15/07/2013

Alfredo da Costa a dias de fechar portas


In Sol Online (15/7/2013)
por Catarina Guerreiro e Joana Ferreira Costa

«A transferência de todos os serviços da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) para o Hospital D. Estefânia deverá estar concluída nas próximas semanas. Segundo apurou o SOL, apenas o serviço de procriação medicamente assistida poderá ficar mais tempo nas instalações da MAC, até ser transferido para o Hospital de S. Francisco Xavier, onde estão a ser realizadas obras.

De resto, está previsto que nos próximos dias a MAC esteja «esvaziada» e que se inicie uma nova reorganização da rede materno-infantil, definindo os serviços para as grávidas, tendo em conta as zonas que cada hospital e centro de saúde deve atender. A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo enviou já um documento às unidades de saúde e, segundo o SOL apurou, o Santa Maria passará a receber alguns dos partos que até agora eram feitos na MAC.

Uma das razões que terão levado a tutela a aceitar esta a mudança é o facto de se tratar de um hospital universitário, estando a fazer somente 1.800 partos por ano (apenas mais 500 do mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde).

A transferência de serviços está a ser feita enquanto ainda decorre, no Tribunal Administrativo de Lisboa, a providência cautelar interposta por cidadãos que contestam o fecho da maternidade – correndo-se o risco de, quando houver sentença, a MAC já ter as portas fechadas.

Na quinta-feira os profissionais da MAC realizaram um plenário para debater a situação. «Há uma enorme instabilidade porque não há decisão do tribunal e mesmo assim querem esvaziar a maternidade», disse ao SOL fonte da Federação Nacional dos Médicos, acrescentando: «Acredito que os médicos irão a recusar-se a sair».

7 comentários:

Anónimo disse...

E uma visita guiada antes que se comece a deteriorar?

Filipe Melo Sousa disse...

Querem manter a maternidade? Façam filhos e paguem 3.000€ do próprio bolso pelo parto, que é o que custa. Porque manter aberto algo que não serve para nada, num estado falido, é de doidos. Fazer plenários a pedir o dinheiro dos outros é fácil.

Anónimo disse...

Filipe qual é o teu emprego? Tenho 19 anos e talvez seja eu a pagar a tua Reforma.
Por incrível que pareça os meus pais deram-me dinheiro para constituir uma espécie de PPR e com a obrigatoriedade de mensalmente deixar lá uns míseros cobres que terão de sobrar da mesada. Porque ainda não acabei a licenciatura. Mas lá em casa já se discute estas questões há anos. Já compreendi aquilo que tu que és mais velho ainda não compreendeste.
Areja essa tola e percebe o que os mais entendidos têm explicado.
Mesmo que tenhas nascido lá, na Maternidade, não percebeste os filmes ou as cenas que estão a passar-se. Não serve para nada.
Ainda vais nas pastilhas que te vendem, atualiza-te e reflete.
Estás preocupado com as finanças.
É de louvar.
Mas eu também não quero pagar a tua Reforma.
Agora eu sou de esquerda, mesmo não sabendo onde começa ou acaba.
Mas já deu para perceber que a social-democracia na Europa está falida. Ao contrário de ti ... comecei por estudar que aquela também estaria à esquerda, mas evoluí, estudando e refletindo que foi engolida por outras teorias que me levam a dizer que é um erro transformar a Maternidade em Hotel ou em coisa similar.
Queres apostar.
Aconselho-te a fazer também um PPR e talvez daqui a pouco tempo possas concordar comigo.
Esta crise ainda não começou.
Tenho que estar mais otimista do que tu, porque sou mais novo e vou pagar-te a Reforma.
Um abraço.

Filipe Melo Sousa disse...

Caro anonimo,

deixa-me responder-te de forma amiga e sem qualquer tipo de segundas intenções. O meu emprego e cv estão disponíveis no meu perfil blogger a pedido e curiosidade de muitas famílias. É seguir o link.

