09/07/2007

Júdice faz ultimato a Marques Mendes

In Diário de Notícias (9/7/2007)
EVA CABRAL, FILIPE MORAIS e JOÃO PEDRO HENRIQUES
TIAGO MELO (imagem)

«A escassos cinco dias de terminar, a campanha para as eleições intercalares de Lisboa azedou. Marques Mendes acusou Manuel Salgado, número dois da lista de António Costa, de defender interesses próprios na desactivação dos terrenos do aeroporto da Portela.

Em simultâneo, a generalidade das candidaturas atacou Carmona Rodrigues, partindo de uma notícia do Público dando conta de alegadas acções da empresa municipal Gebalis (presidida por Francisco Ribeiro, militante do PSD que integra a lista de Carmona) a favor da campanha do ex-presidente da câmara. Esse favorecimento passaria por contratar o cantor Toy, que apoia Carmona e lhe fez o hino, para um concerto num bairro controlado pela Gebalis.

No "caso" Salgado, pela campanha de Costa respondeu um peso-pesado, o mandatário da candidatura - e ex-militante do PSD -, José Miguel Júdice. Este emitiu um comunicado "exigindo" que num "prazo máximo de 48 horas" Mendes pedisse desculpa ou "em alternativa" mostrasse "as provas que possui". "Isto não é o verdadeiro PSD", disse Júdice ao DN, que caso Mendes não peça desculpa só espera "dos lisboetas e dos militantes do PSD uma "censura política" ao líder social-democrata e à candidatura do partido em Lisboa.

No "caso" Gebalis, a candidatura de Fernando Negrão (PSD) emitiu um comunicado uma queixa na CNE por se estar perante factos que "revelam um aproveitamento ilegítimo de meios públicos" pela campanha de Carmona Rodrigues.

António Costa revelou-se mais suave. "Não quero acreditar que isso seja verdade. Aguardo que a Comissão Administrativa, que tem sido isenta, venha esclarecer a situação".

Na resposta, Carmona considerou estar-se perante um caso de "perseguição política" ao presidente da Gebalis, cuja demissão foi pedida pelo PSD. "Se calhar há muitos militantes do PSD a apoiar-me e isso está a causar descontentamento."

Em declarações à Lusa, Francisco Ribeiro também falou de "perseguição política". Explicou que o concerto não se chegou a realizar - sendo que, além do mais, estava previsto desde o princípio do ano.|
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Antes preferia saber:

- Quem ganha com a saída do aeroporto da Portela?
- Que empreendimento está a precisar de ser rentabilizado?

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