«No Carnaval de 1867 abriu portas o Salão da Trindade, sala de bailes, concertos e conferências anexa ao Teatro propriamente dito, que só abriria ao público a 30 de Novembro desse mesmo ano.»
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4 comentários:
Salvo melhor opinião, o Teatro da Trindade foi oficialmente inaugurado e aberto ao público em 30 de Setembro ( e não Novembro) de 1867 com o drama em 5 actos "A Mãe dos Pobres" de Ernesto Biester e a comédia em 1 acto "O Xerez da Viscondessa". Faziam parte da Companhia alguns dos maiores actores da altura ( o grande Tasso, O Isidoro, Queirós, Eduardo Brazão, Rosa Damasceno, Delphina, Emília dos Anjos e alguns mais). No entanto mais do que o espectáculo inaugural que não agradou nem ao público nem à crítica, as vedetas da noite foram a sala e o edifício da Trindade.
Talvez VM tenha razão. Mas, no próprio site do TT pode ler-se (a RR foi lá buscar, não tenho dúvidas, agora):
«No carnaval de 1867 abriu ao público o Salão da Trindade, uma sala de bailes, concertos e conferências anexa ao Teatro e, em 30 de Novembro de 1867 o Teatro da Trindade propriamente dito, numa estreia de gala a que esteve presente a família real para ver a nata dos actores da época representar um drama (A Mãe dos Pobres, de Ernesto Biester) e uma comédia (O Xerez da Viscondessa).
Leia mais aqui:
http://teatrotrindade.inatel.pt/html/histor.htm
Pode ser erro do autor do texto inserido no site referido. Nada mais natural.
Vamos investigar melhor?
Eu vou. Contem com isso.
Obrigado pela dúvida, VM.
DE facto Norberto de Araújo nas "Peregrinações em Lisboa" (Livro VI) diz que o Teatro foi inaugurado em 30 de Novembro de 1867. Tomaz Ribas em "O Teatro da Trindade" diz que foi inaugurado em 30 de Setembro. Neste livro aparece uma cópia do cartaz inaugural que refere esta data.
O Trindade, no séc. XX, viveu os seus anos de glória sob a batuta de Serra Formigal, era em que a ópera desceu ao povo de Lisboa. Depois veio o declínio, que ainda se faz sentir, embora nos últimos tempos se esteja a tentar recuperar o rumo certo e o tempo perdido.
A última vez que vi ópera no Trindade foi uma experiência inolvidável, mais pelo espectáculo dos espectadores do que pela excelência da encenação: os espectadores dos bilhetes mais baratos desciam para os lugares vagos mais caros, em plena cena e com os cantores cantando; enquanto os arrumadores estavam arrumados algures fora de cena. Foi engraçado (mais tarde viria essa prática ser hábito no CCB, no D.Maria e no Camões).
Só mais uma achega para elogiar aquela sala tão bela quanto simples, e toda aquela prodigiosa construção que é a escadaria interior do Trindade.
Aguarda-se a recuperação do teatro no seu todo, e espera-se que o custo de vida não limite o novo ímpeto que quem de direito, e bem, pretende dar ao Trindade.
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