19/12/2013

A calçada, essa horrível beldade

Prós e Contras, por Luis Ribeiro - Revista Visão de 19 Dez 2013

Paulo Ferrero e Viviane Aguiar têm posições diferentes sobre a importância da calçada portuguesa

Neste país faz-se tudo:


Desataram a partir a balaustrada da Igreja São Mamede, a reboque desse tal de plano de acessibilidade, imagino. Quem autorizou? Ou melhor, quem quer/quis saber?

CML aprova pagamento de derrapagem nas obras do Campo Grande


In Sol Online/LUSA (19.12.2013)

«A Câmara de Lisboa aprovou na quarta-feira o pagamento da derrapagem financeira nas obras do jardim do Campo Grande, cujos atrasos vão ser alvo de um inquérito da autarquia.

A autorização do pagamento da derrapagem ao empreiteiro foi aprovada com os votos contra do PSD, PCP e CDS-PP.

Naquele que foi o último ponto de uma reunião de Câmara que durou sete horas, o vereador do PSD na autarquia António Prôa criticou a derrapagem na obra, que disse ser na ordem dos 410 mil euros, os atrasos de quase um ano e as justificações apresentadas pelo vereador da Estrutura Verde, José Sá Fernandes.

Segundo Sá Fernandes, "não houve um acréscimo de despesa de mais de 400 mil euros", mas sim de 170 mil euros, acrescentando que as intempéries registadas em Janeiro causaram graves danos no jardim, o que atrasou a obra. [...]»

18/12/2013

E pronto, lá vão enfiar com 3-4 pisos em cima do antigo Palácio dos Cds. de Coculim:


In Publituris e Vida Imobiliária (16.12.2013)

«O Grupo Hotusa vai iniciar a construção de um hotel de cinco estrelas da marca Eurostars em Lisboa, em Janeiro de 2014. Trata-se de um projecto para o Campo das Cebolas (Cais de Santarém), anunciado em 2008. Ainda no primeiro trimestre, o grupo vai dar início a um outro projecto, mas de quatro estrelas, em Cascais. Ambos têm previsão de abertura em Setembro de 2015.

De acordo com Luís Cruz, director executivo da Hotusa em Portugal, os dois projectos totalizam um investimento de 35 milhões de euros (22 milhões para o hotel em Lisboa e 13 milhões para o de Cascais). No caso da unidade no Cais de Santarém, esta terá 89 quartos e resulta da recuperação de antigo edifício, já o hotel de Cascais será construído de raiz, num terreno junto ao restaurante Entraguas e terá a marca Exe Hotels.»

...

E pronto, o que esteve para ser em 2008 e não foi até hoje - http://cidadanialx.blogspot.pt/2008/06/et-voil-de-novo-cantando-e-rindo-de.html - já começou a ser. Há batalhas mais importantes do que esta, convenhamos, e como os moradores, também, parece que gostam do 'paquete' que vão construir em cima do antigo palácio e fábrica junto ao Campo das Cebolas, olhem, paciência, sempre se ganharam telhados em telha em vez dos terraços do primeiro projecto, hehe :-(

"A melhor vista que Lisboa pode ter" está ao abandono


In Público/P3 (16.12.2013)
Por Rui Gaiola

«O edifício panorâmico de Monsanto, integrado no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, é, segundo o fotógrafo Rui Gaiola "um lugar especial e com a melhor vista que Lisboa pode ter." Construído pela Câmara Municipal de Lisboa, em 1968, encontra-se presentemente em estado de degradação, relegado ao abandono e com futuro incerto. O edifício de sete mil metros quadrados, projectado pelo arquitecto Chaves da Costa, integra várias obras de arte - painéis e altos-relevos - de Querubim Lapa e azulejos de Manuela Madureira, também danificados pelo tempo e pela mão humana. Rui Gaiola visitou o local e partilha connosco o resultado da sua expedição fotográfica»

...

Yeap. Simplesmente a 'coisa' vem de longe e é fácil rebobinar os últimos, digamos, 10 anos, em que a CML achou, 1º, que lá cabia e fazia sentido meter os serviços da CML de Alcântara (!), mas o resultado prático foi mais construção, que ficou em tosco, aliás, resto zero (ainda bem). Depois, mais recentemente (2009-2013) tentou levar para lá o comando da protecção civil e bombeiros (previsivelmente de saída da Av. D. Carlos), isso envolveria muito mais construção ainda e derrube de centenas de árvores e até piscina tinha (para instrução), e trânsito pesado por todo o lado, bem entendido. Resultado, zero (ainda bem). Só que ninguém quer pegar naquilo para restaurante ou uso ligado à restauração... e assim estamos, sendo que cada vez está mais estropiado. Que fazer?

17/12/2013

Voo directo da TAP Lisboa-Göteborg a partir de 2 de Julho.....


