04/02/2012

Petição contra silo no Corpo Santo tem 1672 assinaturas



Mais de 1600 pessoas já assinaram a petição onlinecontra a construção de um silo automóvel de três andares no Largo do Corpo Santo, junto à Avenida Ribeira das Naus, em Lisboa. Até às 20h de ontem, a iniciativa de um grupo de moradores da Baixa lisboeta reunia 1672 assinaturas.
Os moradores consideram que o silo - solução avançada pela câmara para substituir o estacionamento subterrâneo inicialmente projectado para a zona, devido aos custos associados - vai criar "uma enorme barreira visual entre a cidade e o rio e descaracterizar" aquela zona da cidade. "A localização de Lisboa junto ao lago formado pelo Tejo confere-lhe um carácter único e pouco aproveitado por lisboetas e turistas, afastados do rio por linhas de comboio, docas e contentores", lê-se na petição.
Afirmando que a recuperação da Ribeira das Naus era "um passo na direcção certa", juntamente com a criação de zonas pedonais junto ao rio e jardins, os subscritores dizem que foram surpreendidos com o projecto do silo automóvel. "E não se trata de uma construção térrea, discreta, que se possa perder entre os edifícios circundantes, mas antes um silo de três andares, que irá constituir uma enorme barreira visual entre a cidade e o rio", afirmam.
Os moradores criticam ainda que se possa construir "um edifício com aquela volumetria" numa zona onde "ninguém pode sequer alterar uma janela". Defendem também que o "já insuportável" trânsito na Rua do Arsenal "irá ser ainda mais agravado com as viaturas que venham a utilizar o futuro parque" e que aquela zona é uma das "melhor servidas por transportes públicos", pelo que não se justifica o investimento no transporte privado.
Na reunião camarária de 25 de Janeiro, o presidente da câmara, António Costa, mostrou-se disponível para discutir outras formas de estacionamento na Avenida Ribeira das Naus. "Vamos trazer as diferentes hipóteses para a câmara estudar. Podemos escolher não fazer estacionamento nenhum, ou apenas o essencial", disse.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Podemos escolher não fazer estacionamento nenhum, ou apenas o essencial"
Quer dizer, assinaram o auto de consignação das obras sem sequer lhes ter passado pelas pobres cabecinhas uma coisa que se mete pelos olhos dentro a qualquer um?

E porque raio iam fazer mais que o essencial?

Isto anda tudo ao Deus dará, tudo é feito em cima do joelho...

Filipe Melo Sousa disse...

Claro que querem embargar a obra. Para depois poder implicar com os carros nas ruas.