In Diário de Notícias (9/7/2007)
SUSETE FRANCISCO
DIANA QUINTELA (imagem)
«Uma hora e meia Tejo acima, entre as docas de Santo Amaro e o Parque das Nações, e António Garcia Pereira foi variando a apreciação entre o "desmando", a "brutalidade" urbanística e o "criminoso". De olhos postos na margem, ao leme de uma pequena embarcação de recreio, o candidato do MRPP à câmara da capital dedicou a manhã de ontem à frente ribeirinha de Lisboa. Ou, na opinião do advogado, ao que resta dela face às "barbaridades" da gestão do Porto de Lisboa.
A começar pelas "nesgas" de espaço transformadas em zona de lazer para os lisboetas - as docas, em Alcântara, depois o Terreiro do Paço, o Jardim do Tabaco e, muito mais à frente, a Expo 98. Muito pouco, critica Garcia Pereira, que também não poupa as edificações que estão a ser construídas junto ao rio: um hotel em Belém e dois edifícios destinados à Agência Europeia de Segurança Marítima - ou "dois caixotes" nas palavras do candidato . "Isto é um crime", acentua, defendendo que a cidade e o rio estão cada vez mais separados por "muros de cimento".
Qualificando a Administração do Porto de Lisboa - entidade que gere toda a frente ribeirinha da cidade - como uma "instituição feudal", Garcia Pereira defende a sua extinção, ficando a "gestão portuária entregue a um gabinete dirigido directamente pela câmara". E, sobretudo, "seria a câmara a decidir sobre o urbanismo, em vez de ser confrontada com autênticas barbaridades." Como o complexo projectado para a zona de Santa Apolónia (um terminal de cruzeiros que prevê também uma zona comercial) e que será outro "muro" que isolará Alfama do Tejo. Para Garcia Pereira, alguém se anda a esquecer da História: "A alma de Lisboa é ser uma cidade fluvial e marítima. Desde os cartagineses. "| »
09/07/2007
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