28/10/2008

Os folhetins da crise - por Mário Soares

A propósito da petição lançada por Miguel Sousa Tavares, subordinada ao tema "Lisboa é das pessoas, mais contentores não!", parece-me oportuna a publicação do texto de opinião do Dr. Mário Soares, que se segue:

DN: 21-10-2008

A Frente Ribeirinha.

Li, com muito agrado e atenção, o artigo tão corajoso, lúcido e oportuno que Miguel Sousa Tavares escreveu no Expresso do passado sábado. Nele exprime a sua sensibilidade e indignação de lisboeta - que coincide com a minha - por as autoridades camarárias, portuárias ou seja quem for, estarem de novo a tirar a vista do Tejo aos lisboetas, aos portugueses e aos turistas, com a proliferação dos contentores e das construções e, consequentemente, vedando ao público as respectivas áreas. É um erro imperdoável - e uma falta manifesta de senso - o que se está a deixar fazer, sempre à socapa. Veja-se como as poucas áreas ajardinadas à beira do Tejo estão cheias de gente nos fins-de-semana e nos feriados! A regra é sempre a mesma. Começam por pôr tapumes e quando os transeuntes acordam e os tapumes são retirados, o Tejo deixa de se ver, oculto pelas construções ou pelos contentores, agora já de três andares. Uma vergonha, que só pode resultar, como se suspeita, de amplas negociatas...

2 comentários:

Anónimo disse...

Falou o campeão da hipocrisia.

Anónimo disse...

Mas no caso concreto com carradas de razão