04/10/2013

E pronto, lá se foi a Piscina do Areeiro ...


In O Corvo (4.10.2013)

«FINALMENTE HÁ OBRAS NA PISCINA MUNICIPAL DO AREEIRO

Para lá dos tapumes do estaleiro montado há já quase um ano na Avenida de Roma, começaram finalmente as obras que prometem devolver aos lisboetas a piscina municipal do Areeiro. Será uma outra piscina, nova, e deverá estar pronta em Setembro/Outubro de 2014.

Para já, as máquinas trabalham na demolição da antiga piscina que fechou em 2006 para não mais reabrir. A recuperação da piscina que foi projectada nos anos 60 pelo arquitecto Alberto José Pessoa era inviável, disse ao Corvo o director do departamento de Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Mário Guimarães.

Tanto mais que a empresa espanhola que irá gerir o novo equipamento a erguer de raiz, a Sidecu, irá construir no local uma cave com três pisos de estacionamento, o que desde logo impossibilitava a manutenção do antigo tanque. “Mas ele também já não respeitava as actuais regras de segurança e higiene. E substituir o tanque de uma piscina é muito mais caro do que fazer uma nova cuba”, referiu ainda o director do departamento municipal do Desporto. [...]»

...

Pssssiu. Alguém ouviu alguma coisa da OA? Não, foi só no tempo de CR e P Feist, claro ;-) Daqui por 40 anos será a vez de se demolir a nova que aí vem, bem entendido. É o progresso.

6 comentários:

Anónimo disse...

nem a primeira nem a última. não é uma questão de progresso, mas as piscinas não duram sempre: http://www.messynessychic.com/2013/06/03/the-ruins-of-piscine-molitor-rise-again/

Carlos Medina Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Medina Ribeiro disse...

A melhor anedota é o anúncio da cave com 3 pisos de estacionamento quando, ali mesmo ao lado (junto à AML) está outro, com o mesmo n.º de pisos, e às moscas!
Quem é que vai investir em parques de estacionamento quando se pode estacionar "gratuitamente" (sem pagar e sem ser multado) em redor?
Mesmo que, eventualmente, se seja multado, a probabilidade de isso suceder é tão baixa, que compensa o risco. Além disso, tal só sucederá de 2ª a 6ª e das 9h às 19h.

Anónimo disse...

Não é só o CMR, estamos todos baralhados.
Quando se implanta uma Piscina ou outro qualquer equipamento, vários estudos devem ser feitos.
Mapear o território, verificar as prioridades em função da demografia e escalões etários da população onde vai ser construido.
Saber o que se pretende com uma Piscina e a quem se dirige prioritáriamente.
Uma Piscina e porque não tanques de apredizagem de natação e de serventia à terceira idade para aulas de hidroginástica.
Um tanque é uma versão mais económica, porque se as suas medidas são inferiores ao de uma Piscina, logo dois Tanques poderão custar menos que uma Piscina.
Calcular os utilizadores potenciais que irão frequentar ambos os equipamentos, poderá em função da área geográfica da Cidade ser melhor construir o Tanque.
É para isso que servem os Estudos isentos.
Agora saber se no mesmo local se deve construir uma nova, é simplista. Alguém poderia pensar que um silo para automóveis com 5 pisos, -3 mais 2 em altura, seria preferível para aquela zona onde o estacionamento escasseia.
Precisamos que o número de portugueses que saibam nadar aumente, porque a actividade física é uma boa ocupação para jovens e velhos e uma melhor alternativa às drogas.
Para jovens e velhos.
Agora os construtores civis e os seus lóbis estão sedentos de vender ideias aos governantes da Câmara e do País.
Saber o que é melhor para a Cidade deve ser motivo de reflexão.
Quantas Piscinas existem em Portugal que são só utilizadas no Verão?
Digam se souberem.
Sabem por acaso que não existem Piscinas suficientes em Lisboa para a Alta Competição treinar?
O que queremos?
Um País em que uma grande percentagem saiba nadar e fruir da prática ou competidores para campeonatos da Europa ou J.O.?
Que reflexões tem feito a CML sobre estas ideias?

Anónimo disse...

Isto de a coisa ir ser gerida por uma empresa chamada Sidecu não augura nada de bom.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caríssimo,

Quando diz que, ali na zona, "o estacionamento escasseia", não e verdade - a menos que se pense em estacionamento ilimitado e gratuito...

Há MUITAS CENTENAS de lugares de estacionamento subterrâneo permanentemente vazios. Só o parque da Alameda (500 lugares, 5 pisos) chega a fechar parcialmente, por falta de fregueses. Idem, o do Campo Pequeno. Junte-se o do C. C. Alvalade, o da Machado de Assis, o da Praça de Londres, etc...