23/06/2009

Alumínios, PVCs, antenas e outras enfermidades

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«Recentemente o English Heritage efectuou um levantamento/ inquérito sobre quais os problemas que afectam Áreas de Conservação identificadas pelas autoridades locais

Abaixo segue a lista dos principais problemas, bem como a sua frequência:

- Vãos em PVC (83%);
- Má manutenção de estradas e passeios (60%);
- Ocupação desordenada da via (45%);
- Perda de vedações e jardins particulares (43%);
- Antenas parabólicas (38%);
- Medidas de condicionamento automóvel (36%);
- Alterações no edificado (34%);
- Aumento da área de construção sem preocupação de enquadramento (31%);
- Publicidade (23%);
- Espaços verdes negligenciados (18%).

Com excepção das vedações, que no nosso contexto talvez não seja muito aplicável (sendo substiuído pelos logradouros), os problemas não parecem ser distintos dos que afectam as nossas cidades.

Basta passear na baixa e outros bairros históricos para ver como a substituição de portas e janelas por outras de alumínio e PVC, e a instalação de antenas parabólicas e outras parafernálias contribuem para a má imagem do edificado, e consequentemente do espaço urbano.

Como o mau estado dos pavimentos, o excesso e desorganização da sinalização, mupis e outros obstáulos descaracterizam as vias públicas.

Com base neste estudo, o English Heritage vai lançar uma campanha de sensibilização aos residentes, grupos locais e políticos.

Nesta campanha pede-se:
1. A protecção de pequenos mas importantes detalhes como janelas e portas,
2. Que as autoridades locais tenham maior cuidado com as áreas públicas;
3. Envolver as pessoas.

Sem dúvida uma demostração de clarividência de que são mesmo os pequenos pormenores que fazem a diferença.

Que é o empenho das autoridades, no âmbito da sua actividade de fiscalização que pode evitar que se cometam erros e iligalidades de difícil correcção. que os seus agentes estajam atentos ao espaço público.

Que sem o envolvimento das populações dificilmente os objectivos serão cumpridos.

[...]

Cumprimentos,

Rui Dias»

6 comentários:

Anónimo disse...

E ou mal percebi ou as "medidas de condicionamento automóvel" parece que não dão afinal grande resultado.

Mas estou enganado, de certeza.

Ovemp disse...

E com a tentativas de envolvimento das populações como a que há pouco foi tentada com um inacreditável folheto produzido pela D. Roseta e distribuído inutilmente e às carradas nas caixas do correio dos Lisboetas também não iremos a parte nenhuma...

Ovemp disse...

Errata: "E com tentativas..."

Rui Dias disse...

No contexto, as medidas de condicionamento automóvel referem-se mais a sinalização vertical e horizontal, lombas e chicanes, ou seja, medidas de "acalmia" de tráfego automóvel, e não necessáriamente proibições ou pedestrianizações.

O original: "the effects of traffic calming or traffic management".

Anónimo disse...

Uma coisa é verdade, nesta nossa terra: lombas acentuadas sem sinalização ou com sinalização invisível ou mesmo junto a elas, sobretudo se nenhuma cor diferente (a nível do solo) as assinala são perigosíssimas. Não é preciso ir muito depressa (uns 50km/h chegam perfeitamente) para em alguns casos o acidente por perda do controlo do veículo ser facilitado.

Xico205 disse...

Tem toda a razão! Ontem à noite com chuva torrencial vi lá que o chão da Av. Alvares Cabral agora é vermelho e tem uma lomba enorme (não está avisada)!!!! Só bestas na camara, por culpa dos eleitores de Lisboa!