Lisboa
Por Jorge Talixa
«Avenida inaugurada no sábado apresenta desde domingo dezenas de covas que obrigam os condutores a desviar-se
Três dias depois da inauguração e abertura ao trânsito automóvel, são já dezenas as irregularidades visíveis no pavimento da nova Avenida da Ribeira das Naus, em Lisboa. Além de buracos e rebaixamentos causados pela passagem de automóveis, há ainda pedras soltas e passadeiras com a tinta quase apagada.
Inaugurada no sábado, a primeira fase da requalificação da Avenida da Ribeira das Naus devolveu “com dignidade” o percurso entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio à cidade, disse na altura o presidente da Câmara, António Costa.
Porém, os automóveis que circulam agora na zona vêem-se obrigados a abrandar a marcha ou desviar-se dos buracos que já pontuam o pavimento. O novo traçado da avenida segue junto ao Tejo — onde foi criada uma praia fl uvial — e é constituído por cubos de granito. Para lá da irregularidade da via, também já se vêem pedras soltas ao longo do percurso.
Um dos arquitectos responsáveis pelo projecto, João Gomes da Silva, admite que a situação descrita não é normal. “Desconheço que existam buracos e acho estranho que estejam a saltar pedras”, disse, acrescentando, no entanto, que já alertou a câmara para a necessidade de ali serem feitas pequenas reparações.
“Abrir ao trânsito com chuva é o pior que poderia acontecer”, afirmou o arquitecto. O pavimento, explicou, foi alvo de testes de modo a evitar o que sucedeu na Praça do Comércio, onde, no Verão passado, foi necessário reconstruir um troço da mesma avenida devido ao mau estado do piso.
A requalificação da Ribeira das Naus ainda não está totalmente concluída. A segunda fase incluirá um jardim junto ao edifício do Estado-Maior da Armada e a recuperação da doca seca e da doca da Caldeirinha no mesmo local.
A câmara prevê que o espaço esteja totalmente recuperado e aberto ao público dentro de oito meses. Na segunda-feira, António Costa presidiu ao lançamento simbólico da nova fase das obras, que está orçamentada em 10 milhões de euros. O PÚBLICO tentou obter esclarecimentos sobre o estado do pavimento junto do gabinete do vereador Manuel Salgado, mas tal não foi possível até ao fecho da edição»
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Mais outra igual à do Terreiro do Paço: materiais pobres e frágeis; incompetência do empreiteiro e do fiscal de obra. Siga a dança!
3 comentários:
Deixa lá ver se percebo....inaugurado no domingo e na quarta-feira falta tinta nas passadeiras ?
Mas pintaram as mesmas com gouache ??
Aonde pára o dinheiro?
O António Costa consegue saber de Finanças o suficiente para acabar com o despesismo e com prioridades duvidosas?
Quais as medidas mais estruturantes e prioritárias para a Capital?
Se o programa com que se candidatou está a ter sustentabilidade onde se justifica os imensos caos, de todas as espécies, dos sociais ao património, em que Lisboa tem mergulhado?
È claro que vem muito detrás.
A merda do costume nas obras publicas.
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