foto roubada no Bic Laranja
"O administrador da TAP Luiz Mór considera
que a entrada em Lisboa de companhias aéreas de baixo custo, como a Ryanair, é
um "grande equívoco" porque "pode inviabilizar" a existência de um segundo
aeroporto.
"Acho que a sua entrada [da Ryanair] - e de outras companhias 'low cost'
[transportadoras de baixo custo] - em Lisboa é um grande equívoco porque pode
inviabilizar um segundo aeroporto", afirmou o administrador, que é também
vice-presidente da TAP, em entrevista ao jornal da companhia aérea.
Luiz Mór disse que o aeroporto de Lisboa tem "constrangimentos" e que "tem sido feito um grande esforço para a sua ampliação", mas sublinhou que "esta tem limites".
"Face às dificuldades de se construir o novo aeroporto, a garantia de sobrevida do atual seria encontrar, para já, uma infraestrutura secundária para as 'low cost'", afirmou o responsável, salientando que essa possibilidade torna-se "agora muito difícil porque nenhuma companhia pode ser obrigada a sair do aeroporto central".
Além disso, acrescentou, "não se conhece qualquer experiência de um aeroporto intercontinental que conviva com uma invasão de 'low cost'".
Luiz Mór defendeu que a entrada de companhias de baixo custo em Lisboa "não tem levado, só por si, a um crescimento do tráfego, mas sim à sua substituição", salientando que o crescimento tem sido conseguido pela TAP, que "tem crescido acima da média do aeroporto", enquanto as outras companhias tradicionais "estão a sair ou a reduzir a sua expressão" no aeroporto da Portela."
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca, in DN 2013-10-13
Luiz Mór disse que o aeroporto de Lisboa tem "constrangimentos" e que "tem sido feito um grande esforço para a sua ampliação", mas sublinhou que "esta tem limites".
"Face às dificuldades de se construir o novo aeroporto, a garantia de sobrevida do atual seria encontrar, para já, uma infraestrutura secundária para as 'low cost'", afirmou o responsável, salientando que essa possibilidade torna-se "agora muito difícil porque nenhuma companhia pode ser obrigada a sair do aeroporto central".
Além disso, acrescentou, "não se conhece qualquer experiência de um aeroporto intercontinental que conviva com uma invasão de 'low cost'".
Luiz Mór defendeu que a entrada de companhias de baixo custo em Lisboa "não tem levado, só por si, a um crescimento do tráfego, mas sim à sua substituição", salientando que o crescimento tem sido conseguido pela TAP, que "tem crescido acima da média do aeroporto", enquanto as outras companhias tradicionais "estão a sair ou a reduzir a sua expressão" no aeroporto da Portela."
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca, in DN 2013-10-13
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12 comentários:
Há um aspecto com que concordo. O turismo que visita Lisboa é na generalidade de muito fraca qualidade: basta vê-los pelo centro da cidade, muitos de chanatas e cola-cola ou lata de cerveja na mão, ou frequentando as lojas de fast-food.
Mas nesta altura do campeonato avançar com o novo areroporto de Lisboa nem pensar.
E quanto à conversa do "Portela mais um" foi metida na gaveta.
Mas basta ver os anúncios das low-cost: há dias reparei num anúncio da Ryanair tendo como destino o aeroporto de Beauvais em Paris. Acedendo à Wikipedia, pode ler-se o seguinte: O Aeroporto de Beauvais-Tillé está localizado perto da cidade de Beauvais, na Picardia, norte da França. Nele só operam as companhias aéreas de baixo custo e low rise como a Ryanair. Possui uma pequena estrutura e não permanece aberto 24 horas, funcionando apenas das 6:30 h às 23:30 h desde 2007, para descanso dos moradores na área do aeroporto. Apesar de se situar a 85 km de Paris e não dispor de transporte público frequente para a cidade, as companhias low-cost publicitam-no despudoradamente como "Beauvais-Paris".
O Porto também se queixa bastante com a chegada das companhias lowcost....
as companhias low cost obrigaram a TAP a baixar os preços. eu viajo quase sempre na TAP quando vou a Portugal (5 a 6 vezes por ano) porque nas datas em que quero viajar os preços das low cost são iguais aos da TAP. bilhetes a 60 euros nas low cost a meio da semana quando os miúdos têm aulas não me servem para nada.
a 1 de setembro a TAP bateu o record de passageiros num só dia (por acaso viajei nesse dia). não foram os turistas mas os portugueses a voltarem das férias que bateram o record...
O aeroporto "low cost" de Göteborg....é um barracão de péssima qualidade, com pista de aterragem. Fica a cerca de 20 km do centro da cidade.
Nunca cheguei a perceber porque é que no caso de Lisboa (para ficarmos pela cidade a que este blog é dedicado) esses exemplos europeus de terminais de fraca qualidade e a alguma distância do destino, para as companhias low-cost, não foi seguido, com "argumentos" como o da duplicação de estruturas e de serviços que tornariam a coisa caríssima e não operacional.
