Produtora ainda pensou abolir o nome Tivoli do teatro
A UAU, que comprou o teatro no final do ano passado, e o BBVA não querem divulgar o montante envolvido nesta parceria, mas a produtora fala num "valor enorme"
Teatro Tivoli BBVA. O teatro da Av. da Liberdade, em Lisboa, foi rebaptizado para os próximos 15 anos, duração da parceria entre a UAU, empresa de espectáculos que adquiriu o espaço no final de Dezembro, e o banco BBVA. Segundo a produtora, foi esta parceria que tornou possível a compra.
"Não vamos divulgar os valores envolvidos", disse Paulo Dias, director-geral da UAU na apresentação do novo nome do teatro. Adiantou, porém, tratar-se de um "valor enorme". "Para nós o importante é termos um parceiro com o qual vamos trabalhar nos próximos 15 anos", prosseguiu. "Vamos ter [com esta parceria] mais e melhor cultura num espaço mais bonito. E isto não tem valor."
Ao longo dos próximos meses serão feitas algumas obras de recuperação do teatro, construído em 1924 e classificado como imóvel de interesse público. "Não queremos alterar nada. Pelo contrário, queremos ir à procura de algumas coisas que desapareceram", frisou Paulo Dias, com o exemplo de um open space de 1200 metros quadrados, que está fechado e deverá reabrir nos próximos anos.
As cadeiras e as alcatifas serão recuperadas, o palco será arranjado e tanto as paredes exteriores como as interiores serão pintadas de novo. E os resultados começarão a estar à vista já durante os próximos meses, prometeu o director-geral da UAU. Em troca do investimento, o BBVA empresta, em primeiro lugar, o seu nome ao do teatro. Para além disso, o banco tem à sua disposição do salão nobre, para reuniões ou outras actividades e direito a bilhetes para espectáculos. "A decisão foi muito simples", disse o administrador da delegação do BBVA em Portugal, Alberto Charro. "A UAU é uma empresa com números financeiros muito interessantes e sabemos que estará viva e muito activa daqui a 15 anos."
A produtora frisa tratar-se de uma iniciativa única no país e compara-a a outros exemplos europeus, como o Teatro Häagen-Dazs, em Madrid. Paulo Dias admitiu que chegou a estar em cima da mesa a hipótese de "abolir o "Tivoli"" do nome, mas que se concluiu "não fazia sentido aboli-lo". Mas para o presidente da Junta de Freguesia de São José, Vasco Morgado, "mesmo que não estivesse lá o nome toda a gente saberia que ali é o Tivoli".
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"Paulo Dias admitiu que chegou a estar em cima da mesa a hipótese de "abolir o "Tivoli"" do nome, mas que se concluiu "não fazia sentido aboli-lo"
Ainda bem que prevaleceu o bom senso ... e além disso em termos de efectividade de imagem seria precisamente um contra senso ... pois todo o prestígio de investimento-cultural-mecenato simbólicamente presente no duplo nome, seria anulado
Aguardemos agora o resultado final daquilo que se promete … Restauro dos Interiores com respeito para todas as suas características e aproveitamento inteligente do magnifico Projecto de Raúl Lino …
Ah … By the Way … Não estão também interessados em adquirir o Odeon, e aplicar a mesma receita ?
António Sérgio Rosa de Carvalho.
1 comentário:
Jerónimos boa Zon também ficava bem.
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