02/10/2007

D. Maria II procura um mecenato dinâmico

In Diário de Notícias (2/10/2007)
TIAGO PEREIRA

«O Teatro Nacional D. Maria II (TNDM) reúne-se hoje com representantes de empresas nacionais de diferentes sectores para estabelecer acordos de mecenato. O objectivo, revelado ao DN pelo administrador do teatro, Amadeu Basto de Lima, não passa por um entendimento com um possível mecenas exclusivo mas sim por um "mecenato dinâmico, com vários mecenas oficiais e outros que colaborem com o D. Maria II em actividades pontuais". O administrador do TNDM adiantou também que os apoios que o teatro procura angariar (cerca de 1,5 milhões de euros) têm como objectivo "a contínua internacionalização das nossas actividades", com atenções concentradas sobretudo nos países da "nova Europa", no Brasil e nos PALOP. (...)»

E eu digo que ele precisa é de correr dali para fora com aquele espectáculo deprimente que é ver-se um teatro nacional transformado em café-esplanada, e de arranjar repertório, com urgência. Teatro de saltimbancos e pavilhão multi-usos na sala Garrett, não, obrigado.

1 comentário:

Anónimo disse...

O TNDM não cumpre minimamente as obrigações de um Teatro Nacional. Não tem elenco fixo, não tem reportório, está mais tempo fechado que aberto, etc.etc.
Um teatro Nacional tem que obrigatoriamente representar os clássicos, estrangeiros e portugueses, ter uma actividade constante e de reportório, ter bons actores, representar os nossos dramaturgos. Não poder andar a fazer colagens de textos de Gil Vicente. Tem que representar Gil Vicente. Não pode fazer 2 ou 3 espectáculos de colagens por ano - algumas vindas de outros lados - fazer 150 lançamentos de livros, festivais de folclore e contabilizar tudo isto como actividades.
Mas é claro que é um problema de raiz: a tutela quer apenas que a sala esteja aberta nem que seja para servir almoços ou vender cafés (mesmo que para isso e para ganhar espaço!!! tirem a escultura de homenagem a Amélia Rey-Colaço - uma pessoa que entregou toda a sua vida aquele teatro e que devia servir de exemplo constante -, nomeia um director que não tem seguramente provas dadas no campo do Teatro mais parecendo um bonecreiro de feira. O que se passa com o TNDM é de facto uma vergonha. Os portugueses são pobres mesquinhos miseráveis. Nunca promovem os seus valores. Que pena!