30/11/2007

Aritmética e política na próxima AML


Não sei se já pensou nas várias opções aritméticas para a próxima sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. Em todo o caso, aí vão os números puros e duros:
PSD: 23 mandatos directos + 33 presidentes de JF = 56
PS: 16 directos + 12 JF's= 28
PCP: 5 directos + 8 JF's= 13
BE: 5 directos = 5
CDS: 3 directos = 3
PEV: 2 directos = 2
TOTAL DA AML: 107. Três dos quais, do PSD, compõem a Mesa da AML... O que pode ter muita relevância na terça-feira (veja aí em baixo).
Presume-se que PS + PCP + Verdes + BE votam a favor do empréstimo. Isso fará um total de 48 votos. Não se tem a certeza sobre a postura do CDS neste caso, julgo eu. Pode presumir-se uma abstenção. Outra ajuda para as contas: imagina-se que o grosso da coluna do PSD (se não mesmo todo) pode votar contra o empréstimo. Mas tudo está em aberto nos bastidores deste partido até segunda à noite.

Não esqueça que estes eleitos foram escolhidos por «aquele» PSD em que Carmona era candidato a presidente da CML e foi eleito, em Outubro de 2005: alguns podem optar também pela abstenção - como Carmona na CML...
Note que em tese basta que nove eleitos do PSD (ou seis, se a Mesa não votar - ver abaixo) se abstenham para que o empréstimo passe - mesmo que o CDS vote contra...

Acrescento que habitualmente a Mesa não vota (3 pessoas, todas do PSD). E digo-lhe que crescem cada vez mais as probabilidades de alguns eleitos do PSD, sobretudo do lado dos presidentes de junta, faltem simplesmente à sessão de terça. Isto, se Menezes e Santana / Carreiras apertarem muito pelo voto contra em bloco. É que se a CML não tem dinheiro, adeus verbas à vontade para as juntas, ou seja: adeus campanha para 2009, que ia começar agora mesmo...
Faça você mesmo o seu raciocínio a partir deses dados objectivos: os números são esses...

6 comentários:

Anónimo disse...

O problema não é de aritmética. É mesmo de política. Neste caso de total inabilidade do PSD e dos seus vereadores. Mas o mais grave é que agora a direcção nacional e distrital do PSD também se meteram.

Filipe Melo Sousa disse...

Pena que não haja voto secreto. Porque seria bem capaz de assistir a alguns socialistas conscienciosos a votar a gestão financeira "à la Cofidis"

Anónimo disse...

na rádio, esta manhã, um senhor social-democrata dizia que tudo se explicava por santana lopes ter achado que esta seria uma boa ocasião para se falar do psd lisboa, isto porque - dizia o senhor - ele ainda tem a veleidade de querer voltar a presidente. ganda nóia. porém, nesta terra tudo é possível. há uma coisa que nunca percebi: porque razão o retrato de sá carneiro não cai em cima das cabeças destes senhores quando eles passam por baixo dele, na estrela.

Anónimo disse...

A Paula Teixeira da Cruz quer que o empréstimo passe. Menezes deu instruções para chumbar...

aeloy disse...

Este é mais um caso evidente da total falta de dignidade e de um minimo de seriedade por parte das, nesta caso da direcção do PSD.
Continuar a ameaçar não aprovar aquilo com que se comprometeram ao aprovarem o plano de saneamento financeiro e continuar a fugir às suas responsabilidades e continuar a fazerem de inimputáveis terá um custo. O que se passa é que os vários PSDs estão em processo de autofagia e nas tintas, todos eles para a cidade, o país e o futuro. Só pensam no umbigo, no seu.
Isto não vai por bom caminho.
António Eloy

Anónimo disse...

A guerra não tem nada a ver com Lisboa. A tralha que foi varrida da direcção distrital e nacional do PSD continua a asnear de modo a apoiar o PS, como tem feito desde que foi para as listas e foi eleita.