A boa notícia foi hoje publicada na página do Landvetter Airport. Este voo para além de ligar a segunda cidade da Suécia a Lisboa, tem ainda uma mais-valia nas ligações que a TAP oferece para a África e América do Sul.

Horário:
segundas, quartas, quintas e sábados


LIS 08.50 – GOT 12.35
GOT 13.20 – LIS 17.15


OBRIGADO TAP !!!!

"(...) maioria dos mercados passam para as Freguesias de Lisboa", 14 LOCAL, PÚBLICO, 17/12

Cinema Londres vira (tudo indica) loja chinesa


Ou, mais um episódio da tal reconquista do 'glamour' da Avenida de Roma. :-(

COSTA QUER AUMENTAR TAXAS PARA QUEM FAZ BURACOS


In O Corvo (17.12.2013)
Texto: Samuel Alemão

«Que as finanças do município se encontram numa situação de eminente desequilíbrio, face à “redução da receita estrutural”, era já sabido. Que o aumento das taxas de vários serviços municipais seria uma das formas de atacar o problema também era conhecido, pois o presidente da Câmara Municipal de Lisboa havia-o anunciado, há cerca de duas semanas. Ontem, perante a Assembleia Municipal, António Costa adiantou um pouco mais, ao propôr o aumento substancial das taxas cobradas aos operadores e empresas que fazem obras na via pública. “Vamos fazer um debate sobre que taxas devemos rever e quais devamos criar”, disse o autarca, antes de perguntar: “Sabem qual o valor das taxas que são cobradas por obras na via pública? 200 euros”.

“Acham razoável que as grandes empresas, como a EDP, a PT, os fornecedores de gás e de telecomunicações, esburaquem a cidade a seu bel-prazer e só paguem isto?”, questionou Costa. O presidente da autarquia falava aos membros da assembleia sobre a necessidade de encontrar novas formas de repôr o equilíbrio das contas do município, devido “às mudanças radicais do paradigma da receita, que já não depende do imobiliário”. Por isso, propõe a oneração de algumas taxas, como as aplicadas às obras realizadas pelos operadores de serviços no espaço público: “Um faz uma vala, tapa, e, logo de seguida, vem outro e abre-a outra vez. No dia em que isto for mesmo caro, deixarão de fazer buracos por dá cá aquela palha”. Resolvia-se assim um problema de finanças e também de ordenamento do espaço urbano, argumentou.»

...

Goodie. Mas proponho como limite mínimo uma taxa de 2.000 euros!

Paisagens de Lisboa enchem de cor o túnel pedonal de Alcântara


In Público (17.12.2013)
Por Marisa Soares

«Passagem subterrânea de acesso à estação da CP de Alcântara, em Lisboa, já está de cara lavada. Mas ainda há retoques por fazer. A Associação Portuguesa de Arte Urbana aceita voluntários para acabar de pintar o que falta.

Uns passam a correr e olham de relance, outros abrandam o passo e apreciam devagar. Há quem pare para tirar fotografias a “espreitar” pelo binóculo do miradouro de S. Pedro de Alcântara, pintado na parede. Tem sido assim desde Agosto, quando a Associação Portuguesa de Arte Urbana (Apaurb) começou a pintar o túnel pedonal de Alcântara, em Lisboa. A intervenção está quase pronta, com a ajuda de mais de 400 voluntários. Mas ainda há trabalho a fazer.

A passagem subterrânea sob a Avenida da Índia e a via férrea, que dá acesso à estação ferroviária de Alcântara-Mar e à zona das docas, está de cara lavada. E maquilhada. Nas paredes, os rabiscos imperceptíveis e a sujidade deram lugar a painéis de arte urbana, com desenhos das paisagens, monumentos e edifícios mais emblemáticos da cidade. Está lá tudo: desde a Ponte 25 de Abril ao Aqueduto das Águas Livres, passando pela Torre de Belém, pelo Museu do Oriente, pelo Castelo de São Jorge, pelos cacilheiros a navegar no Tejo e pelos eléctricos “amarelinhos”, entre outras imagens de marca da cidade. E até evocações dos murais revolucionários do pós-25 de Abril. [...]»

16/12/2013

Democracia Jovem

Ninguém porá em dúvida que vivamos numa democracia. O que se questiona é se temos a democracia mais saudável que os 39 anos do sistema atual nos levariam a supor haver. E se quase 4 décadas faz da nossa democracia uma realidade madura, aparentemente a Juventude Comunista tem muito que aprender sobre o assunto, sobre "o que é do povo", ou seja, aquilo que respeitamos porque pertence a todos.
Os cartazes que colocaram a anunciar a sua festa de aniversário nada teria de censurável não fosse o facto de terem tido o chocante atrevimento de os colocarem por onde passaram (literalmente) e, claro, às dúzias para que nem um traseunte mais distraído passasse sem ver.
Devo acrescentar que as fotografias foram tiradas no último domingo, dia 15 de dezembro. A festa teve lugar no dia 9 de novembro!

