Lisboa. Edifício dos arquitectos Valsassina e Aires Mateus não foi licenciado O PSD vai apresentar em breve na Câmara de Lisboa uma proposta de criação de um jardim como alternativa ao projecto urbanístico para o Largo do Rato, da autoria dos arquitectos Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus para a esquina das ruas Alexandre Herculano e do Salitre, em Lisboa, cujo licenciamento foi inviabilizado em Julho pelo executivo municipal com 11 votos contra e seis a favor.
Margarida Saavedra, arquitecta e vereadora social-democrata, sustenta que "a criação de uma zona verde ajardinada naquele local (ideia que já vem do mandato de Jorge Sampaio) seria uma boa solução porque contribuiria para a reabilitação e valorização do Largo Rato e do seu conjunto composto por edifícios notáveis como o Palácio Palmela (Procuradoria-Geral da República, a Sinagoga, ou mesmo o Palácio dos Marqueses da Praia (sede do PS)". A vereadora social-democrata lembra que " para a cidade o ónus será muito maior caso esta obra vá para frente, do que se a Câmara tiver que pagar uma indemnização ao promotor por expectativas criadas com a aprovação do projecto".
Recorde-se que o promotor, o empresário Vaz Guedes, escolheu a dupla de conhecidos projectistas para conceber um imóvel destinado a habitação e comércio, o qual tem conhecido alguma contestação, devido à escala, implantação e ao relacionamento com a envolvente.
O PSD defende que a câmara poderia negociar um acordo com o promotor. "O quarteirão do Mercado do Rato é municipal e poderia ser uma moeda de troca", sublinha Saavedra. Para a Junta de Freguesia de S. Mamede, que aplaude a nova proposta, "importante é também salvaguardar alternativas dignas para a Associação Escolar de S. Mamede (que ocupa actualmente o lote em causa), bem como para os comerciantes do Mercado do Rato. No acordo que viesse a ser conseguido com o promotor, o município deveria assegurar, no futuro empreendimento a existência de uma componente comercial adaptada à realidade da zona e aos tempos actuais", disse ao DN Duarte Calvão, vogal daquela autarquia.
In DN
5 comentários:
A arq.ª Margarida Saavedra que já revelou a sua genialidade no projecto da Império, volta a revelar-se na vanguarda do pensamento arquitectónico desta cidade, com esta proposta para o gaveto do Rato.
Pergunta: se o PSD está tão preocupado com a falta de jardins na freguesia, porque não transforma o Mercado do Rato num jardim?
Resposta: porque fica no interior de um quarteirão, e não é visível para os milhares de eleitores que ali passam diariamente.
Mesmo assim gostei daquelas arvores todas em photoshop. É o progresso ao serviço da política e da cidadania.
Apesar de não ser totalmente favorável à destruição total do edificado, como 1º subscritor da petição levada a efeito contra a construção do edifício a que se propunham, folgo em ver que começam a surgir alguns projectos à laia de debate público de ideias, como este que aqui se posta, bem como um outro levado a cabo por Luis Marques da Silva, membro deste fórum. Era mesmo isso que se pretendia. Trazer a Lisboa o debate, a discussão, pois Lisboa é dos lisboetas e não de meia dúzia de iluminados.
Será postada igual mesnsagem no outro titulo referido e subordinado à mesma matéria.
Jorge Santos Silva
Sim, sim, também acho bonito quando as simpáticas iniciativas dos cidadãos são aproveitados pelos políticos.
Depois vemos que jardins faz o PSD quando ganhar as eleiçoes.
Quanto aos cidadãos preocupados com a "destruição" do edificado, pode ser que haja lugar para eles nas listas eleitorais.
Já lá há 3 desses na vereação da Câmara.
Temos visto o trabalho que têm feito
Saiba caro anónimo, que me é absolutamente indiferente a iniciativa ser aproveitada pelos partidos políticos com assento na CML. Oxalá que sim. É sinónimo de que as preocupações que nos levaram a actuar tiveram acolhimento em quem de direito. Não o faço por protagonismo mas sim por cidadania. Venham mais propostas sejam do PSD seja de quem for. É essa a ideia. Pensar, debater e finalmente escolher o que é melhor para a cidade.
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