A proposta foi aprovada com os votos contra do movimento “Lisboa com Carmona” e do PSD, a abstenção dos Cidadãos por Lisboa e do PCP e os votos favoráveis do PS e do Bloco de Esquerda.
A aprovação da proposta foi revelada pela vereadora do movimento “Cidadãos por Lisboa” Helena Roseta, a única eleita a comparecer na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal.
Segundo a proposta conjunta do presidente da Câmara, António Costa (PS), e do vereador do Urbanismo Manuel Salgado (PS), o novo plano de mobilidade prevê "um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha" para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos.
De acordo com este novo conceito de mobilidade, todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês do Pombal terá que voltar para trás quando chegar ao último quarteirão da rua do Ouro.
"Mexer com o trânsito da Baixa tem implicações no resto da cidade"
O objectivo é alargar o espaço para peões e bicicletas na zona ribeirinha e no Terreiro do Paço, que passa a ficar com as duas vias que ladeiam a praça (a nascente e poente) livres de trânsito.
O projecto prevê igualmente que os automóveis particulares só possam ir na direcção Santa Apolónia/Cais do Sodré/Alcântara, e vice-versa, pela Ribeira das Naus, e que o estacionamento na zona fique reservado a moradores e comerciantes, incluindo a construção de novos parques subterrâneos no Campo das Cebolas e junto ao edifício das agências internacionais, ao Cais do Sodré.
Para Helena Roseta, com esta proposta a autarquia está a "pôr a carroça à frente dos bois", defendendo que deveria ser antecedida de um "plano de mobilidade" da cidade.
"Mexer com o trânsito da Baixa tem implicações no resto da cidade", sublinhou.
Helena Roseta considera igualmente que o plano é omisso quanto à circulação por bicicleta, que deverá ligar o Parque Eduardo VII a Monsanto e que, segundo a vereadora, deveria prosseguir até rio através da Avenida da Liberdade e da Baixa.
Helena Roseta referiu ainda ter recomendado ao vereador do Urbanismo que crie condições para que a discussão pública, por um período de 30 dias úteis, seja o mais participada possível, alargando-a ao conjunto da cidade e não apenas à Baixa, dadas as repercussões que terá noutras zonas da capital.
In Publico.pt
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