03/02/2008

Pilaretes: ainda é polémico em Lisboa - 3



Mais um exemplo de Paris onde a instalação de pilaretes - neste caso concreto numa avenida larga - cria o espaço necessário para os peões circularem em segurança. Assim se devolve qualidade de vida aos espaços urbanos tradicionais que foram criados num mundo sem viaturas automóveis. Mais pessoas e menos carros é a receita para a cidade saudável do futuro. Por isso é que os bairros históricos de Lisboa, quando comparados com os de Paris, Amesterdão ou Barcelona, parecem tão doentes. E como exemplo da doença de Lisboa... a segunda imagem é bem reveladora: estacionamento em cima dos passeios junto da entrada do Parque da EMEL nas Portas do Sol. Como sabemos, uma prática corrente nas imediações de Parques de estacionamento - que ainda parece ser barata e pouco polémica. Só em Lisboa se produzem estas aberrações.

23 comentários:

Anónimo disse...

Na vergonhosa foto das Portas do Sol gosto particularmente de um pormenor. Do espaço que dois dos motoristas deixaram para permitir a passagem dos peões, MAS só um de cada vez, evidentemente, que estamos em Lisboa!

S.A.

Filipe Melo Sousa disse...

E alternativas sem pagar a roubalheira da EMEL, não há?

Anónimo disse...

Temos de ter paciência. Estamos em Portugal, estamos em Lisboa. Como disse várias vezes muitas das pessoas que estão em Lisboa, nem são de Lisboa. Apenas se servem da cidade. Não têm motivo para se preocupar com a qualidade de vida da mesma.

Anónimo disse...

Olá
Também já escrevi sobre isso: chega a haver mais carros cá fora mal estacionados do que dentro dos parques.
É sinistra a selvajaria junto aos parques do Corte Inglês, Colombo, Campo Pequeno, Valbom etc. É como se chamassem tansos ao que pagam para estacionar dentro da legalidade.
E nos jogos de futebol, pelo menos junto a Alvalade, os parques nem sequer chegam a encher, o que vendo bem, até está "certo":porquê pagar ou demorar a sair do parque se a céu aberto o passeio é de borla e se o carro fica já prontinho a sair?

Isabel
http://carmoeatrindade.blogspot.com/

Anónimo disse...

F Jorge,
Não sei se não terá já constatado que há já uma nova geração, crianças e jovens adultos que nunca viram a cidade sem carros nos passeios nem a cidade sem segundas e terceiras filas.
É preocupante verificar que cidade é esta que estamos a deixar para as crianças e novas gerações...
Isabel
http://carmoeatrindade.blogspot.com/

Filipe Melo Sousa disse...

muitas das pessoas que estão em Lisboa, nem são de Lisboa. Apenas se servem da cidade. Não têm motivo para se preocupar com a qualidade de vida da mesma.
muitas das pessoas que são de Lisboa não são sequer contribuintes para sustentá-la

É como se chamassem tansos ao que pagam para estacionar dentro da legalidade.
tipo.. yah

daniel costa-lourenço disse...

que tal arrasar a cidade e fazer um parque de estacionamento?

há pois...já não havia necessidade de existir um estacionamento....

Anónimo disse...

ó Pipo...

"não são sequer contribuintes para sustentá-la" então quem ganha mais dinheiro (presumindo que n foge ao fisco) mais tem mais direitos?

Filipe Melo Sousa disse...

quem ganha mais dinheiro (presumindo que apesar de lhe ser roubado algum pelo caminho) fica com mais para gastar. De resto são todos cidadãos com o mesmo direito, incluindo o de ir trabalhar para ganhar mais :)

Tiago R. disse...

A parte melhor é que estes carros estão estacionados na rampa de acesso ao parque da EMEL, que tem défice de utilização!

Alternativas, há.
Civismo é que não.

Anónimo disse...

No nosso bairro também era a maior confusão a todas as horas (moradores e visitantes) com o abuso do espaço público estacionando os veículos não só nos passeios e passadeiras. Desde que a Câmara colocou alguns pilaretes nas zonas mais críticas a calma regressou e ninguém foi impedido de ter carro!
Simplesmente já não se pode estacionar de qualquer maneira, em qualquer lugar.

Anónimo disse...

Pelo que vejo e leio por aqui, há bons exemplos de cidadania a acontecer na nossa cidade! Precisamos todos, para além de escrever as nossas opiniões aqui, de exigir mais e melhor. Não se esqueçam que este blog é apenas uma parte do exercício da cidadania!

