom estado.

Anónimo disse...

Penso que se tratam de dois prédios distintos e não de duas metades de um mesmo prédio.
Acho que isso faz alguma diferença.
Luís Alexandre

Loff disse...

Tenho a dizer que odeio este edifício. É um mastodonte pesado que não tem nada a ver com a envolvente. Mas já que está lá, que o limpem. Já foi muito bom termos o Rossio, o teatro e a Gare restaurados...