28/10/2008

Os apêndices impostos nas Lanternas Lisbonenses







É este o espectáculo de decadência oferecido pelas floreiras penduradas nas consolas de iluminação de alguns bairros históricos. Este pueril projecto de «embelezamento» data do tempo do executivo anterior (foi uma das medidas populistas de Santana Lopes).

A ideia, mal copiada dos países do norte da Europa, não é viável em Lisboa como se pode facilmente verificar:

-O nosso clima quente e seco não é adequado a este tipo de floreiras muito exigentes em rega;

-A nossa dificuldade de manutenção de equipamentos públicos leva à rápida morte das plantas;

Por exigirem muitos cuidados de manutenção e água, estas floreiras são pouco ecológicas e por esse motivo não devem ser incentivadas. E com tantos espaços verdes a precisarem de atenção, desviar recursos humanos e financeiros para estes brinquedos é um absurdo.

Por último, as floreiras têm um impacto negativo nas históricas consolas de iluminação dos bairros antigos (a consola é um modelo de 1888 e a lanterna segue um protótipo do séc. XVIII). De facto, a emblemática Lanterna Lisbonense só têm a ganhar se ficar livre destas feias bacias de plástico com plantas mortas.

As fotos revelam bem o impacto destas floreiras no ambiente urbano do Ascensor da Bica (classificado Monumento Nacional). Há vários anos que estas floreiras estão assim (...morreram logo no primeiro verão). Parece que a R. do Barão e a R. de S. João da Praça foram os únicos locais onde estes apêndices já foram retirados (Freguesia da Sé).
[Em consequência desta denúncia, as floreiras já foram retiradas por ordem do Director Municipal de Ambiente Urbano]

14 comentários:

M Isabel G disse...

Reparei há dias nessa vil tristeza, Fernando Jorge...

Anónimo disse...

Sugiro que se coloquem artificiais...já as há bem realistas.

Anónimo disse...

O Presidente da Sé é aquela máquina. Resolve rápido, actua por antecipação... e dá cara.

Anónimo disse...

Artificiais? Já agora cubram-se os jardins de lisboa de relva artificial e encham-se de flores de plástico. Não precisam de rega nem de poda.Mas por que carga d'água hão-de os candeeiros de ter florzinhas? Se todos tivessem luz já seriam bom.

Anónimo disse...

O comentário acima é meu. As minhas desculpas

Anónimo disse...

Já agora emendo: Já seria bom em vez de seiam bom

Anónimo disse...

E já agora, reparem na falta de manutenção dos próprios candeeiros: as lanternas estão sujas e as consolas também agradeciam uma limpeza, senão mesmo uma pintura.

M Isabel G disse...

Se me permitem, o melhor é tirar as floreiras.
Lisboa não é uma cidadezinha inglesa ou alemã onde os habitantes zelam pelas floreiras e pelos jardins da frente.
Não temos clima nem hábitos de manutenção dos espaços públicos (é ver este blog).
Para serem de plástico, mais vale estar quietos. Aquilo fica descolorido e ainda parece mais miserável.

Anónimo disse...

Absolutamente! Tratem é do Miradouro de Santa Catarina! Aquilo está cheio de graffiti, cepos, relvados cheios de peladas, mobiliário urbano em miserável estado, uma esplanada e quiosque de terceiro-mundo... nem vou continuar.

Anónimo disse...

Humm...não conhecia esta saloiice.
E tão pouco sabia que o sr. Santana Lopes sofria de mau gosto tão agudo.....

JA

Anónimo disse...

Se o Santana sofria de mau gosto, ou gosto nenhum, isso já todos deviamos saber pois fomos (des)governados por ele durante vários negros anos! Mas o que não sabiamos era que, os que lá estão agora, na cadeira do poder municipal, eram cegos.

FJorge disse...

Após esta denúncia, as floreiras foram retiradas por ordem do Director Municipal de Ambiente Urbano.

Anónimo disse...

andam todos em conversa de gabinetes e etc. por isso não podem ver o óbvio, a realidade!

Anónimo disse...

Que bonito, um ninho para passaros.
Uma ideia espectaculo, de certeza unica na Europa. LOL.