Fotos e citações: Revelar LX
Hoje já menos. Mas na Rua do Arsenal sempre cheirou imenso a bacalhau, por via das casas de comércio ali existentes com bacalhau fresco e seco. Hoje na «Única» Clara Ferreira Alves recorda esse cheiro. E deu-me vontade de inserir este post. Passo todos os dias nesta rua. Por vezes, a pé. E é inevitável: uma das casas comerciais de antanho ainda o vende: bacalhau para todos os gostos e… cheiros. Foi ali que um eléctrico conduzido por uma estagiária, há uns tempos me espatifou a traseira do carro. Culpa minha. «A rua do Arsenal tirou o seu nome do Arsenal de Marinha, edifício cujo risco é de Eugénio dos Santos Carvalho, mandado ali construir em 1759. Neste local existiram duas carreiras de construção de navios, armazéns e oficinas até 1936, data da abertura da avenida da Ribeira das Naus, altura em que as instalações navais passaram para o Alfeite. A rua do Arsenal, tem início na praça do Comércio - o centro do governo político do país -, passando pela praça do Município - local muito procurado durante o século XIX e XX para manifestações políticas -, e termina na praça Duque da Terceira».
Foi aqui que decorreu «o assassínio do Rei Dom Carlos e Príncipe Dom Luís Filipe em Fevereiro de 1907». Era aqui que «os arsenalistas (elementos mais radicais do setembrismo, de inspiração jacobina e adeptos da soberania popular) se manifestavam contra o poder instituído». Em 1918, a Rua do Arsenal «viu o grande cortejo do Armistício».
Por ser próxima da CML e do Terreiro do Paço, fizeram-se por ali manifestações e concentrações de arromba.
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