20/06/2009

PUBLI-CIDADE: Rua Garrett

Mais um lamentável, vergonhoso exemplo de Lisboa enquanto PUBLI-CIDADE. Em qualquer outra capital, civilizada, da União Europeia, a regra para as telas de protecção de obras no centro histórico é muito clara e igual para todos: devem reproduzir a fachada do imóvel em obra. Em Lisboa, em pleno Chiado, na Rua Garrett, é permitido uma tela de publicidade desta dimensão? Lisboa sem regulamento ou sem vontade política? A total inoperância das instituições que devem zelar pela protecção e respeito do património classificado? A CML licenciou? O IGESPAR deu parecer positivo?

37 comentários:

Endablu disse...

O Zé trabalha a diesel? bem me parecia que de bicicleta é que ele não andava: já vi um porco a andar de bicicleta mas uma fraude ainda não.

Filipe Melo Sousa disse...

lá vêm eles apelar à brigada da censura, da proibição, da promoção da moral e prevenção do vício

Anónimo disse...

Brigada da Censura?! Meu caro, o senhor está um pouco equivocado. A lei proíbe isto, pura e simplesmente. Aconselho a direccionar o seu ataque a quem anda a dormir, no Igespar, e na cml. Nós pagamos os seus salários para depois deixarem passar estas ilegalidades à vista de todos e logo bem no coração da cidade?
Rute

Filipe Melo Sousa disse...

No Irão, a lei também proibe muita coisa "pura e simplesmente". Pouco importa como se chama a máfia no poder. Mas que a opressão existe, existe.

Anónimo disse...

De facto podemos comparar as leis do Irão com as leis de uma nação membro da União Europeia - que é simplesmente o conjunto de nações do mundo onde mais se respeita os direitos humanos, a democracia e a igualdade (atenção que não estou a dizer que a UE é perfeita).

Os seus argumentos são muito válidos não há dúvida. Não diga mais nada que não é preciso.

Filipe Melo Sousa disse...

"direitos humanos", você está aqui precisamente a defender a sua supressão.

mas lá está, como diz que é "de lei", no harm done. percebeu o ridículo do seu argumento agora?

Ai - a -Tola disse...

Caro Filipe,

sou assíduo leitor deste blog e não posso deixar de me perguntar, face ao teor da grande maioria das suas intervenções, se a sua posição não será a do contra. Fico com a sensação que se o blog fosse a favor da automoção a qualquer custo, destruição do património, da construção desenfreada e da supressão do comércio tradicional, vê-lo-iamos aqui a defender exactamente o contrário.
Creio piamente que todos temos direito às nossas opiniões pessoais mas na realidade não sabemos muito bem para que lado o Filipe "cai" no respeitante a motivações. Já pensou em fazer expandir a sua actividade e talvez encontrar outros blogs em que apetece mesmo falar contra, como por exemplo aqueles que defendem os direitos dos animais e a ecologia? Penso que esses vão ser um prato cheio para si!

Filipe Melo Sousa disse...

"se a sua posição não será a do contra"

estranha posição de quem acha que a caixa de comentários apenas serve para comentários de apoio, contraditório, nunca

Ai - a - Tola disse...

Como lhe disse assiste a cada um o direito à sua opinião mas o mínimo que se pode pedir é que saiba fundamentá-la ou, então, que seja sincero suficiente para dizer: não quero, não gosto porque não, e pronto! O que penso ser uma atitude generalizada é apoiar-se uma ou outra ideia e revestí-la de argumentos pouco consistentes com o ar de que se estudou imenso o assunto.
Diga-me, por favor, o que pensa sobre a automobilização na cidade de Lisboa: olhando o estado actual das coisas presumo pelas suas anteriores intervenções que apoia toda e qualquer medida que promova a maior entrada de automóveis, o estacionamento previligiado em detrimento de passeios para peões e jardins, quando não exista local vago estacione-se em cima de passeios, em segunda fila, em cima de jardins, que se abram mais estradas e ruas para o trânsito circular melhor, entre outras medidas que vão agravar o estado actual da cidade. É esta a cidade que quer como capital, mesmo provavelmente não vivendo nela?! Nem falo na total descaracterização arquitectonica das nossas ruas!