O Coreto da Praça José Fontana. Quase sempre esta charmosa estrutura está grafitada, indiferentemente de haver um quiosque com esplanada mesmo ao lado que parece não incomodar clientes ou lojista.
Pormenor onde se pode ver os cartazes da Juventude Comunista.
Os portões do Liceu Camões não escaparam...
O mercado também não!
E até a paragem?!
Deixo aqui o endereço do email da Juventude Comunista caso queira partilhar a sua opinião com os responsáveis por esta clara demonstração de má-cidadania, mau uso de bens públicos, má democracia, e uma vez que a CML parece não se sentir incomodada com a situação - quem não se sente não é filho de boa gente:
mail@jcp-pt.org
Como a morada destes senhores é exatamente na Avenida Duque de Loulé, ao lado dos lugares citados, pergunto-me porque não foram já limpar os "despojos da festa"? Ou esperam que seja o erário público a pagá-lo?
São estes os políticos que vão querer a nossa confiança, o nosso voto, no futuro?

Lisboa, Capital do Azulejo? Rua da Ilha do Pico


Não parece existir marca de bebidas em Portugal que não sinta um amor de mãe pelo Azulejo! Rua da Ilha do Pico, 14-18, na Estefânia.

No rescaldo das comemorações dos 500 Anos do Bairro Alto


Ajudámos (Fórum Cidadania Lx) no que soubemos e pudemos, mas, desde já, três notas pessoais:

1. As comemorações dos 500 Anos seriam outra coisa, mesmo, se tivessem sido feitas só por CML e instituições oficiais, sem a intervenção entusiasta e obsessiva de 3 nomes fundamentais e individuais: Helena Pinto (Irmandade de São Roque) e Luis Filipe Paisana e João Filipe Guerreiro (AMBA).

2. Gostei particularmente das visitas à Igreja dos Paulistas, à Academia das Ciências, ao Museu Geológico, ao Tribunal Constitucional, ao Supremo Tribunal Administrativo, ao Liceu Passos Manuel e ao GOL, e dos recitais havidos nos Paulistas, de violoncelo, por Marco Pereira, e pelo Coro do Tejo.

3. Obrigado, António Branco Almeida, Virgílio Marques e Nuno Franco Caiado, pela ajuda (grande) na organização dos vários concertos e visitas! E a todos os cicerones que as valorizaram, sempre de forma gratuita!


...

Escusado será dizer que a CML não foi minimamente correcta ao nem sequer responder aos nossos pedidos de visita ao Palácio Marim Olhão (talvez mais importante palácio do Bairro Alto, e que é propriedade da CML). Muita pena não ter sido possível abrir às comemorações o Convento de São Pedro de Alcântara.

URGENTE:Azulejos Arte Nova do Edifício Ventura Terra / R. Alexandre Herculano (IIP e Prémio Valmor) continuam a cair/COMO É POSSÍVEL, PISAL?!!


Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Dr. António Costa,
Exma. Sra. Vereadora da Cultura
Dra. Catarina Vaz Pinto


C.c. DGPC, UTL, Media

Vimos pelo presente apelar à intervenção URGENTE da CML no edifício da Rua Alexandre Herculano, nº 57, ao abrigo do Programa PISAL, no sentido de ser removido para depósito da CML o friso de azulejos Arte Nova que se encontra em sério risco de desaparecer por completo, uma vez que já se soltaram mais alguns azulejos nos últimos dias.

Independentemente do nosso apêlo de Outubro passado à DGPC, CML e Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (http://cidadanialx.blogspot.pt/2013/10/apelamos-dgpc-para-agir-pelo-edif.html) não ter tido até ao presente nenhuma reacção de nenhum dos destinatários; somos a renovar esse apêlo no que toca ao friso de azulejos referidos, não só porque os mesmos ameaçam desaparecer na sua totalidade, empobrecendo este magnífico edifício classificado Imóvel de Interesse Público(Portaria 303/2006, DR de 27 Janeiro) e Prémio Valmor de 1903, e colocando em risco, obviamente, os transeuntes, mas porque consideramos que é tempo de se medirem os resultados práticos do Programa de Investigação e Salvaguarda do Azulejo de Lisboa (PISAL), até porque ainda não foi dado dado ao Fórum Cidadania Lx nenhum provimento aos nossos sucessivos pedidos de esclarecimentos (http://cidadanialx.blogspot.pt/2012/07/pedido-de-esclarecimentos-cml-sobre.html) sobre essa matéria.

Na expectativa, somos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Irene Santos, Carlos Leite Sousa, José Arnaud, Luís Marques da Silva, Virgílio Marques, António Branco Almeida, Nuno Caiado, Júlio Amorim, Beatriz Empis, João Oliveira Leonard
o

Pedido de esclarecim​entos à CML sobre PISAL (Prog. Investig. Salvaguard​a Azulejo de Lx)

Há poucos dias, decorreu o II Encontro do Património Azulejar (http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/o-azulejo-hoje), mas, tal como em 2012, nada de novo, i.e., os azulejos continuam a desaparecer todos os dias e nada é feito em contrário. Aqui fica o pedido de esclarecimentos enviado nessa altura à CML:

...

