03/10/2011

DESTRUÍNDO AS FACES DE LISBOA: Rua Cervantes


ANTES & DEPOIS: Bairro do Areeiro, Rua Cervantes, imóveis do final da década de 40 do séc. XX. Destruíndo, impunemente, e com a apatia da Câmara, as faces de Lisboa. Como ficou bem claro na exposição do Arquivo Fotográfico Municipal «AVENIDA DE ROMA», varanda a varanda, estamos a desfigurar as Arquitecturas do Movimento Moderno de Lisboa.

15 comentários:

Anónimo disse...

A marquise é das coisas mais aberrantes que temos. Desfigura fachadas e destrói o equilibrio arquitectonico. Transforma prédios e ruas em cacofonias de linhas e cores, sem nexo, num festival de mau gosto que, para muitos de nós, é incompreensivel. Devia ser, regra geral, proibida a sua instalação e, quando já construída, obrigatória a sua remoção. Mas há para aí umas Câmaras Municipais que até criam Vias Verdes para a sua legalização... Pedro Carneiro

Pedro disse...

A Legislação tem de ser claro e neste caso, sempre que possível, com efeitos rectroactivos. As fachadas dos edificios têm de ser preservadas.

Anónimo disse...

Num país com as condições climatéricas que o nosso tem, a falta de espaço em casa e o custo de uma nova casa, é absurdo legislar contra as marquises. Mais valia legislar a favor, exceptuando-se os casos específicos e afirmando regras básicas que deviam ser absolutamente cumpridas.

Anónimo disse...

grande lol condições climatéricas melhores que as de Lisboa é dificil no mundo. Proibição já sem excepções é o que se quer.

Anónimo disse...

Nos últimos anos os picos de calor e as temperatiras baixas no Inverno mostram que o clima está a mudar. Não percebo a estranheza quanto a dizer-se que as marquises são positivas para ajudar a climatizar as casas. Concordo com limites, regras e condições de segurança, mas proibição sem restrições é um absurdo. Nada de extremismos, por favor.

BRUXA disse...

Se as pessoas nao sabem dar o valor ás varandas, o melhor seria contruir prédios tipo "caixote" sem varandas.
Assim o pessoal nem tem que gastar dinheiro a fechá-las!

Anónimo disse...

Acha mesmo que um prédio tipo "caixote" é o mesmo que um prédio com varanda tapada com marquise. Espero que não. Caso contrário é puro desconhecimento. Viva nos dois e vai ver a diferença.

Julio Amorim disse...

Sim....Lisboa tem umas condições climactéricas lixadas. No norte da Europa é "status" ter uma varanda aberta, pois o clima aqui é muito mais propício. Repare-se no rasgo da varanda, certamente desenhado pelo arquitecto por falta de tijolo. Podiam ao menos ter mantido aqueles ferrinhos bem decorativos...mas não. Já agora....aquele reboco tão certinho foi executado por algum primata?

Anónimo disse...

No norte da Europa as casas têm aquecimento central. No norte da Europa as casas não são feitas apenas com tijolo. Há isolamentos térmicos e acústicos entre as paredes. No norte da Europa as varandas são exteriores à fachada da casa (varandins em Portugal). Isso é status. Varandas abertas de uma ponta à outra também é bom, mas não para todos. É preciso ter um pouco de bom senso.

Anónimo disse...

Se um primata médio, como o nosso presidente da república, amarquisa a sua casa e festeja as vitórias eleitorais na própria marquise como se fosse um pódio, porque razão havemos de criticar um primata inferior, como o exemplar apresentado, por fazer o mesmo. Infelizmente está entranhado na nossa cultura achar perfeitamente normal tornar as ruas numa autêntica barraca só para ganhar 3m2 de espaço para encher com a nossa tralha. Não é só um problema de "estética" ou de preservação de carácter das nossas cidades, é sobretudo um problema grave de falta de cidadania.

Anónimo disse...

Dizer que por se colocar uma marquise estamos a ter falta de cidadania é ridículo. Tudo depende de que marquise estamos a falar, em que condições é colocada, quais os materiais usados e se se enquadra na estética do prédio e da zona envolvente. Em relação a encher a marquise com "tralha", isso sim é próprio do terceiro mundo e das barracas. Fechar uma varanda com janelas não é de terceiro mundo. Terceiro mundo é comportarmo-nos como o fazemos, sem respeito pelos outros. Não vejo o que tem de mal fechar uma varanda. Em muitos casos é até benéfico. Não é só por uns iluminados dizerem que não fica bem que assim o é. Gostos são gostos. Senão também nunca teríamos fechado as janelas com vidro e ainda viviamos como na Idade Média. Janelas com portadas de madeira, ou simplesmente tudo ao ar livre. Temos de ser razoáveis. Nada de extremismos, por favor.

Anónimo disse...

não, não são extremismos. Existe uma coisa que é o direito de autor. Não podemos andar por aí a alterar, cada um por si, aquilo que foi desenhado por outro.

Paulo Ferrero disse...

O novo RMUEL é lindo, harmoniza a fachada pelas marquises que estiverem em maioria... tudo virado do avesso, como é óbvio.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 10.04, o direito de autor não é posto em causa por se colocarem marquises, desde que isso não prejudique a estética dos edifícios nem os seus materiais de construção. Pela sua lógica, então ninguém poderia fazer alterações a nenhum edifício. Nem sequer mudar as loiças da casa de banho, pintar as paredes interiores de outra cor ou mudar o sítio das caixas de correio. Vamos ser razoáveis, desde que não se ponha em causa a estrutura, segurança e a estética do prédio que problema existe?

Julio Amorim disse...

Hummm....(RMUEL?) portanto num prédio onde só existem uma ou duas marquises ou sete diferentes?