16/07/2007

Abstenção atingiu valor recorde de 62,61 por cento. António Costa vence eleições com 29,5 por cento dos votos

In Público Onlin (16/7/2007)

«António Costa venceu as intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa com 29,5 por cento, o que lhe permitiu a eleição de seis vereadores, a três da maioria absoluta. As eleições deste domingo ficam marcadas por uma abstenção de 62,61 por cento, o valor mais alto de sempre em eleições autárquicas na cidade.

O candidato socialista recolheu um total de 57.907 votos, num universo de 196.041 votantes. Apesar da vitória nas 53 freguesias do concelho, a lista do PS queda-se no limite mínimo previsto pelas projecções avançadas ao início da noite pelas televisões e com menos votos do que as listas de Carmona Rodrigues e do PSD juntas.
(...)»

E pronto. Chegou ao fim a campanha. E a CML tem novo Presidente, valha-nos isso. Vamos a ver o que nos reservam para os próximos 2 anos.

1 comentário:

lorenzetti disse...

Continua o incompreensível direito de voto exclusivo em Lisboa dos residentes em Lisboa.

Sendo que residir em Lisboa é cada vez mais raro, como se sabe, relativamente ao número de pessoas que aí vivem todo o dia, porque aí trabalham, estudam, ou porque passam aí quase todo o seu tempo.

Todos aqueles que penam no IC19 ou na autoestrada Cascais-Lisboa ou na Ponte 25 de Abril, Vasco da Gama e afins passam o seu dia em Lisboa.

Muitas vezes mal conhecem o sítio onde vivem, desde os vizinhos a quem é o presidente da Câmara, para não falar no -- nunca soube quem é, nem de que partido é -- presidente da 'junta'.

No entanto, não votam em Lisboa.

A mesma Lisboa onde fazem tudo, onde gastam e ganham dinheiro, que conhecem melhor que o concelho onde vão dormir.

O que leva L. a pensar se os resultados eleitorais em Lisboa não serão injustos, errados e inúteis.

Pelo menos enquanto os universitários e restantes estudantes, e todos os que 'dormem' fora de Lisboa, que trabalham em Lisboa, aqueles cujo BI não diz Lisboa em 'residência', não votarem em Lisboa.

Porque vendo bem, são eles que vivem -- e que são -- a Capital.