Filipe Melo Sousa disse...

A cidade é um centro de vida onde as pessoas se deslocam, trabalham e fazem comércio. Sem vida económica, não há como sustentá-la.

Infelizmente há pessoas que são mais beneficiárias do que contribuintes e não percebem esse pequeno "pormenor".

Ai - a - Tola disse...

Como deve calcular Portugal não é, exactamente, o maior paradigma do comércio e do trabalho e no entanto parece que necessita para esse comércio e actividade económica aquilo que outros países, com economias mais fortes, não necessitam.
Pensa que países como a Suécia são mais subdesenvolvidos porque fazem respeitar regras de trânsito, urbanismo sustentado e circulação nas cidades?
Não compreende que usufruir completamente da cidade é cada vez mais dificil à medida que o carro vai tomando conta do espaço e do ar? Os argumentos que o carro é essencial para a vida na cidade é tendencioso porque os cidadãos que os sustentam não querem mudar o estilo da sua vida - para um mais saudável - por preguiça e toneladas de comodismo.
Muitas pessoas ainda pensam que transportes públicos é para os pobres que não podem manter um carro e é esta mentalidade pobre que faz mais pobres de espírito os que se consideram ricos. Mas as consequências refletem-se, infelizmente, na esfera da vida de todos.
Eu tenho carro, vivo em Lisboa e em circunstância alguma o uso para me deslocar em Lisboa.

Anónimo disse...

Ai, se aquela trampa da Diesel lá estava no tempo do Saantana Lopes, ai, ui, ui, ai, ai

Filipe Melo Sousa disse...

Mais um que acredita no mito segundo o qual não existem carros no norte da europa

Ai - a - Tola disse...

Não é mito, é comprovável, provável e recomendável. Vivi em Estocolmo e em Munique. Lá, os carros têm os seus lugares definidos e não têm primazia aos peões e aos ciclistas. Vive, por ventura dentro do seu carro? Quando quer disfrutar de uma boa refeição e de uma boa companhia fá-lo num carro ou num lugar bonito? Se por acaso não tivesse carro achar-se-ia uma pessoa com menos direitos e menos respeitável? Porque faz depender tanto a sua vida dos carros, é por extrema necessidade ou por necessidade de se afirmar? Pense nisto!

Filipe Melo Sousa disse...

que letrados e viajados que eles são. depois devem achar que os leitores nunca andaram em Munique de carro e que podem contar qualquer baboseira.

em Munique uma hora de parqueamento custa 1,5€ por hora. O que representa meia hora de um salário médio em Lisboa, e 5 minutos de um salário médio alemão.

Anónimo disse...

ò senhores

esse prédios está em construção!

preferem tapumes a publicidade?

Ai - a - Tola disse...

Caro Filipe,

viver em Munique ou Estocolmo não tem muito a ver com literacia ou estuto, esse preconceito é seu e fala mais sobre si do que de mim.
O preço do estacionamento em Munique é, de facto, relevante porque apesar de custar o que custa, e eu sempre estacionei em locais não pagos mas PERMITIDOS, não vemos os muniquences a estacionar em cima dos passeios nem as autoridades a dar primazia aos carros - as áreas mais históricas e sensíveis são pedonais, como deve lembrar-se. As bicicletas e os peões esses sim, têm primazia, o que é o contrário do que defende para Lisboa. Devo dizer-lhe que no primeiro dia em que cheguei de carro a Munique o estacionamento estava autorizado até às 8 da manhã e cinco minutos depois já tinha uma multa - aprendi depressa a minha lição!
Um Munique não há vergonhas em apanhar um metro, um autocarro e vê-se pessoas de todos os estratos sociais a esfregar os ombros em transportes que não têm mais qualidade do que os nossos.
Outro comentário que devo fazer é que a repulsa por este toldo nada tem a ver com a moral e o vício propriamente referenciados como lemos no seu primeiro comentário, mas com a falta de respeito por zonas históricas e por atentado ao bom gosto. A publicidade é deveras interessante e bem conseguida, mas com dimensões próprias e numa revista.

