Operação Baixa-Chiado vai hoje a votos na câmara
In Diário de Notícias (6/11/2006)
Por Luísa Botinas e Susana Leitão
"O ministro do Ambiente, Nunes Correia, elogiou recentemente a proposta de plano de revitalização para a Baixa-Chiado. Com esta receptividade governamental, vai ser interessante conhecer a posição do executivo municipal de Lisboa, que hoje analisa e vota na generalidade o documento apresentado no início de Outubro por Maria José Nogueira Pinto.
Abraçando a reabilitação do coração da cidade como o desafio marcante do seu mandato de vereadora na maior câmara do País, a ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deitou mãos à obra, traçou estratégias, definiu calendários e estabeleceu metas. Em seis meses, depois de nomear um comissariado, transversal e "resistente aos ciclos eleitorais", eis que submete a proposta à autarquia da capital.
Câmara, Governo e promotores privados integram um modelo de gestão proposto para a concretização desta megaoperação com prazo de conclusão marcado para 2020. A parceria constituída para renovar o centro histórico da cidade é, a vários títulos, semelhante a outras criadas para as intervenções Polis.
Com um investimento global previsto de 1145 milhões de euros, a revitalização da Baixa-Chiado pretende voltar a ocupar 13 por cento dos imóveis devolutos deste território, aumentar a população residente em 10 a 12 mil habitantes até 2020, reabilitar totalmente os imóveis e o espaço público, reforçar a componente turística da zona, transformando-a num novo centro financeiro e num "centro comercial sem limites".
A concretização destes objectivos passa pela execução de projectos estruturantes em áreas consideradas estratégicas. Por exemplo, fazer a Circular das Colinas (uma ligação em contínuo entre o vale de Santo António e a Avenida Infante Santo) será fundamental para melhorar a mobilidade. Tal como o condicionamento do tráfego particular de atravessamento na Baixa pombalina, sobretudo no Terreiro do Paço e nas ruas do Ouro e da Prata. Em matéria de habitação, uma das prioridades definidas assenta na inversão da desertificação, criando-se condições para a compra de casas por parte de jovens e classe média. Da parte do ministro já parece haver luz verde, falta conhecer a da Câmara de Lisboa."
06/11/2006
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