Chegados aqui, já com todos os 'prazos' ultrapassados, há alguma resposta a alguma das perguntas abaixo apresentadas e enviadas à CML em Julho passado?

Obrigado. (Agosto 2012)

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Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exma. Senhora Vereadora da Cultura
Dra. Catarina Vaz Pinto


C.C. AML, Media, MNAzulejo, SOS Lisboa, Rede Santos Simões, Universidade Aberta, artistas e especialistas


Passados que estão cerca de nove meses sobre a aprovação do PISAL - Programa de Investigação e Salvaguarda do Azulejo de Lisboa (Deliberação n.º 623/CM/2011, de 9 de Novembro), da Comissão Municipal do Azulejo e do Conselho Consultivo do PISAL, somos a solicitar por esta via a V. Exas. um ponto de situação sobre o mesmo, isto é:

Tendo em conta o “cronograma” estabelecido no Relatório Final produzido oportunamente pelo respectivo Grupo de Trabalho (em anexo), e socorrendo-nos da própria documentação da CML, solicitamos um esclarecimento sobre o seguinte:


1. “Criação de procedimentos para o combate ao furto e delapidação do azulejo” – Esta acção estava prevista para o 1º semestre de 2012. Pergunta: Quais os procedimentos em concreto já criados pela CML? Que legislação/regulamentação foi feita?

2. “Intervenções de Conservação”, compreendendo “campanhas preventiva e curativa em azulejo do espaço público”. Prazo: até Jun. 2012. Pergunta: Quais as campanhas já feitas? Onde? Quando?

3. “Criação de um secretariado de atendimento público, sedeado no Departamento de Património Cultural, com telefone/e-mail”. Prazo: até Jun. 2012. Pergunta: Foi feito? Há registo de afluência do público? Qual o seguimento dado aos alertas/queixas apresentados?

4. “Elaboração de propostas de regulamentação Municipal de salvaguarda do património azulejar”. Prazo: 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: O que é que foi feito? Está em vigor?

5. “Elaboração de relatórios de diagnóstico para as áreas da Madragoa, Conde Barão; Bica, Bairro Alto, São Paulo, Baixa, Mouraria, Castelo e Alfama”. Prazo: 1º e 2º semestre de 2012. Pergunta: Exceptuando a Madragoa, já foi feito mais algum relatório? Está disponível ao público? Quais as suas conclusões?

6. “Elaboração da Carta Municipal de Intervenção Preventiva, …, com elaboração de programas de Conservação Preventiva e/ou Curativa…”, prevista 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: Já foi feita alguma coisa nesse sentido? Há alguma documentação disponível para consulta?

7. “…Preparar para publicação a Carta Municipal do Azulejo, a Carta de Risco e o Guia da Azulejaria da Madragoa. Preparar o Maunual de Boas Práticas e o Caderno da Azulejaria...”. Acções previstas para 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: Já foi feita alguma coisa nesse sentido? Há alguma documentação disponível para consulta? E para os outros bairros?

8. “…Acções de formação para técnicos PISAL … formação de técnicos municipais como fiscais, polícia municipal e bombeiros, …”, previstas para 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: Quando e quantas já foram feitas? Quantos quadros foram formados?

9. “Elaboração da Carta Municipal do Azulejo em Espaço Público … Madragoa, Conde Barão, Bica, Bairro Alto, São Paulo, Baixa, Mouraria, Castelo e Alfama”, prevista para 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: Já foi feita? Está disponível para consulta?

10. “Elaboração da Carta de Risco para Madragoa, Conde Barão, Bica, Bairro Alto, São Paulo, Baixa, Mouraria, Castelo e Alfama”, prevista para 1º e 2º semestres de 2012. Pergunta: Já foi feita? Está disponível para consulta?

11. “Promoção de parcerias nacionais e internacionais…”, previstas para 1º e 2º semestre de 2012. Pergunta: Para além das parcerias já a decorrerem com a Polícia Judiciária (Projecto S.O.S. Azulejo) e com a Rede Santos Simões/ Universidade Aberta, que outras parcerias foram já estabelecidas?

Independentemente das questões já levantadas, solicitamos também um esclarecimento sobre:

12. Considerando que não se pode cingir o património azulejar de Lisboa aos bairros mencionados, muito menos à Madragoa – basta lembrarmo-nos do vasto património azulejar de finais do séc. XIX e já do séc. XX, que ainda existe em bairros como Campo de Ourique, Lapa, Bairro dos Açores, Bairro Camões ou nas Avenidas Novas, quando é que a CML pensa integrar estas zonas no PISAL?