Filipe Melo Sousa disse...

caro autodenominado tolinho,

se toda a gente decidisse estacionar em locais permitidos, não havia lugares permitidos para os carros. bem-vindo a portugal. caia na real e vá trabalhar.

ah.. e deixe os outros fazê-lo

Anónimo disse...

ah, ah! nada como aparecer alguém a usar a mesma argumentação e assim, contrariando os contras, inverter as confortáveis posições, baralhar a (muito frágil, e fácil) ordem das coisas!?

quanto ao 'pretexto' do 'post' é claro que não é apenas o facto do edifício ficar tapado (qual seria afinal o problema se...está em obras, ou, quem me convence do benefício visual de um 'pastiche'?) como bem sabemos, a imagem é, acima de tudo, eficaz, provocadora qb, ie, dá que falar - só espero que o valor do aluguer esteja à altura da polémica ;)

AB

Ai - a - Tola disse...

Pelo tempo que passa aqui neste blog parece que trabalha tanto o quanto me atribui.
Se toda a gente decidisse fazer o que deve e não o que quer não havia necessidade de blogs como estes o que seria muito dramático para si, suponho, não poder estar contra nada! Talvez pudesse estar contra não haver nada para estar contra!
Bom Trabalho

Filipe Melo Sousa disse...

Este blog manifesta a opinião de pessoas intolerantes que se acham no direito de impor a sua moral aos outros. Não apenas a sua moral como os seus hábitos de vida, consumo, deslocação, diversão etc.

Agora: se existe uma caixa de comentários, tenham o fair-play de aceitar o contraditório. Ou então fechem os comentários (como tem sido feito em alturas em que as respostas não vos correm de feição).

Anónimo disse...

Até acho util o relato de prédios tapados (sobretudo em zonas históricas) com publicidade.

Agora, este está em obras, logo está tapado com tapumes.

Qual o mal de ser tapado com publicidade?

Têm de saber distinguir as situações e não usar todas como pretexto. Dá uma imagem de fundamentalismo, demagogia ou desconhecimento.

Anónimo disse...

ai este é que o filipe.

já sabia que era um irritantezinho fundamentalista.

não sabia é que era tão novo.

está explicado...ou talvez não...

começa cedo...

desculpa-se...pelo sangue quente da juventude

ass: rapaz, sensivelmnete da mesma idade, mas desgostoso

Anónimo disse...

(...) quando se desvia do assunto debatido, quando se cai em sofismas do género: quem é ele, o que faz ou não faz, no último recurso do "desculpa-se...", então está tudo dito, descobrem-se as comadres, os velhos do Restelo ;)

AB

Filipe Melo Sousa disse...

"Dá uma imagem de fundamentalismo, demagogia ou desconhecimento.

Pois: dá uma imagem real das pessoas que aqui escrevem.

Agora para o Anonimo das 5:25 PM. Rapaz, se és sangue novo não te deixes levar por este espírito dos velhos do restelo que para aqui escrevem e defendem um estilo de vida camponês e antiquado. Convido-te desde já a vires beber umas cervejas comigo, que eu faço-te ver a luz.

António C. disse...

Filipe disse:

"se toda a gente decidisse estacionar em locais permitidos, não havia lugares permitidos para os carros."


Então e porque é que tem de ser à custa dos que pagam o estacionamento ou simplesmente decidiram não ter carro, ou até os que não podem ter e que andam a pé e de transportes que se resolve o problema.

