08/02/2012
"Desde que tomou posse como vereador do Urbanismo, em 2007, Manuel Salgado já repetiu mais de uma vez que não iria permitir construção à beira-rio."
Manuel Salgado ... Não é … nem nunca será … um – Vereador - de - e para - Lisboa - …
É... e será sempre... acima de tudo … Um Arquitecto !
António Sérgio Rosa de Carvalho.
Projecto da EDP à beira-Tejo viola Plano Director Municipal
Por Ana Henriques in Público
A Câmara de Lisboa discute hoje a viabilidade de a Fundação EDP construir um centro cultural em forma de concha à beira-Tejo, apesar de isso violar as regras urbanísticas de preservação da frente ribeirinha impostas pelo Plano Director Municipal (PDM). A maioria socialista que governa a autarquia quer fazer aprovar um pedido de informação prévia da instituição.
Projectado para terrenos de Belém ao lado da Central Tejo onde neste momento existem antigos armazéns, o edifício é assinado por um nome em ascensão na arquitectura britânica, Amanda Levete. Acontece que, segundo as normas criadas pelo próprio município, é demasiado grande para estar tão próximo do rio. "Viola praticamente todos os critérios do PDM", assinala o vereador António Carlos Monteiro, do CDS-PP. "Não se pode construir mais de dez metros de altura na frente ribeirinha, nem tapar a frente de rio com mais de 50 metros de frente. Ora o edifício tem 14 metros de altura e 150 de frente".
O autarca reconhece que o projecto até tem qualidade. O problema é o local onde a EDP quer implantá-lo. "O PDM salvaguarda os sistemas de vistas", explica António Carlos Monteiro, que chama ainda a atenção para outro problema: o facto de parte do edifício ser subterrâneo, apesar de a frente ribeirinha de Belém ser uma zona de aterro. "A Câmara de Lisboa tem dois pesos e duas medidas: é forte com os fracos e fraca com os fortes", critica o vereador, numa referência ao facto de aos particulares estar vedada a infracção das regras urbanísticas. Para autorizar a construção da Fundação Champalimaud, um volume ainda maior de construção também à beira-Tejo, foi preciso suspender o PDM, recorda António Carlos Monteiro.
"Se o projecto for considerado ilegal, isso será para nós uma surpresa", reage o administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, explicando que tem contado com "o incentivo do presidente da câmara e do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado". E observa: "Se assim for, no limite não se faz - o que é uma pena".
Sérgio Figueiredo explica que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico já aprovou o trabalho de Amanda Levete para Belém, que "não constituirá" mais um obstáculo entre a cidade e o rio. "É um edifício o mais democrático possível, no topo do qual as pessoas vão poder caminhar. E é mais baixo do que os armazéns que vai substituir", argumenta. Já a ciclovia que ali passa "será desviada para trás ou para cima" do imóvel em forma de concha. Desde que tomou posse como vereador do Urbanismo, em 2007, Manuel Salgado já repetiu mais de uma vez que não iria permitir construção à beira-rio.
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6 comentários:
É uma pena se chumbarem.
Já estou a ver concursos de saltos para a água naquele local (com cuidado, não vão atingir alguma corvina), que serão eventos de âmbito mundial (agora acho que se diz "global") e que projectarão (agora acho que se escreve projetarão) ainda mais esta nossa decrépita capital onde problemas como os edifícios a caír, a conservação do património, os engarrafamentos, os buracos, as cargas e descargas desordenadas, o estacionamento selvagem, as calçadas de pedras soltas, os graffiti por tudo quanto é lado, etc, etc, não há quem deles trate.
Avance com isso, sr. Salgado.
Portanto esta já seria a terceira em poucos anos...com malabarismos de passagens aqui e ali, blablabla acessos & Co, arquitectos em ascensão e, mais areia para os olhos. A melhor frente ribeirinha continua a ser constituída por um passeio junto ao Rio, para usufruto de todos e, sem obstáculos nenhuns.
Eis a frase que deverias escrever Manuel Salgado é um mau Vereador e acima de tudo um mau arquitecto!
Mau vereador pois não defende o superior interesse da cidade e mau arquitecto porque em tudo o que toca é mau, não faltam exemplos.
Concordo com este projecto. Acho-o bonito e não tem um impacto negativo na paisagem. Para não falar, que todos nós beneficiamos da cultura (que é o mais importante). Aquela área cada vez está mais cultural. Acho um projecto inovador (em termos de arquitectura).
Júlio Amorim...e de preferência com um deserto sem dunas atrás com 500m de largura, para as pessoas aproveitarem bem o rio.
Há aqui gente que concorda em ser roubada (terreno público - e empréstimo contraído pela CML, etc...), concorda na destruição do enquadramento do Museu da Electricidade, da zonha histórica de Belém que já tem o mono e elefante branco -pseudo Novo Museu dos Coches) mas melhor, acha bem construir em zona de aterro (sismos, cheias e cara construção e manutenção) tirando a escala, a vista e o arejamento da encosta da Ajuda, melhor, muito melhor tudo isto feito por uma fundação (supostamente cultural) duma empresa totalmente endividada e que ainda por cima propagandeia as alterações climáticas, as energis verdes, a sustentabilidade, blá, blá, blá.
Serão estúpidos, ignorantes ou corruptos, ou simplesmente muito parolos?
Com gente assim, não admira que estas entidades consigam o que querem e ainda se riam dos papalvos. Realmente estes que acham bem a estas tretas são os tais que o Ulrich dizia "aguentam, aguentam".
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