In Público /Lusa (9/7/2007)
«O candidato do Movimento do Partido da Terra (MPT) à Câmara de Lisboa, Pedro Quartin Graça, defendeu hoje o fim da construção "obscura" da urbanização do Vale de Santo António, para onde estão previstos cerca de "500 mil metros quadrados de construção".
"É preciso parar esta construção envolta em ilegalidades", afirmou o candidato, em declarações aos jornalistas junto à zona para onde está prevista a construção da urbanização do Vale de Santo António e que está neste momento suspensa.
Salientando que aquela urbanização "representa tudo o que o MPT não quer que Lisboa seja", Quartin Graça condenou a "construção desenfreada e obscura" que para aí está prevista, que inclui uma torre de 18 andares, e que não está inscrita no Plano Director Municipal.
O candidato do MPT às eleições intercalares para a Câmara de Lisboa defendeu ainda que, em vez de se continuar a construir casas "para pessoas que Lisboa não tem capacidade para receber", a aposta deveria estar na requalificação de imóveis já existentes.
Para a zona do Vale de Santo António, acrescentou, a aposta deveria ir para o desenvolvimento de um plano de requalificação para "devolver aquela zona à própria cidade de Lisboa".
Acompanhado por uma pequena comitiva, Quartin Graça aproveitou a acção de campanha da manhã para visitar o antigo Forte de Santa Apolónia, construído no século XVII e que funcionava como "a última defesa norte da cidade de Lisboa" e que tem a particularidade de hoje ter instalado no seu interior um edifício com mais de dez pisos. "É mais um verdadeiro atentado ao património da cidade de Lisboa", exclamou, considerando a construção do edifício dentro do Forte como um exemplo "do desprezo da câmara municipal pelo património histórico da cidade". "Não tem havido qualquer planificação", criticou.»
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