Inventamos constantemente originalidades...
Turismo de fraca qualidade com as low cost? O Porto está a tornar-se numa referência no turismo cosmopolita exactamente porque traz muitos jovens que de outra forma nunca na vida conheceriam a cidade. E é por isso que estão a crescer os cafés, os restaurantes, que cada vez há mais manifestações artísticas no Porto, que cada vez há mais edifícios recuperados, recuperados e ocupados com negócios tradicionais, que vivem muito desse turismo jovem, de gente com mente aberta. O Porto é neste momento uma cidade infinitamente mais interessante que Lisboa muito às custas das low costs.
O "low cost" tem muitas vantagens....mas gente de negócios e turismo de gastar muito dinheiro, não viaja nisso. Ter dois aeroportos é a solução ideal, pois satisfaz toda a "clientela" e, parece-me, que muitas cidades da Europa já descobriram essa receita.
Bem, quem tenha ouvido todos os candidatos à CMP reconhecer, incluindo o que ganhou, que a reabilitação urbana e a cultura no Porto vão pelas ruas da amargura, fica a duvidar das maravilhas que o low-cost por lá operou.
A TAP não gosta da concorrência e vem fazer lobbying pedindo que se proíba voos baratos, sem qualquer tipo de vergonha. Saem prejudicados os clientes, que pagam mais caro. Nem sei como há quem engula este tipo de propaganda corporativista.
Mas, porque é mau a entrada de low-cost na Portela? Vamos ser elitistas e escolher os turistas que nos chegam? E quem diz que, por viajarem numa companhia de bandeira, os turistas vão cá deixar mais dinheiro? Um dia destes vamos também fazer controlos nos comboios e outras entradas de Lisboa para escolher quem entra na cidade?
Os paradigmas estão-se a alterar. Lisboa está a explodir em termos de turismo e uma fatia larga dever-se-áa ao advento das low-cost. Se o está a fazer de forma sustentada ou controlada, é outra história, mas dizer que as low-cost na cidade só trazem turismo de má qualidade é uma falácia - e, permitam-me, o que faz um turismo de boa qualidade? É o termos gente a beber coca-cola e de sandálias? É melhor que venham numa companhia de bandeira e se enfiem em autocarros de caixa aberta e vão em carneirada para as casas de fado comer mal e a correr?
Sendo uma pessoa interessada e informada, prefiro gastar menos dinheiro num voo de avião, que prefiro gastar na cidade. Qual o interesse de uma cidade em que o dinheiro se gaste na companhia aérea e não na própria cidade? E, sabendo que é muito fácil saber a distância de um aeroporto ao centro e escolher um horário que me atraia mais, muitas vezes sai mais barato viajar numa TAP, que se teve de adaptar e, passou a bater recordes de passageiros, do que na low-cost.
Ou, se não quiser gastar tanto dinheiro no total, para poder conhecer mais do que uma cidade por ano, não é também apetecível?
Lisboa nunca esteve nos tops de viagens. Seria sempre uma 15ª cidade a visitar na Europa. E, dificilmente, alguém conheceria as outras 14 primeiro. Agora, como se pode vir cá passar um fim-de-semana de forma mais barata, a mensagem de que Lisboa é uma cidade única e que é importante visitar antes de tantas outras começou a espalhar-se. Não penso que entrássemos nessas listas se não fossem também as low-costs, entre outras.
Sim, vejo com alguma apreensão os problemas que vêm a seguir. Tenho medo da Lisboa que se torna cada vez mais uma cidade para os turistas (quando já foi só para quem cá trabalhava). Preocupa-me que todos os dias um prédio passa a ser mais um hotel. Que outra vez se pressionem os habitantes a sair da cidade. Isso é que deve ser a nossa prioridade. Que os turistas continuem a chegar.
No fundo do saco é uma Lisboa que perde muitos turistas, muitos euros....e milhares de postos de trabalho. Tudo isso vai para outros destinos, governados por outras gentes. - Mas, andam por Lisboa? Já viram a quantidade de turistas? Já viram a quantidade de novos negócios (a maioria até bastante desinteressante) nesta área que têm aparecido?
O Porto mais interessante do que Lisboa? Típica boca desinformada provinda do bairrismo imbecil que por lá grassa. Em termos de restauração, hotéis, museus, atracções em geral? O Porto perde e muito, é que nem em hostels é mais interessante do que Lisboa...
Meus caros,
Moro em Lisboa e conheço bem o Porto. O Porto tem algo que Lisboa perdeu há muito: a identidade, o carácter. Quem viagem em low costs é normalmente um público que planeja as próprias viagens, que não anda à boleia das sugestões das agências de viagens, que procura o genuíno de cada lugar, que muita vezes sabe melhor onde se come bem do que os próprios habitantes. Se isso é mau para Lisboa, pronto, fiquem-se lá com os angolanos que fazem compras na Av. da Liberdade.
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