Sim, vivo desafogadamente, e a minha reforma virá exclusivamente do fundo de pensões da empresa. Não te preocupes, não serás tu a pagá-la. Quando me reformar, provavelmente aos 68 anos, tu terás 52, e por essa aconselho-te a estares fora do país.

Dito isto, não nasci na MAC, mas a 500m dali, no Hospital Particular. A MAC, é uma estrutura desadequada com demasiada capacidade. É razoável fechá-la, e penso sobretudo em ti (não em mim que já estou fora do país) quando digo isso. Não sei com que dinheiro queres manter o circo de luxo que nunca tivemos dinheiro para sustentar.

Portugal terá de se ajustar ao que realmente vale, e produz. Isso significa talvez salários de 500€. Quando perceberes isso poderás tomar uma decisao esclarecida se queres ficar no país ou não.

Anónimo disse...

Vivam os heróis que debandam mas não deixam de ter opinião sobre como os que ficam devem viver.
Vivam os esclarecidos que se vão embora do país porque não funciona e vivem em países com regras, obrigações de cidadania e responsabilização pela vida pública mas acham que os que ficam têm de continuar a chafurdar na sujidade.
Vivam aqueles que vivem na ilusão que de nada lhes veio do Estado porque tiveram a oportunidade de pagar saúde privada o que significa que não aconteceu de terem de necessitar de tratamentos muito especializado, como acontece em doenças graves e gravíssimas e para esses casos só os hospitais públicos têm capacidade técnica.
Vivam aqueles que no futuro farão tanta falta ao país quanto fazem agora, ou seja, nada.
Vivam aqueles que cospem no seu ADN pois deles será um futuro brilhante.

Catarina Silvestre disse...

um bocadinho desactualizada esta notícia... já que foi interposta uma providência cautelar que deu razão aos cidadãos que a interpuseram. A MAC não pode fechar, disse o Tribunal. Qualquer atitude contrária, será enfraquecer o nosso sistema judicial ou dar razão aos ignorantes como o senhor acima que, coitado, está a leste e compra tudo o que lê. Oxalá o tiro não se vire contra o atirador e possa pagar tudo aquilo que agora consente em alienar... Portugal tem os melhores índices de saúde infantil à nascença e assistencia materna. Como se conseguem estes resultados? Com instituições como a MAC, e uma equipa e know how que não se cria do zero em qualquer lugar, demorou 90 anos a constituir. Desmantelar agora tudo, todos os hospitais, para fazer um hotel da Isabel dos Santos? Mais um? e ainda existirem portugueses a aconselhar isso, sem terem noção que estão a ser absolutos paus mandados, é que é mesmo triste. Vão à raiz, leiam sem ser os títulos, peçam documentos, estudem que dá trabalho... e depois tirem as conclusões sozinhos. Pois, não é fácil, mas ir na corrente enquanto se está no sofá é tão mais simples...que pena.

Anónimo disse...

Sr. Filipe Melo Sousa este caso da maternidade tem pouco a ver com os seus custos, mas tudo a ver com a política criminosa do gang que lidera a especulação imobiliária e os amigos do gang dos Hotéis. O mesmo estava para acontecer com o Hospital D. estefânia só que a sua proveniência estava mais bem defendida... Não espero que perceba, mas deixe-me dizer-lhe esta trama e a desculpa do novo Hospital construída numa das piores zonas para o efeito, é possível porque temos gente como o sr. Também deve achar bem a pantomima das torres que ali querem construir... Entre outras aberracções de novos ricos de meia-leca. Também nasci em Maternidade privada, felizmente é rarissimo ir a um hospital, mas não me importo nada que o meudinheiro seja aplicado nesse ramo. Já me importo com os ladrões do governo e da Assembleia, com a dívida fraudulenta e muitas outras coisas que nem vale a pena mencionar.