C O M U N I C A D O ACA-M:
"ÚLTIMA HORA: Arquivamento do processo-crime do atropelamento na Av. Ceuta (Lisboa, 29/04)
O processo-crime relativo ao atropelamento mortal da Rafela Carina Bogas acaba de ser arquivado pelo Ministério Público, por falta de provas.
A Rafaela foi a menina de oito anos que morreu atropelada por um táxi na Av. de Ceuta, frente ao Bairro do Cabrinha, a 29 de Abril deste ano, quando atravessava a passadeira.
Este é mais um caso chocante em que o estado oblitera a memória das vítimas mortais das estradas portuguesa, e também a memória da sua própria responsabilidade nessas mortes.
Porque o Ministério Público deveria ter investigado:
- a acção do taxista que chegou em grande velocidade ao semáforo e o encontrou já verde
- a acção do departamento de tráfego da Câmara Municipal de Lisboa, que retirou segundos no “tempo de varrimento”, impossibilitando que uma criança pudesse atravessar a via rápida que é a Av. Ceuta.
- a acção da vereação de urbanismo e a presidência da CML, ao tempo do Dr. João Soares, que construiu dos bairros sociais, com escola, cortados por uma via rápida.
E não investigou porque nunca investiga responsabilidades criminais que não a dos condutores.
E não investigou porque achou não ter indícios suficientes, apesar de o taxista, que conduzia em excesso de velocidade, ter aparentemente fugido do local do atropelamento.
E não investigou porque a PSP não tem brigadas de investigação criminal e se limitou a “levantar um auto” que não permite a investigação de qualquer prova.
E não pediu à Brigada de Investigação Criminal da GNR que investigasse o atropelamento depois do facto ter ocorrido.
A 48 horas do Dia em Memória das Vítimas da Estrada, a ACA-M apela a que o estado deixe de fechar os olhos à tragédia da morte violenta nas estradas e ruas portuguesas a aja concertada e responsavelmente contra o crime rodoviário. "
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