28/10/2008

TRAVESSA DE S. TOMÉ: «acesso condicionado a peões» ou a liberdade de estacionar entre a UPA e a EMEL







Alguém consegue ver a passadeira? E o que será que querem mesmo dizer com a placa «acesso condicionado»? As imagens provam que não há condições para os automóveis... são totalmente livres para estacionarem como lhes apetecer. Portanto deve ser «acesso condicionado» a peões (por isso é que lá deve estar aquele boneco de um peão em cima de uma linha interrompida).

Este passeio e passadeira são um verdadeiro paradigma da nossa capital. Vejamos os factos:

- Estão exactamente entalados entre a entrada da Unidade de Projecto de Alfama (UPA) e a rampa de acesso do Parque das Portas do Sol da EMEL.

Há anos que vemos este cenário de viaturas de transporte individual estacionadas por todo o lado e de qualquer maneira, prejudicando a mobilidade dos peões. Neste local turístico por excelência, há um fluxo intenso de peões - o arruamento é muito usado por turistas nas suas deslocações pedonais entre o Miradouro das Portas do Sol, o Miradouro da Graça e Alfama.

Por sua vez, o Beco de Santa Helena - entrada/saída do novo Parque de estacionamento da EMEL nas Portas do Sol (que nos custou 5 milhões de euros!) - está diariamente e impunemente invadido por estacionamento! Alguém sabe de um caso igual? Uma situação absolutamente anómala. De uma originalidade totalmente lisboeta!

Mas todo este estacionamento selvagem nas Portas do Sol prejudica não só a mobilidade dos peões como também a própria circulação viária. A maior vitima é, como sempre, o eléctrico 28 - perguntem a qualquer guarda-freio quais são os pontos negros da linha em matéria de estacionamento selvagem...

Resumindo: todo o passeio da Travesa de S. Tomé, desde o Beco de Santa Helena (entrada do Parque da EMEL) até ao cruzamento com a Rua de S. Tomé (UPA), precisa urgentemente de pilaretes como se pode ver.

O Vereador Marcos Perestrello já foi alertado, por diversas vezes desde que tomou posse, para este problema. Só nos resta aguardar que o estudo da instalação de pilaretes na envolvência do Parque das Portas do Sol passe à fase de execução. Até lá, continuaremos a denunciar estes crimes contra a mobilidade dos peões.

7 comentários:

Corine disse...

Caro FJorge, tudo o que aqui diz tem alguma verdade mas, se conhece-se de facto os problemas do local ssaberia porque está o acesso ao parque e os restantes espaços circundantes repletos de carros. Saberia que o projecto necessário, e o que prometia este tão afamado parque de estacionamento prometia e não cumpre. Não creio que os pilaretes seja aquilo que faz realmente falta tanto à freguesia de Santiago como a de São Vicente de Fora para acabar com este problema.

Anónimo disse...

E será "se conhece-se" ou "se conhecesse"?

M Isabel G disse...

E o escândalo junto à entrada para o estacionamento do COrte Inglês?
Carros em cima das curvas, em segundas filas, passadeiras, terceiras filas, riscos amarelos, zebras...cheínho de viaturas de topo de gama...
É gente poupadinha. Lá dentro estão os "tansos", os cumpridores, os que pagam...
Aos que cá estão fora, de borla, nada lhes acontece.
O parque de estacionamento? Uma agradável surpresa:)
Espero que um dia, que precisem de entrar viaturas de bombeiros, não aconteça o pior. A irresponsabilidade é total.
Uma pessoa já está farta disto.

Anónimo disse...

Nesta matéria, tive já ocasião de verificar que a eficácia das acções dos cidadãos depende muito da forma que essas acções tomam.

Há meses atrás, farto de ver a rua onde o meu pai mora, em Lisboa, cheia de carros nos passeios, com aspecto e consequências semelhantes aos documentados neste artigo, resolvi escrever um texto sucinto mas cuidado, chamando a atenção para o perigo objectivo que a situação implicava para os peões e em particular os que têm mobilidade reduzida, etc.
Enviei este texto (por email) para todas as entidades que pudessem ter algo a ver com o assunto: CML, Assembleia Municipal, Junta de Freguesia, etc.

Recebi pelo menos duas respostas, da Assembleia Municipal e da Polícia Municipal. Não prometiam resolver o problema, mas poucas semanas depois a polícia foi ao local e bloqueou e/ou autuou os carros que estavam nos passeios. Nas semanas seguintes, o estacionamento nesta rua e circundantes foi quase exemplar. Entretanto, a situação voltou a degradar-se (embora se notem ainda efeitos residuais da intervenção). Está na altura de alguém voltar a escrever uma carta ou um email.

Em resumo: em questões como esta, telefonar provavelmente não serve para nada, mas escrever, em papel ou por email, pode ter algum efeito.

Anónimo disse...

é inacreditável! e pensar que milhares de turistas já tiveram de pasar por ali - ou melhor, não passaram! e queremos ser um destino turístico de 1ª classe!

Anónimo disse...

O que resolve é tirar os carros do centro histórico da cidade. Lisboa deve ser a única capital da UE que ainda tem praças e largos destes atafulhados de automóveis privados.

Corine disse...

noutros sitios não acontecerá(?)assim porque talvez os assuntos sejam tratados com a importancia devida e por onde devem ser 'agarrados'. quanto a esta ultima observação, quase me atrevo a afirmar que o senhor(a) não mora no centro histórico e vem aqui só para passear. é pena que nunca se sinta a capacidade de nos pormos na pele dos outros.