30/10/2007

Cinemas. Mais uns quantos..














Mais uma ajuda, chegada também por mail, em reposta ao apelo aí em baixo. Obrigado ao autor da recolha, claro. Créditos ao Arquivo Municipal... Para saber o nome dos que não identifica, clique duas vezes em cima da imagem e leia no topo da página.

10 comentários:

aeloy disse...

Estes cinemas quase todos tiveram merecidamente o camartelo, não valiam nada e nem sequer nas nossas memórias tem qualquer relevância, Há que separar o trigo do joio e mesmo aí saudosismos da pedra lascada não tem qualquer utilidade.
Falem-me de salas notáveis como a do Animatografo, hoje um peep show, ou do Odeon onde ainda haveria possibilidade de intervenção, ou o Paris... O registo dos antigos cinemas alguns felizmente desaparecidos (o Roxy, o Pathé, o Estudio 444, estes nestas fotos, é para a memória e mesmo essa valhó deus...)
António Eloy

aeloy disse...

Em relação ao post anterior obviamente que ressalvo o Cienearte, hoje utilidade da Barraca (um abraço!)
AEloy

Paulo Ferrero disse...

Grande malandrim AEloy,

O Alvalade faz muita falta, ali fui muita vez, com sessões infantis cheias a abarrotar. É uma perda muito grave para ao Bairro de Alvalade.

E só foi abaixo porque havia um senhor no MC que assinou (li eu): «há demasiadas salas de cinema na zona, por isso pode ser demolido». A CML tentou salvá-lo e até os «bispos» brasileiros também. A Junta portou-se como só ela consegue portar-se, e os donos (uma sociedade de «n» judeus) conseguiu os seus intentos: construir um prédio para habitação e escritórios, em queos apartamentos vão ter, imagine-se, nomes de actores. GANDRES PAROLOS! Além disto, e como se não bastasse, a operação de demolição ignorou os painéis de Estela Faria e agora fala-se de restauro ... restauro, coisa nenhuma.

Tb o Castil era um cinema agradável, com uma exibição cuidada e, sem dúvida, a par do Ap0lo 70 o único cinema digno desse nome, metido dentro de um prédio.

O Paris foi um cinema de eleição. Caiu no desamparo graças ao Sr.Coronel Silva, que à força de querer rentabilizar aquele coisa patética chamada "Amoreiras" deu cabo dele, deliberadamente. Aqui, a Junta da Lapa fez muito, mas nada conseguiu. JSoares quis dá-lo à Lidl, queo recusou (!). PSL, depois de bastante polémica, comprou-o e bem. Mas a CML não faz o que lhe compete: dar seguimento ao processo e abrir processo de concurso de ideias, ou outra coisa qualquer. Achtung: o Paris fez parte da campanha dos Cidadãos por Lisboa, sob o lema 'Queremos saber!'

A fotografia da sala cheia, creio ser do antigo Europa, que nada tem que ver com o que lá está agora, esse sim, um zero à esquerda...

Mas há mais: Royal, Lis, Pathé, Central, Aviz, etc. Perdoa-me, José carlos, mas não tenho tido tempo para colocar mais fotos...

Anónimo disse...

De facto, há que separar o trigo do joio!
Embora respeitando a memória de AEloy, importa dizer que é necessário respeitar igualmente a memória da cidade.
Não é saudosismo da pedra lascada. É a memória, goste-se ou não!
Os velhos cinemas de bairro de Lisboa tiveram, em muitos casos, um papel decisivo na vida socio-cultural de muitos lisboetas.
Foram, a seu modo, "salas notáveis".
É redutor o comentário de Aeloy.
A história dos cinemas de Lisboa,quer tenham sido grandes jóias arquitectónicas ou, simplesmente, modestas e pobres salas - os piolhos -, tem que ser respeitada.
Aeloy não respeita.E isso é lamentável.

Anónimo disse...

O Alvalade era uma Sala magnífica e, coisa curiosa que hj era impensável, a programação era a mesma do São Luiz que também funcionou como cinema. As sessões tinham uma diferença de 1/4 h. E ia um estafeta de mota com a fita para ser passada. Hoje 1 hora de diferença entre as sesões seria arriscado.

O Cine-Rossio que aparece na foto desconheço de todo. Seria em Lisboa? Sei que em Viseu existiu um cinema com esse nome.

E alguém sabe onde era o Cinema Garrett?
E havia também o Jardim-Estrela que era uma sala lindíssima e hoje se não é uma loja de chineses, parece. e havia o Cinema Max na Barão de Sabrosa que ainda nos anos 60 virou igreja duma coisa qualquer.

daniel costa-lourenço disse...

Ver o salão lisboa (segunda foto) naquele contextpo urbanístico, fez-me lembrar o horror em que ficou transformado o Martim Moniz.

Mesmo no Centro Histórico da cidade, permitiu-se o acrescento ao Hotel Mundial, que nem num subúrbio se admitiria e aqueles dois centros comerciais dignos de uma cidade "vão de escada".

sem falar no arranjo central da praça que nada tem a ver com as praças lisboetas e faz lembrar algumas foleiradas de mau gosto dos Algarves ou de algum autarca desejoso de gastar dinheiro.

Mas enfi, dinheito foi gasto, mas há tempo para rectificar o que é possível e isso só quer dizer uma coisa: demolir aqueles centros comerciais e fazer novos edifícios, em traça lisboeta, albergando novamente o meltin pot de emigrantes, que até já é local obrigatório de visitas turísiticas.

aeloy disse...

Pois mantenho que estes aqui, salvo o Cinearte, e os que nomeiei e outros, não teem qualquer valor arquitectónico e que salvo as memórias de cada um e os registos fotográficos estão muito bem para onde foram, ressalvando todavia que não o digo por concordância com o que os tenha vindo substituir.
Retenho que o Odeon, o Paris e até o Europa merecem ou mereciam projectos de recuperação ou reestruturação, agora Paulo cinemas em prédios e garagem, tocas infectas (o Alvalade embora fosse um mamarracho tinha utilidade social e talvez se devesse ter precavido...com o risco inerente...)não fazem parte da minha ideia de cultura ou boa memória.
António Eloy

Anónimo disse...

Não concordo nada que o ALVALADE fosse um mamarracho. Acho que era uma obra arquitectónica bem conseguida. projectado em 1945 pelo arq Lima Franco e inaugurado em 1953 era sóbrio e comparado com quase tudo o que veio na década seguinte deveria ser considerada uma obra a preservar.

Anónimo disse...

O Alvalade...mamaracho? Um belo edifício ao sabor da época, mas esse é o meu gosto...claro.
Quanto à sala cheia...nao será o Olympia, Paulo ;-)...???
E quanto ao Cine Texas....sim senhor, nao seria só um "piolho", senão que se vinha com eles à saída.

JA

Anónimo disse...

Os antigos cinemas de Lisboa cumpriram o seu papel de divulgação da 7ª Arte e desapareceram silenciosamente. Estamos agora numa epoca de LCDs LED de 50" e Plasmas mais DVDs e Blu-Ray. Adeus ao Berna, Europa, Royal, Chiado Terrasse, Promotora, Império, Roma e muitos outros