13. Considerando que a CML, previsivelmente, não terá quadros suficientes para levar por diante, em tempo útil, semelhante levantamento, porque não recorre a CML à contratação de estudantes e/ou jovens e/ou reformados, que pelo seu grau de interesse pelo tema e/ou formação mínima comprovada, possam levar por diante essa tarefa?

14. Considerando que tão grave quanto o património azulejar de fachada e/ou de espaço público são o vandalismo e o saque da azulejaria de interiores, quando é que a CML decide fazer alguma coisa por este património, designadamente inventariando desde já os interiores dos organismos públicos e, por via de um protocolo com a associação de proprietários, por exemplo, aceder livremente aos edifícios propriedade privada?

15. Considerando que continuam em bom ritmo as operações de “reabilitação urbana” por via da demolição integral de interiores, quando não também de fachadas, não raramente enriquecidos por azulejaria rica, sobretudo alusiva à Arte Nova (vide demolições recentes em Campo de Ourique, Lapa e nas Avenidas Novas), qual o impacto de facto do PISAL em termos de alteração de procedimentos a nível da Gestão Urbanística? Ou seja, quando determinado projecto é aprovado, e se se levar por diante a demolição, os azulejos são inventariados? Por quem? São recolhidos exemplares? De que forma? Há acompanhamento de técnicos especializados (LNEC, etc.)? São armazenados onde? Serão repostos se a nova construção o permitir? Em termos de RMUEL e regulamentação afim, onde está vertida a preocupação da CML em termos de inventariação, salvaguarda e reposição de azulejaria?

16. Quando decorre um roubo de azulejos, e o mesmo é denunciado por munícipes junto da CML/Polícia Municipal, quais os procedimentos a desencadear pela CML? Há algum ponto de situação que nos permita avaliar a parceria CML/S.O.S. Azulejo?

17. Quais as iniciativas desencadeadas pela CML junto da Assembleia da República para que, finalmente, seja aprovada legislação nacional sobre o mercado de antiguidades, a fim de se evitar a purga que o país atravessa em termos de roubo e tráfico do portuguese tiles (e o mesmo se aplicar à Arte Sacra)?

18. Em relação ao “Banco de Azulejos”, para quando a inventariação completa do acervo existente nos depósitos da CML? E para quando a existência de um verdadeiro banco de azulejos, capaz de municiar a reposição de azulejos em falta e/ou susceptíveis de serem fabricados?

19. Em termos de classificação de azulejaria, quais os processos de classificação já encetados pela CML? Estão disponíveis ao público? Onde? Quais as zonas e/ou épocas abrangidas? Foram considerados os azulejos de interiores? E os azulejos publicitários? Os de espaço público?

20. Em termos de apoio às actividades artísticas e económicas, quais as medidas já levadas a cabo pela CML no sentido de apoiar a criação de fábricas/ateliers/artistas de azulejaria? (Por exemplo, seria oportuna e decisiva uma empreitada de reprodução dos lambris de azulejos em falta e da faiança vandalizada no "canal" monumental dos jardins do Palácio Nacional de Queluz...)

Em conclusão, em que medida é que o PISAL está a cumprir, passados que estão 9 meses desde a sua aprovação formal, o seu objectivo, i.e.,estudar e salvaguardar o azulejo, “investigando”, “registando”, “prevenindo”, “regulamentando”, “sensibilizando”, “formando” e “divulgando”?

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Carlos Moura, João Oliveira Leonardo, António Sérgio Rosa de Carvalho e José Morais Arnaud

Lisboa, 3 de Julho de 2012

Mesmo aos 500 anos o Bairro Alto não pára de se reinventar


In Público (15.12.2013)
Por ANDRÉ VIDAL e CAMILO SOLDADO

«A sua fama é a noite e o imaginário ainda é o dos jornalistas e artistas, mas o Bairro Alto está vivo e a mudar, apesar de continuar transgressor e imperfeito. Hoje faz anos.

ra novo e começou por vender pentes, mas não ganhava muito. Por isso, Mário Ventura decidiu-se pelas fotografias pornográficas. A venda de jornais eram a sua cobertura para negociar imagens de uma revista sueca, para não levantar suspeitas junto das autoridades. “Conseguia vender muitas – enquanto um pedreiro ganhava 60 escudos, eu fazia 2000 por noite”, conta. Aos 69 anos, este homem já fez de tudo um pouco no Bairro Alto, em Lisboa. Trabalhou numa mercearia na Rua da Barroca, que já não existe, e na Adega Mesquita, a primeira casa de fados do bairro.

Desde então, a zona evoluiu e mudou muito. Ficou irreconhecível. As camaratas, onde Mário viveu durante algum tempo, desapareceram, assim como os espaços agrícolas “Havia uma vacaria onde é o Bar Nélson”, recorda. E a população e quem ali passa também mudou. O Bairro Alto celebra neste domingo os 500 anos da sua fundação. Por ali passaram jesuítas, nobres, marinheiros, prostitutas, jornalistas e artistas.