Quando se estaciona em cima de um passeio prejudica-se todos estes. Se não há lugares legais suficientes vá-se queixar a quem de direito. Mas não prejudique a liberdade dos outros... tão liberal tão liberal... mas no fim é o ditador do automóvel.

Filipe Melo Sousa disse...

mas em que mundo vive? neste país estamos ilegais desde o momento em que se respira. os mafiosos que estão no governo apenas amnistiam quem querem.

vai dizer que nunca estacionou em cima do passeio? quando ia sair com os amigos, não encontrava lugar então ia para casa feito xoninhas?

António C. disse...

curioso. em que mundo vivo? por acaso vivo na Holanda mas vou regressar em breve para Portugal a título definitivo.

Claro que isso de me adaptar ao modo de vida português vai ser complicado e por acaso tb me identifico com essa do sair á noite. Lembro-me até de ter estacionado 2 vezes em cima do passeio no bairro alto. Depois acabava por morrer de tédio porque passava a noite a beber àgua das pedras e sumo de laranja. (sim eu sei que o filipe também defende que é normal conduzir bebedo, afinal toda a gente o faz...)


Entretanto para contronar este(s) problemas começei a ir de metro e voltar de taxi. E acredite as viagens de regresso na conversa com taxistas animados vale bem o dinheiro que se paga pa deixar o carro em casa.

Filipe, seja mais tolerante, não imponha o seu modo de vida aos outros que é o que está a acusar de quem posta aqui fazer...

Filipe Melo Sousa disse...

precisamente o que eu defendo aqui, ao contrário de si, é que cada um tenha a liberdade de se comportar como quiser.

não imponho os meus valores aos outros. se alguém quiser fazer publicidade no seu prédio que o faça. não defendo a censura e a imposição, ao contrário de si.

se gosta de andar de bike. se não tem jeito para guiar e se sente feliz assim, seja. mas não imponha a sua visão aos outros. seja ditadorzinho apenas da sua vida

António C. disse...

Falei de bikes?

Quando à publicidade nos prédios acho um mal necessário. mas não me incomoda por aí além.

Se não acha que conduzir bebedo ou colocar um carro no passeio pode prejudicar a vida e integridade física de outros então o verdadeiro problema é seu...

Não tem espelhos em casa o filipe?

Filipe Melo Sousa disse...

conduzir bêbado? agora quando se tem falta de argumentos inventa-se afirmações dos outros?

ao que desceu a mediocridade da discussão

António C. disse...

sim, porque obrigar uma mae a ir para a estrada com um carrinho de bébé nunca a irá colocar em perigo...

francamente...

"conduzir bebedo OU colocar um carro no passeio"

nao obrigatoriamente as duas.

Fico contente por concordarmos neste ponto então. que não se leve o carro quando se vai sair á noite e beber àlcool.

Anónimo disse...

"Convido-te desde já a vires beber umas cervejas comigo, que eu faço-te ver a luz."

isso é um reflexo de um grande egocêntrico ou um convite íntimo? ;)

Anónimo disse...

«começa cedo...

desculpa-se...pelo sangue quente da juventude

ass: rapaz, sensivelmnete da mesma idade, mas desgostoso»

parece-me ser intimissimi ;)

Filipe Melo Sousa disse...

Defendo o egoísmo como valor moral, e nessa virtude assento o modelo de sociedade livre. É importantíssimo reconhecer o egoísmo como característica indissociável da natureza humana, e o seu exercício como caminho para a felicidade.

O convite para as cervejolas mantém-se. Agora têm medo do vosso comentador preferido, que vos vou assediar?

Anónimo disse...

ai tanta filosofia barata! ai tanto egocentrismo! e que tal voltarem ao assunto do post?!

Anónimo disse...

A numero IV e V estão a dar-me um tesão do caraças, LOOOOOOOL.