«A O vereador da Câmara de Lisboa eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, é contra o uso de câmaras de videovigilância nas ruas da cidade.
Esta é uma possibilidade anunciada recentemente pelo presidente da autarquia, António Costa (PS), para aumentar a segurança e melhorar a qualidade de vida dos habitantes do Bairro Alto. "Sou genericamente a favor de todas as medidas apresentadas, excepto dessa. Não me sinto bem num sítio vigiado e também não acho que isso resolva nenhum problema", observa. "Disse-o claramente nas reuniões preparatórias" do programa de actuação camarária no Bairro Alto, acrescenta o vereador.
Este programa inclui o aumento do policiamento e da limpeza, a redução dos horários de funcionamento dos bares e acções para conter a proliferação de graffiti.
Ontem, na Assembleia Municipal de Lisboa, o BE foi bastante mais longe e tentou que os deputados municipais suspendessem "todas as medidas de natureza repressiva decididas unilateralmente pela câmara, até que todos os actores políticos e sociais da zona de pronunciem". O líder da bancada bloquista, que declarou que António Costa agiu "de forma autocrática", não conseguiu suspender as medidas, mas viu aprovadas as restantes partes da sua proposta, que recomenda ao executivo municipal "a elaboração imediata de um plano de requalificação do Bairro Alto", de forma a "conseguir a reabilitação das dezenas de edifícios abandonados e degradados" que ali existem.
Seja como for, esta é mais uma matéria em que Sá Fernandes e Bloco demonstram divergências: no entender de Heitor de Sousa, o vereador "não teve bem consciência de todas as implicações" destas medidas, enquanto para Sá Fernandes "Heitor de Sousa está a ver muito mal o problema". A assembleia aprovou ainda uma moção do PSD condenando a extensão da concessão do terminal de contentores à empresa Liscont, em Alcântara. A.H. (...)»
Compreendo Sá Fernandes mas ele está errado, até porque o que não falta em Lisboa são câmaras de videovigilância por tudo quanto é lado, inclusivamente na via pública e em espaços públicos. E quem não deve não teme.
3 comentários:
"Não me sinto bem num sítio vigiado e também não acho que isso resolva nenhum problema".....
Creio que será também a opinião dos vendedores de droga, carteiristas, grafiteiros, vândalos, etc.
Ou este cavalheiro deu um salto mortal populista...ou vive em
1965 ?????
JA
Como se a videovigilancia fizesse a diferença. Em londres já se provou que mais vale um candeeiro acesso que camêras... mas Portugal anda sempre com 20 anos de atraso vai cair na mesma esparrela. Amanhã quando votarem num Hitler... depois logo se queixarão que afinal a privacidade implica liberdade.
....pois... e quantos crimes são (bem) esclarecidos graças à videovigilância ?
JA
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