Mas foi sobretudo a partir do século XIX que as ruas começaram a encher-se de jornais. Com eles vieram as tascas, os artistas e o bairro acolheu as actividades que lhe dão fama até aos dias de hoje....»

13/12/2013


Mais detalhes, aqui.

12/12/2013

Campanha para fazer réplica do lustre de néons do Odéon:


Chegado por e-mail, por Patrick Persijn: «Hi there, can you share my link to recreate the lamp of Odeon Cinema, Lisbon, so it helps me, to settle the deal to buy Odean Cinema in Lisbon and save it from becoming a mall: http://www.indiegogo.com/projects/make-replica-art-deco-lamp-for-odeon-cinema-lisbon. $1 a person is enough to put.»

11/12/2013

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (3) :



Sobre os Capuchos, e reconhecendo que há que demolir bastante, a verdade é que património ali não é só o que está classificado, i.e., igreja e antigo convento, palácio Melo (C: azulejos e escadaria…), pelo que não se pode aceitar demolições de, por ex., os edifícios da escola de enfermagem Artur Ravara (A) e a actual farmácia (B)? (fotos aqui). Por outro lado, parece-me construção a mais em volta do corpo conventual, reduzindo não só este a uma ‘ilha’, mas elevando as cérceas do lado da Luciano Cordeiro desnecessariamente. Para quê tanta construção, ainda por cima monótona?

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (2) :


Já sobre Santa Marta, que continuo a achar ser o melhor de todos os projectos, de longe, aquele edifício no topo norte do lote vai ensombrar completamente parte significativa da Travessa de Santa Marta, e o topo sul da Rua da Sociedade Farmacêutica, também. 'Ícone' para ser visto do alto do Parque Eduardo VII? É desnecessário. Diminua-se o edifício em 3 pisos, s.f.f. porque o resto do projecto está bastante bom: os espaços verdes serão muitos, o hotel pode perfeitamente ocupar a zona do convento, desde que continuem como locais sem restrições ao público, a igreja, a sacristia e o claustro, evidentemente. Além disso, arrasam com o edifício das consultas externas que é um mono dos anos 80.

Ainda os loteamentos para 3 ex-HCL (1) :


Sobre São José, e independentemente da nova construção (em área e altura) projectada que me parece demasiada, há 3 pontos esquisitos:

A-Deitar abaixo o edifício do Instituto Medicina Legal, de Leonel Gaia, para quê???

B-O maior dos torreões (MN) da muralha fernandina, e hoje com construção (ilegal) em cima (!!!) é dado como com nova construção ... legal. Como é possível?

Por fim, C-São Lázaro. Não consta do loteamento, porquê? Para entrar projecto autónomo?

No debate sobre o futuro da Colina de Santana foram muitas as vozes contra o fecho anunciado dos hospitais


In Público (11.12.2013)
Por INÊS BOAVENTURA

«Os 20 intervenientes no debate desta terça-feira, vários dos quais deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, manifestaram também preocupações com a salvaguarda do património arquitectónico e imaterial da colina»

Acesso à Torre de Belém melhorado com novo passadiço


In Público (11.12.2013)
Por ANDRÉ VIDAL

«Estrutura é feita de madeira e substitui antigo passadiço de metal.»

Boas notícias das Necessidades!!!!


«A Tapada das Necessidades e os lisboetas estão de parabéns com o fim das bem conseguidas obras de restauro da Estufa Circular, Casa do Fresco e Muro de Suporte de Terras, levadas a efeito pela Câmara Municipal de Lisboa.»
Reportagem fotográfica, por Pinto Soares, em Grupo dos Amigos da Tapada das Necessidades.

10/12/2013

Projectos para a Colina de Santana em debate na Assembleia Municipal de Lisboa

"É uma das sete colinas de Lisboa e prepara-se uma alteração profunda, que ninguém discutiu", afirma Helena Roseta, para justificar a pertinência desta iniciativa, que começa na terça-feira.