JP

Anónimo disse...

"E alternativas sem pagar a roubalheira da EMEL, não há?"

Há! Transportes publicos Filipe Melo!

E estacionar em cima de passeios, passadeiras, bloquear a entrada das casas das pessoas, etc, etc, não é uma roubalheira bem maior?

Anónimo disse...

E há ainda uma solução que não impede o uso do carro: estacionar nos lugares destinados para isso. É claro que nem sempre conseguimos estacinar mesmo, mesmo a porta de casa ou debaixo da nossa janela. por vezes é preciso deixar uns metros mais além mas nada de escandaloso. O mesmo já não podemos dizer quando tentamos atravessar numa passadeira e já lá está um automóvel estacionado... isso sim, é chocante e difícil de esplicar aos meus filhos... Assim como explicar-lhes porque é que vamos pela estrada quando os passeios não nos permitem andar em segurança.

Vá lá, não custa mesmo nada ter carro e ao mesmo tempo respeitar os outros!

Anónimo disse...

errata: onde se lê "esplicar" deve ler-se explicar. obrigado.

JP

Filipe Melo Sousa disse...

Quando falo em alternativas, não procuro cenários de mobilidade piores, ou mesmo inexistentes.

E naquela zona da cidade, as pessoas habitam casas que não são propriamente delas. Pagam assim uma pseudo-renda de 1,50€. Repondendo à sua questão da roubalheira, deixe estar que com os impostos que eu pago (e elas não) eu ainda tenho um crédito de lhes estacionar à porta e bloquear a saída durante uns 50 anos.

Anónimo disse...

O participante filipe melo sousa "fala", não pensa. Insiste que "pensa"? Então não diga mais disparates como "eu ainda tenho um crédito de lhes estacionar à porta e bloquear a saída durante uns 50 anos". Pois eu, enquanto deficiente motor, tenho o direito a circular com segurança na cidade onde NASCI e onde VIVO. Discorda? Concorda? Ou pondera estacionar o seu carro numa das passadeiras da rua onde vivo para não pagar a "roubalheira" do estacionamento da emel?

Anónimo disse...

havia um programa na sic em que as meninas iam contar histórias de miséria, e quem conseguisse contas a história mais triste e fazer verter a lágrima levava um prémio para casa. uma espécie de feira das misérias. é impressionante como as pessoas pensam que a sua miséria interessa aos outros.

Anónimo disse...

eu por acaso vivo naquela zona da cidade e por acaso não pago 1,50€ de renda, mas 400 € (tal como muitos outros,santa ignorância que pensa que é tudo preto ou branco). Seguindo esta lógica, posso pedir-lhe a si e aos outros que não estacionem o carro à frente da minha porta e em cima do passeio que utilizo?

Fez um inventário dos prédios onde se paga mais e menos - e só estaciona à frente daqueles onde existem inquilinos que pagam uma renda baixa?

Anónimo disse...

por acaso o filipe tem razão. é que quem trabalha normalmente usa o carro. e quem liga mais aos pormenores da vida do dia a dia são os habitantes que estao la ha mto tempo e pagam as rendas antigas. querem que lhes paguem os impostos camararios para arranjar os passeios, mas depois n querem a classe media perto deles porque trazem transito e carros.

Anónimo disse...

Pois eu penso que o filipe não tem razão e não é nada "por acaso".

"é que quem trabalha normalmente usa o carro"

Importa-se de repetir? Quem usa transportes publicos não trabalha? As milhares de pessoas que todos os dias utilizam o Metro, Carris e Transtejo em Lisboa andam a passear, a ver as vistas? Devem andam a ver os modelos dos carros das pessoas que trabalham!

"e quem liga mais aos pormenores da vida do dia a dia são os habitantes que estão la ha mto tempo e pagam as rendas antigas"

Isto deve ter saido ou da boca do filipe ou de um "clone" seu. Que mundo tão simples!

"mas depois n querem a classe media perto deles porque trazem transito e carros."

Que naif! Então apenas a classe média estaciona em cima dos passeios?

E já agora, que classe é que está a contestar o estacionamento selvagem no centro da cidade?

FJorge disse...

Nem todos os que visitam este blogge de cidadania o fazem para ter razão.

Anónimo disse...

concerteza que o filipe melo sousa não está aqui nem para ter razão, nem por amor a lisboa. outros motivos o inspiram...