02/07/2013

Sociedade Civil

Caro Sr. Presidente da CML,

num período político em que, mais uma vez, vem pedir a confiança aos cidadãos de Lisboa e pôr-se à sua disposição para trabalhar em função dos melhores interesses daqueles que vivem e trabalham na cidade, como justifica que, num espaço de fruição pública como a Alameda Afonso Henriques, com o seu famoso relvado e vistas pensadas para impactar e encantar, a sua fonte monumental e as suas esplanadas, tenha permitido que a sua campanha colocasse um placard de grandes dimensões onde a propaganda política é a única função, em desfavor claro daqueles que espera cativar?
Este "monstro" não presta um serviço público, é mera propaganda política desprovida de qualquer caráter informativo ou esclarecedor, e, além de ser tremenda poluição visual, propalar que "juntos fazemos Lisboa" é enganador, sensacionalista e facilmente comprovável não ser verdade: quantas pessoas concordam com este tipo de propaganda? Quantas pessoas estão ao seu lado neste tipo de insensibilidade? Quantos cidadãos respeitam ver o seu espaço invadido por mais do mesmo?
Faça um favor àqueles que votarão e não votarão em si: mande tirar este placard da Alameda e de todos os espaços semelhantes! E já agora todos os dos outros partidos que, nisto e noutras coisas, se mostram iguais entre si.



PS- caro leitor, envie-nos casos semelhantes de falta de consideração pelo cidadão onde a propaganda não é mais que poluição, barulho de fundo, desinformação.

6 comentários:

Anónimo disse...

Que raio é empactar?

Anónimo disse...

Quem tem dinheiro utiliza esta propaganda, quem tem pouco utiliza uma menor dimensão, quem não tem,
o que resta? Pintar paredes?
A ostentação do poder.
Depois a falta de educação, o não perceber que com o tempo a população ou os munícipes vão ganhando consciência e reprovando estes comportamentos autoritários, no sentido de quem tem dinheiro impõe-se.
É assim tão difícil regular e legislar esta ostentação?
Pintar paredes é feio, mas esta forma será mais estética? Talvez.
Para quem se indigna, talvez não vendo o lixo e os carros em cima dos passeios, deveria explicar como deveria ser a propaganda eleitoral. Essas pessoas que não se vêem ao espelho talvez quisessem um partido único, assim não havia necessidade de placares. Aos pequenos candidatos e pequenos partidos o que resta?
Estamos à espera de boas ideias.

Anónimo disse...

Apareceram por aí uns placards onde está escrito "you can also vote", que é para os cidadãos dos PALOPS ou os dos países de Leste perceberem bem, eheh...

Anónimo disse...

Adenda:

E, meramente por me soar melhor ao ouvido (mas não sou nenhuma autoridade em línguas modernas), parecia-me preferível "you can vote too" ou, talvez, "you too can vote".

Estarei errado?

Anónimo disse...

O que de facto está escrito nos placards é "You MAY also vote". Quanto ao essencial, parecia-me (sublinho parecia-me) preferível "You too can vote".

Vítor disse...

Existe um outro junto ao viaduto do Fonte Nova, em Benfica