A Assembleia Municipal de Lisboa vai promover, por iniciativa da sua presidente, um conjunto de cinco debates sobre os projectos urbanísticos previstos para a Colina de Santana. O primeiro realiza-se nesta terça-feira e pretende dar a conhecer “o ponto em que nos encontramos”.
O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, o presidente do conselho de administração da Estamo (a imobiliária de capitais exclusivamente públicos que é proprietária dos terrenos em causa), Francisco Cal, a arquitecta responsável pela elaboração do Estudo Urbano da Colina de Santana, Inês Lobo, e o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, são os oradores convidados para esta primeira sessão. O debate está marcado para dia 10 de Dezembro, às 18h, no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma.
Como o PÚBLICO noticiou em Julho, a Estamo submeteu à apreciação da autarquia os pedidos de informação prévia sobre a viabilidade de um conjunto de operações de loteamento, para os locais onde estão hoje instalados os hospitais de São José, Santa Marta, Capuchos e Miguel Bombarda (este último já foi desactivado). Está prevista a reconversão desses equipamentos, dando lugar a um total de 640 fogos, dois hotéis, áreas comerciais e de serviços, equipamentos e um parque de estacionamento subterrâneo com mais de 300 lugares.
Os processos relativos a esses pedidos de informação prévia estiveram disponíveis para consulta na Câmara de Lisboa durante parte do Verão, tendo dado origem a muitas críticas, nomeadamente de especialistas ligados ao património. Na sua página na Internet, a autarquia refere que, “face ao interesse que estes projectos têm despoletado [sic] junto da população, a CML [Câmara Municipal de Lisboa] decidiu que será de realizar uma 2.ª Fase de Debate. Esta decisão permitirá promover uma discussão mais alargada sobre o tema”.
O órgão que agora promove esse debate é a Assembleia Municipal de Lisboa, por iniciativa da sua presidente. “É uma das sete colinas de Lisboa e prepara-se uma alteração profunda, que ninguém discutiu. Estamos a fazer aquilo que nos compete, que é promover um debate público das grandes questões da cidade”, justifica Helena Roseta em declarações ao PÚBLICO.
A autarca, que nos últimos quatro anos foi vereadora da Habitação, lembra que está em causa uma área de intervenção de “mais de 16 hectares”, que além dos equipamentos já mencionados incluirá também o Hospital do Desterro e o Convento de Santa Joana. “Mexemos numa parte importante da cidade e não ouvimos as pessoas?”, questiona Helena Roseta, sublinhando que “a prioridade” nestes debates será “ouvir o público”. 
Em cada uma das cinco sessões, a realizar entre 10 de Dezembro e 11 de Fevereiro, está previsto um período de uma hora para as apresentações dos membros da mesa, seguido de outra hora para as intervenções do público e de meia hora para respostas às mesmas. Os debates serão moderados por deputados municipais e terão dois relatores, também deputados municipais.
Helena Roseta sublinha que o Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa que está em vigor já prevê a figura do debate temático. A principal novidade desta sua iniciativa, diz, é “o modelo” adoptado. A autarca acredita que o debate em causa permitirá, ao contrário do que em seu entender acontecia até aqui, “tirar resultados no fim”.
Dia 14 de Janeiro irá debater-se o “impacto das propostas no acesso da população a cuidados de saúde”, no dia 21 de Janeiro o “impacto urbanístico, social e habitacional” e no dia 4 de Fevereiro o “impacto na memória e identidade histórica da Colina de Santana”. A 11 de Fevereiro haverá um debate final, do qual se pretende que saia um relatório com propostas, que será depois apreciado numa reunião ordinária da Assembleia Municipal de Lisboa.
Segundo Helena Roseta, nesta terça-feira deverá ser lançada uma página na Internet (http://debaterlisboa.am-lisboa.pt/) na qual os interessados em participar nestes debates temáticos e noutros que venham a ocorrer se poderão inscrever. Aí será também possível submeter opiniões e perguntas sobre os temas em análise. Depois da Colina de Santana, antecipa, os transportes públicos poderão ser o próximo assunto em discussão.  
No anterior mandato, o vereador Manuel Salgado explicou que a intenção da Câmara de Lisboa era transformar esta zona da cidade numa “colina do conhecimento”, garantindo ao mesmo tempo a “salvaguarda do património, que é valiosíssimo”. Mas a garantia deixada pelo autarca, segundo quem “os edifícios de valor patrimonial” seriam transferidos para o município, não impediu que se levantassem inúmeras vozes de protesto contra as propostas da Estamo para a Colina de Santana.
Não só dentro da própria Câmara de Lisboa - através da Estrutura Consultiva da Carta Municipal do Património, que criticou algumas das demolições previstas e questionou o impacto que as novas construções terão na paisagem - mas também fora, por exemplo ao nível do Conselho Internacional dos Museus, do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, da Associação Portuguesa de Arte Outsider e do Fórum Cidadania Lisboa. Durante a campanha para as eleições autárquicas, também o PCP e o BE deram conta da sua oposição aos projectos urbanísticos para a Colina de Santana.  

09/12/2013

Calamidade Patrimonial

Lisboa já nos habituou, para grande desgosto de quem desta cidade gosta, a exemplos de intervenções em património arquitetónico - e cultural, em geral - que são, em tudo, censuráveis e lesivas para a memória cultural desta capital. Partilho das conclusões do artigo que foi replicado aqui (ver), e que tantas reações de repulsa recebeu de quem se sentiu ofendido pelas comparações e termos usados. Mas a verdade é inalienável: Lisboa é uma cidade em Estado de Calamidade Patrimonial! Só não vê quem não quer, e muita gente não quer.
Diz-se, de nós, que somos um país de brandos costumes. Discordo! Somos, antes, um país de maus costumes, e estes nada têm de brando.
O que se fez com o Instituto Câmara Pestana, que leva o nome do bacteriologista português de renome internacional, é um crime de lesa-património e serve este artigo para nomear, com a vossa colaboração que agradeço desde já, os responsáveis diretos por este horror, já que os indiretos somos todos nós que desenvolvemos uma sociedade totalmente indiferente à verdadeira valorização do património, salvo alguns líricos que andam por aqui e não nos lugares de decisão.
Vejam algumas imagens:
Caminhando pela Rua de Câmara Pestana ... ou saindo do Elevador do Lavra, Monumento Nacional...



