Que não hajam ilusões de que Lisboa está, realmente, a ver desaparecer património insubstituível que noutros países estaria protegido efetivamente - não o tipo de proteção que temos aqui em que, na hora de pesar por um lado, a importância de determinado património para a memória imaterial e material de todos como nação e noutro os interesses particulares dos proprietários, a balança pende a favor dos últimos ficando, no processo, os intervenientes públicos como a figura da justiça: cega ... e nua.
Avenida da República, nº 46-46-A e Av. Elias Garcia, nº 60-62.
Este
já não volta, a não ser que se faça a reconstituição integral dos
interiores. Pelo menos deveriam ter mantido o átrio, mas uma passagem à
frente da obra mostrará que o pé-direito do átrio foi dividido e agora há
uma mezzanine, cujo chão é visível de fora pela janela que coroava a
porta!
|
Por essa enorme janela na entrada se vê que o átrio foi dividido em dois pisos, O chão da mezzanine passa pela parte superior da janela e é visível de fora. |
|
Interior do átrio. Demolido. |
|
O segundo mais antigo elevador de Lisboa. Desaparecido. |
|
Escadas e interiores. Demolidos |
Este é apenas uma caso. Há mais...
6 comentários:
Este prédio teve as janelas abertas durante, seguramente, uma dezena de anos.
Em Stockholm, Göteborg, Malmö....seria (hoje)impossível demolir um edifício com estes interiores.
Isto é o que doí mais!Ver desaparecer estes interiores!
Só de imaginar de todos os edifícios antigos que já foram (e dos quais só tive a possibilidade de vislumbrar a fachada)quantos interiores deste tipo também já desapareceram!
FF
Caro V.M, gostaria de perceber o seu comentário mas não consigo perceber visto que o edifício esteve ocupado (não sei se integralmente) até ser alvo de obras.
Eu é que não entrava naquele elevador. E tenham lá paciência, estes interiores não têm nada de especial para ser considerado património protegido.
Crime, atraso mental, ignorância, parolice, ganância, estupidez, desrespeito, é tudo o que me vem à mente.
Enviar um comentário