...somos presenteados com estes "objetos" abjetos!
Esta é a envolvente das preciosidades acima e garanto-vos que aqui estou a pecar por defeito, porque tanto a vista como a generalidade do construído são, simplesmente, fantásticos. Que boa vizinhança têm! Com vizinhos destes...
A qualidade dos materiais. Uma ordinária e vulgar rede com murete em cimento é a vedação deste conjunto. Antes tinham uma vedação com seteiras, em metal. Talvez demasiada qualidade para esta intervenção?
Algumas perspetivas que se podem apreciar: o comentário fica ao vosso cargo.
Foi este o tratamento dado a edifícios oitocentistas onde se fazia ciência, se formavam médicos. Que exemplo para a nossa geração ter todo este complexo como um museu à memória do génio científico português. Nem a placa de homenagem ao herói maior da lusitanidade, que lembra que ele teve neste chão a sua morada final, comoveu quem decidiu, planeou e autorizou esta barbaridade. O epíteto perfeito já que Camões não foi exatamente amado em vida e morreu na mais esquálida miséria. Interiores originais já não existem; janelas que arrasam com o ritmo da fachada, tanto que é o minimalismo.                                                                                                        

Este é o único edifício original que será poupado. Dentro estão laboratórios do séc. XIX e XX, preciosíssimos. Uma escadaria e um retrato a óleo da fundadora Raínha D.Amélia vi quando era criança. Ainda lá estão? Atenção! Janelas partidas.
Há que atribuir responsabilidades, isto num país onde a culpa morre solteira e se assobia para o lado enquanto falha a memória de se estar envolvido naquilo que nos leva à ruína. Proponho identificar os principais responsáveis deste prejuízo não quantificável. Quem souber identificar os seguintes intervenientes queira, por favor, informar-me pela caixa dos comentários e não deixarei de dar o seu a seu dono.
Estes foram os arquitetos que riscaram este horror.
Presidente da CML - Reitor da Universidade de Lisboa - Demais intervenientes

POSTAL DA BAIXA: Rua dos Bacalhoeiros


Ribeira das Naus mete água?


Segundo consta na CML, a obra vai com uma derrapagem superior a 200%. E o resto do projecto? Vai ficar tudo a meio? Não pode!

Campo Grande (Norte) está melhor mas podia estar mais:

O Jardim do Campo Grande está mais arranjado e mais saudável (embora tenha havido forte abate de árvores, sobretudo junto às faixas de rodagem do lado nascente). Tem um sistema de rega novo (espera-se que dure), barreiras de insonorização ao barulho dos carros (espera-se que insonorize), tem recinto para cães e campos de Padel (a modos que ténis hobbitiano...); a alameda central está bonita; viu-se livre do piso em alcatrão e espera-se que se tenha visto livre da delinquência.

Ainda há pormenores a recuperar neste lado Norte do Campo Grane (a Sul ainda está na mesma...), começando pelo ilhéu do lago (o Caleidoscópio ainda está na mesma) e pelo edifício da respectiva cafetaria, faltando ainda recuperar o par de cavalos que ornamentam a ponte; mas, desde já os parabéns nesta intervenção no ilhéu, pois reconfigurou-se a ponte de acordo com o projecto de Keil do Amaral, o que se agradece:

(Foto/CML, de há dias)


(Foto antes das obras)


(Fotos/Arquivo Municipal, aquando da inauguração do projecto dos anos 40, de Keil do Amaral)

Contudo, não há bela sem senão, e o 'mobiliário urbano' que agora lá está (candeeiros, bancos e bebedouros) nada tem que ver com o projecto de Keil do Amaral. E se aos candeeiros ainda se pode aguentá-los, já os bancos são mesmo do pior dos gostos, por certo de catálogo baratucho e são impossíveis de roubar, pois estão enterrados no piso (já agora, para onde terão ido os suportes dos bancos que lá estavam?!), mas inadequados àquele Jardim:


(os novos, de empresa que tanto os fornece para a Expo como para o Campo Grande, Praça de Londres, etc.)


(os que lá estavam antes)

Mas pior, pior, muito pior, é/foi a substituição dos bebedouros do projecto de Keil do Amaral, pelos exemplares pífios, tipo Ikea, que lá puseram. Que falta de gosto, credo. Isto passou pelo crivo dos responsáveis, ou assinaram todos de cruz?

E agora?!!

(hoje)

(ontem)